21/04/2022 • 9 min. de leitura

Autenticação de dois fatores (2FA): o que é, como usar e por que é importante

 

Camada extra de segurança é cada vez mais comum em sistemas de segurança e também pode ser usada para prevenir fraudes. Conheça!

 

A tecnologia disponível hoje em dia abre constantes possibilidades de consumo de bens e serviços, o que gera uma grande quantidade de dados circulando em ambientes digitais o tempo todo.

Nesse cenário, a preocupação com segurança e sistemas antifraude eficientes é comum para empresas e consumidores, que buscam meios para manter informações importantes sempre protegidas.

Diante disso, a autenticação de dois fatores surgiu como uma importante aliada contra cibercriminosos e fraudadores, os quais são cada vez mais vorazes.

Neste artigo, entenda mais sobre essa tecnologia, como funciona e sua importância para e-commerces, fintechs e outros negócios digitais para proteger você e seus clientes. Acompanhe!

O que é autenticação de dois fatores

A autenticação de dois fatores é uma camada extra de segurança para consumidores e empresas. É uma etapa além da senha de usuário para garantir que uma pessoa, quando tenta o login em um ambiente protegido, é, de fato, ela própria, e não um fraudador tentando cometer um crime.

Os casos mais comuns de uso do segundo fator de autenticação são aqueles nos quais um SMS ou um código é enviado para o e-mail cadastrado pelo usuário, que tem a tarefa de acessá-lo e fazer a autenticação.

No entanto, esta ferramenta também é utilizada no mundo físico, como os caixas eletrônicos que pedem impressões digitais dos correntistas nos leitores biométricos, após a validação com senha.

Como funciona a autenticação de dois fatores

De forma simplificada, a autenticação em dois fatores adiciona uma camada extra de segurança quando um usuário acessa algum tipo de produto ou serviço digital. 

Ao inserir nome e senha, por exemplo, há a primeira etapa da autenticação, e quando uma nova informação para confirmar a identidade é exigida, há aí a segunda etapa. Ou seja, a autenticação de dois fatores.

Embora nem todo mundo conheça a expressão, é muito provável que a maioria já tenha passado por ela, seja inserindo a impressão digital em um caixa eletrônico após validar a senha ou mesmo inserindo um código de ativação recebido via SMS após validar e-mail e senha em um acesso.

A autenticação de dois fatores funciona adicionando uma camada de segurança além da primeira, para garantir que não há uma fraude de identidade em andamento.

A importância da autenticação de dois fatores

Embora não possa ser vendida como à prova de falhas, a autenticação de dois fatores é extremamente importante para garantir a segurança dos dados que trafegam em ambientes digitais, já que complica muito o trabalho de possíveis invasores, à medida que saber uma senha não é mais o suficiente.

Além disso, se um criminoso descobrir uma senha e tentar a invasão de uma conta, o usuário legítimo terá como saber e poderá mudar imediatamente a senha, assim evitando o crime.

Do ponto de vista das empresas, os benefícios vão desde melhorar a experiência dos clientes até a economia com ações judiciais longas e custosas, que podem surgir a partir da invasão de uma conta.

Isso tudo sem citar os prejuízos financeiros diretos com estornos, multas etc., que são evitados ao deixar o segundo fator de autenticação disponível para os clientes ativarem.

Além dessas questões, há um outro bom exemplo do uso da autenticação de dois fatores em empresas: um estudo recente aponta que dois terços das empresas que permitem o home office não podem oferecer acesso seguro à rede corporativa, o que seria facilmente resolvido por um sistema de autenticação de dois fatores, gerando economia considerável de despesas.

Como usar a autenticação de dois fatores

A maior parte das grandes empresas que trafegam dados em ambientes digitais já oferecem um sistema de autenticação de dois fatores de forma gratuita, bastando ao usuário fazer uma simples ativação.

Cada empresa disponibiliza o tipo de segunda autenticação que mais faz sentido em seu sistema de segurança, mas, como dito anteriormente, os meios mais comuns são mensagens de validação por SMS ou e-mail, geralmente com número de token ou link para ativação de um serviço.

Quais são as principais oportunidades de autenticação 2FA

Se você perguntar hoje para um especialista em cibersegurança, a resposta dele será bem clara: implemente 2FA em tudo que for possível. É uma ferramenta que aumenta exponencialmente o controle e a proteção da empresa em ambientes digitais.

Mas nem sempre isso é realista para o estado atual do negócio. Portanto, preferimos reforçar as prioridades dessa implementação, em que você deve configurar e oferecer a autenticação de dois fatores sem falta.

Acesso interno e remoto a sistemas corporativos

Se todas as empresas estão investindo em transformação digital, o resultado disso é uma centralização e integração importante de dados em seus sistemas e servidores.

É um movimento para dar eficiência e inteligência aos negócios, mas que, por outro lado, exige um foco maior em segurança da informação.

A 2FA, no acesso a essas plataformas de gestão, permite que colaboradores, dentro da empresa e em trabalho remoto, consigam utilizar as vantagens dessa digitalização com tranquilidade.

Transações bancárias

Esse é um ponto em que a 2FA precisa ser reforçada nos dois sentidos. Tanto se você oferece serviços bancários, como uma fintech, ou se os utiliza, é fundamental aumentar essa camada para garantir a segurança financeira e afastar fraudes que possam ser cometidas diretamente com você ou utilizando o seu nome.

Serviços e produtos digitais

Também está cada vez mais comum empresas utilizarem e oferecerem serviços e produtos digitais acessados pela internet. O modelo SaaS é muito vantajoso para quem vende e para quem compra.

Porém, ele também pode se tornar um ponto de brecha para ataques. A autenticação multifatorial para esses produtos vai garantir ainda mais segurança na hora de impulsionar a produtividade.

Cadastro e pagamento em e-commerce

Prevenir fraudes é um trabalho constante para quem tem e-commerce. É um esforço que traz tranquilidade e previsibilidade de faturamento para quem sabe contar com as soluções certas.

O 2FA, nesse caso, tem a ação mais transformadora de todas. Afinal, atua em um perfil de público final que geralmente é variado e com diferentes estágios de maturidade em sua relação com a tecnologia.

Quando o e-commerce exige apenas a senha, está sujeito ao uso de dados roubados com engenharia social em técnicas muito comuns como o phishing. Utilizar autenticação de dois fatores na conta da loja e durante o pagamento é uma proteção importante tanto para você quanto para seus clientes.

Como educar o cliente a apostar na autenticação de dois fatores

Infelizmente, ainda não dá para obrigar a adoção de autenticação de dois fatores em e-commerce e outros negócios digitais por um motivo desafiador: é uma barreira extra no seu caminho de conversão e pode afastar alguns perfis de público que não tenham o conhecimento ou os dispositivos necessários para passar pelo processo.

Portanto, a abordagem ideal é educar o cliente sobre essa importância e convencê-lo de que a 2FA é uma etapa necessária na configuração de sua conta dentro da loja virtual. Veja como você pode fazer isso.

Destaque essa opção durante o cadastro

Você pode oferecer a opção de pular essa etapa na hora de fazer a conta, mas crie pelo menos uma tela nesse processo de criação que aponte para a possibilidade da autenticação de dois fatores.

A melhor forma de fazer isso é com destaque visual e com um texto que explique objetivamente, em poucas palavras, a importância de ativar o 2FA.

Ofereça tokens simples

Existem diversas opções de tokenização da autenticação de dois fatores, mas você não precisa oferecer todas elas ao público. O importante é ter as opções que causem menos atrito com os hábitos e rotinas do seu perfil de cliente.

Para o público geral, as duas formas mais interessantes de fazer isso é solicitar o número de telefone ou endereço de e-mail. Assim, um código enviado em mensagem ou SMS é o suficiente para aumentar consideravelmente a segurança do login.

Utilize e-mail marketing a seu favor

O e-mail marketing é uma ferramenta poderosa de contato com clientes já convertidos por criar gatilhos e disparar mensagens automaticamente.

Uma dessas automações pode ser utilizada nessa educação. Quando o cliente visita e loga várias vezes em uma loja/serviço, ou faz compras repetidas, é o momento de lembrar, por e-mail, que a autenticação de dois fatores se faz necessária para sua segurança.

Com constância da mensagem e um texto bem explicativo, você aumenta suas chances de convencer cada cliente e aumentar sua base cadastrada sob 2FA.

Boas práticas que ajudam na segurança

Mais do que o uso da autenticação em dois fatores, algumas medidas de segurança ajudam a mitigar o risco de problemas, tanto na gestão interna da empresa quanto no contato com o público.

Veja alguns pontos importantes que, em conjunto com o 2FA, podem diminuir ainda mais os riscos de ataques e fraudes no seu negócio.

Incentivar a troca frequente de senhas

Para o público final, você pode utilizar seus canais de comunicação e lembrá-los que é importante trocar de senhas com frequência para dificultar a ação de criminosos.

Porém, é importante fazer isso de maneira generalizada. Solicitar diretamente a troca da senha pode criar uma desconfiança no público de que seus dados foram comprometidos. Essas mensagens devem ser voltadas mais para dicas de rotina e que, naturalmente, conectem com um novo hábito por parte do cliente.

Já para a produção interna, dentro dos sistemas da empresa, o ideal é tornar essa mudança de senha algo periódico e compulsório para todos os usuários. Essa regra pode ser incorporada aos termos de uso e compliance e você pode utilizar a comunicação interna para explicar a todos o motivo disso ser necessário.

Utilizar senhas fortes

Essa é outra prática que, como a anterior, pode ser obrigatória na empresa e trabalhada organicamente com o público final. Senhas fortes são aquelas que não são óbvias (1234, admin, senha, qwerty etc.), possuem caracteres especiais, números e diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas.

O próprio sistema de um e-commerce, por exemplo, pode exigir esses pré-requisitos para aceitar a senha durante o cadastro. Porém, isso pode criar mais uma barreira para alguns perfis de buyer persona.

Ter um indicador mostrando se a senha está forte ou não pode ser suficiente. E também utilizar canais de comunicação para demonstrar a importância da senha forte.

Oferecer múltiplos tokens de autenticação

Falamos sobre oferecer modelos de 2FA que estejam mais alinhados com a realidade de cada usuário, interno ou externo. Mas é importante complementar que você não precisa escolher apenas um.

O melhor é dar a opção para que o usuário escolha o que faz mais sentido para ele, seja um cliente, seja um colaborador. SMS, e-mail, token físico, biometria, tudo vai depender da natureza do negócio e suas necessidades. Quanto mais alternativas, melhor.

Exigir internamente o uso de dispositivos homologados

Para os colaboradores e parceiros que têm acesso ao sistema, as diretrizes de segurança precisam ser ainda mais afiadas.

Afinal, se um cliente é vítima de roubo de dados, isso pode resultar em uma tentativa de fraude no seu negócio. Se a vítima for alguém de dentro da empresa, pode significar um comprometimento sério de informações, problemas com a imagem da marca e até sanções previstas na LGPD.

Portanto, além de senhas e 2FA, trabalhe junto à TI na homologação de dispositivos confiáveis para acesso ao sistema, principalmente falando em trabalho remoto. Isso desincentiva colaboradores a usarem computadores e celulares de terceiros ou modelos não regularizados, que podem conter brechas de segurança para acesso não autorizado mesmo com a autenticação de dois fatores.

Outras formas de autenticação de segurança

Dada a forma cada vez mais profissional com a qual as empresas lidam com problemas e soluções voltadas à segurança, tem se tornado comum o surgimento de diferentes tecnologias de geração de códigos ou até mesmo de soluções biométricas para autenticar usuários com segurança e sem causar fricções no processo.

Apesar disso, ainda é altamente recomendável a adoção de práticas que, embora pareçam simples, costumam ser muito eficientes do ponto de vista de segurança, como uso de senhas fortes, troca periódica das mesmas e o não uso em diferentes contas.

Data Trust e autenticação de dois fatores

O Data Trust é uma das soluções da ClearSale que mais utilizam a autenticação de dois fatores. Criada para validar dados cadastrais informados por clientes finais a empresas, nos mais variados serviços, a solução oferece uma análise inteligente de informações, com atribuição de ratings e insights e combinação com o score de fraude gerado a partir da base única da ClearSale.

Com mais de 370 insights divididos em 16 categorias — como gestão de risco, histórico de fraude, idade do dado, geolocalização, característica digital, força dos vínculos dos dados, características de device —, o Data Trust é uma camada de interpretação que suporta as empresas na identificação de falsidade ideológica em processos de cadastro e subscrição, com um rico conjunto de variáveis e auxílio valioso do consumidor legítimo.

Aliar inteligência e eficiência é a maneira ideal de reforçar a segurança da informação e garantir sucesso no ambiente online. E podemos concluir, depois de todas essas informações, que a autenticação de dois fatores é um mecanismo que traz exatamente isso, com baixo investimento e esforço.

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Escrito por

Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.

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