A sexta-feira de Black Friday registrou mais de R$ 3,1 bilhões em transações no e-commerce brasileiro. O total de pedidos teve uma queda de 23,7%, em relação ao período do ano anterior, e atingiu a marca de mais de 4,5 milhões. Para o levantamento, as empresas consideraram as transações realizadas no dia 25 de novembro, da meia-noite até 23h59, com base nos clientes.
Os dados são do monitoramento Hora a Hora da Confi Neotrust, empresa de inteligência de dados com foco em e-commerce, em parceria com a ClearSale, empresa referência em inteligência de dados com múltiplas soluções para prevenção a riscos. Segundo o balanço do Hora a Hora, as categorias que mais faturaram no dia da Black Friday foram: Eletrodoméstico, Eletrônicos, Telefonia, Informática e Ar e Ventilação.
Do período da 0h da sexta-feira (25) até o final do dia, às 23h59, o e-commerce brasileiro movimentou cerca de R$3,1 bilhões em transações, com um ticket médio de R$ 733,07 – esse número, 5,9% menor do que em 2021. Em comparação aos últimos anos, o faturamento da data foi 28% menor que em 2021, quando atingiu a marca de R$4,34 bilhões.
"Tivemos uma Black Friday mais fraca, comparada ao ano anterior. Percebemos também uma redução no ticket médio e preço médio, mas um aumento em itens por cestas, algo próximo a 3 itens, que é 13,4% maior do que no último ano. Olhando para as regiões, todas tiveram queda em faturamento e número de pedidos. Destaque para o Norte, que teve um crescimento na quantidade de produtos vendidos, em relação ao ano anterior. A regiões Norte e Nordeste ganharam participação no faturamento, enquanto Centro-Oeste, Sul e Sudeste apresentaram queda. Embora não tenha crescimento no faturamento, o número de pedidos aumentou, e por isso, se destacou - principalmente cervejas, chocolates e snacks. Esses produtos, inclusive, estão bem relacionados à Copa. A categoria beleza e perfumaria foi a única que cresceu em faturamento no e-commerce quando comparada ao ano anterior”, comenta a Head de Inteligência da Confi Neotrust, Paulina Dias.
Para o Head de Estratégia de Mercado da ClearSale, Marcelo Queiroz, o destaque vai para a variação na forma de pagamento e a diluição de compras durante o mês. “O destaque, na minha opinião, desta Black Friday é para o crescimento de pagamento via Pix. Na Black Friday do ano passado não foi uma forma de pagamento tão relevante, mas ao longo de 2022 se consolidou. Pudemos ver que cerca de 16% dos pagamentos ocorreram por meio dele. As carteiras digitais também ganharam destaque. É uma forma notável de que os consumidores estão aceitando e aderindo aos novos métodos.”, comenta o executivo.
Ainda sobre as movimentações do e-commerce brasileiro durante o mês, Queiroz reforça: “Quando analisamos o mês de novembro inteiro, até o final do dia 25, percebemos uma variação de queda, mas bem menor do que vimos na Black Friday. O e-commerce faturou algo próximo a R$16,5 bilhões, cerca de 8,5% menor do que em 2021. A quantidade de pedidos ficou em 33 milhões, 7% a menos do que no último ano”, finaliza o Head.
Meios de pagamentos mais utilizados na Black Friday
Em relação aos meios de pagamentos durante a a sexta-feira de Black Friday os mais utilizados no e-commerce foram: cartão de crédito (54,2%), seguido e-wallet, cashback, débito e (16,3%); já o PIX, uma grande tendência para este ano, somatiza 15,7%, e o boleto bancário perde espaço atingindo 13,8%.
Monitoramento Hora a Hora
Com o intuito de acompanhar os movimentos e ajudar empresas e consumidores, a empresa, em parceria com a Confi.Neotrust, está monitorando, de hora em hora, as tentativas de fraudes e outros indicadores do varejo eletrônico brasileiro durante a Black Friday. O monitoramento dos indicadores de vendas do e-commerce é feito via site oficial, diariamente no mês de novembro, e de hora a hora durante o período da Black Friday (24/11 a 27/11). Para ter acesso às informações, é necessário realizar a inscrição via: www.blackfridayhorahora.com.br. Na segunda-feira (28), as empresas irão divulgar o balanço geral de Mapa da Fraude e Cyber Monday.