O período de pandemia e isolamento social trouxe à tona a necessidade de se navegar em ambientes digitais de maneira segura e sem barreiras burocráticas. Com a restrição de circulação de pessoas nos espaços físicos, os benefícios das ferramentas tecnológicas digitais fizeram com que muitos dos hábitos se tornassem majoritariamente digitais, e com isso ficou escancarada a necessidade de lutar constantemente contra os mais variados tipos de crimes virtuais.
Afinal de contas, da mesma forma que as facilidades da tecnologia trazem benefícios às pessoas honestas e idôneas, abrem possibilidades de novos crimes para fraudadores e outros tipos de criminosos da internet que estão sempre atentos às brechas de segurança nos sistemas e à inexperiência natural que se vê em períodos de aumento no número de ingressantes em ambientes digitais.
Neste post, você encontrará informações sobre o que são os crimes virtuais, quais são os mais comuns, como identifica-los e como se proteger. Confira!
O que são crimes virtuais?
Do ponto de vista legal, crimes virtuais são todas as infrações à lei cometidas em ambientes digitais ou amplificados por meio deles. Ou seja, para que um delito seja considerado um crime virtual, não há a necessidade deste acontecer única e exclusivamente por meio da tecnologia (com uso de dispositivos como celulares, computadores, etc), uma vez que os ambientes digitais podem ser amplificadores de crimes cometidos em ambientes físicos.
Para que um crime seja considerado virtual, basta que qualquer traço dele tenha sido ‘ajudado’ pelas facilidades que ambientes digitais trazem consigo, seja este crime mais comum ou mais complexamente arquitetado.
Como identificar crimes virtuais
Infelizmente, nem sempre a identificação dos crimes virtuais é fácil e rápida. Na maioria das vezes, ela só acontece depois que os criminosos já conseguirem efetivar seus crimes e que os prejuízos dos delitos já chegaram ao conhecimento das vítimas.
Vale ressaltar que não estamos falando apenas em amadores trabalhando sozinhos e escondidos na calada da noite. Na maioria das vezes, cibercriminosos têm redes importantes de informação e constroem verdadeiras quadrilhas organizadas e especializadas.
Justamente por isso que a prevenção continua sendo a forma mais eficaz de se manter longe de transtornos vindos das ações criminosas deste tipo de pessoa.
Tipos de crimes virtuais
Quando se fala em crimes virtuais, golpes digitais e outros tipos de crimes cibernéticos, muita gente ainda se pergunta como os criminosos conseguem as informações necessárias para aplicar seus golpes e cometer seus crimes. Afinal de contas, não são poucas as pessoas que caem nas armadilhas criadas pelos criminosos, que estão cada vez mais criativos e sofisticados.
Seja por distração ou simplesmente por falta de informação às pessoas, alguns crimes virtuais mais comuns ainda geram, infelizmente, resultados satisfatórios aos criminosos. Conheça alguns deles:
Fraude por e-mail e pela internet
A fraude mais comum por e-mail e outros meios da internet é conhecida como phishing, que é uma técnica antiga da chamada engenharia social, e está ligada às ações tomadas por criminosos para o roubo de dados dos cidadãos.
Apesar de não ser um método novo, o phishing ainda é muito efetivo para a obtenção ilícita de dados sensíveis de bons consumidores. Por meio das diferentes técnicas de phishing, fraudadores conseguem informações que são necessárias para tentativas bem sucedidas de fraudes.
O nome ‘phishing’ tem relação com o termo em inglês, que significa pescaria, e é utilizado pelo fato do método induzir a vítima a ‘morder a isca’ lançada pelo criminoso. Ele ocorre quando um cibercriminoso se passa por uma empresa e forja comunicações com a vítima, que acredita estar diante de um contato legítimo.
Fraude de identidade
O furto de identidade é o processo no qual um criminoso tenta se passar por um terceiro para tomar para si algum tipo de benefício. Também conhecido como falsidade ideológica, é o ato de se passar por alguém que não é.
Ele acontece, por exemplo, quando um fraudador consegue os dados do cartão de crédito de um cidadão e os utiliza ilegalmente, seja para comprar produtos ou contratar serviços pelos quais jamais pagará, ficando todo o prejuízo para o consumidor ou para o estabelecimento que efetuou a venda.
Na maioria das vezes, a fraude de identidade é feita de maneira relativamente sofisticada, e por isso só é descoberta quando já causou prejuízos consideráveis, tanto para empresas quanto para consumidores.
Roubo de dados financeiros
Muito parecido com o que acontece no roubo de dados por meio do phishing, o roubo de dados financeiro acontece quando fraudadores se passam por bancos ou empresas de cartão de crédito solicitando informações sensíveis, como senhas e dados de cadastro, ou mesmo solicitando a instalação de falsos softwares de segurança para roubar informações diretamente ligadas a contas bancárias e coisas do gênero.
Roubo e venda de dados corporativos
Um pouco mais complexo que os roubos de dados ‘normais’, já que empresas costumam ter sistemas de segurança da informação mais robustos, o roubo de dados corporativos acontece quando fraudadores conseguem hackear sistemas e ter acesso a dados sensíveis das organizações. Com estes dados em mãos, os criminosos podem tentar a obtenção imediata de valores ou até mesmo extorquir a empresa.
Extorsão cibernética
Com dados sensíveis em mãos e sistemas hackeados, muitos fraudadores entram em contato com as empresas para cobrar uma espécie de ‘resgate’ para devolver os acessos e informações roubadas.
Como denunciar
Hoje em dia, já existem autoridades como delegacias de polícia especializadas na investigação de crimes virtuais, assim como algumas leis que preveem penas e diretrizes para a instauração de inquéritos sobre este tipo de infração penal. Para registrar uma queixa, é preciso levantar todo tipo de material que possa comprovar a ocorrência do crime e procurar uma autoridade competente.
Como se proteger de crimes virtuais?
O primeiro ponto é adotar uma certa desconfiança e manter-se vigilante e informado (consulte o Mapa da Fraude do Brasil). Saber que este tipo de ataque pode acontecer é o jeito mais eficaz de garantir segurança, principalmente quando informações sensíveis fazem parte de um determinado assunto.
Quanto menos divulgar informações, ainda que elas não pareçam tão confidenciais assim, melhor. Se não for possível verificar identidade do interlocutor e procedência das credenciais, todo cuidado ainda é pouco.
Ter em mente que grandes instituições não solicitam senhas ou outras informações sensíveis por telefone e e-mail também é importante. As grandes instituições estão orientadas pelos seus parceiros antifraude, inclusive, a deixar claro que nunca pedem este tipo de informação por estes canais.
Por fim, nunca se deixar levar pela pressão que criminosos tentam impor quando querem informações também é uma boa dica. Portanto, não se deve acreditar que coisas do tipo “sua conta será encerrada” e “seu nome será negativado” são verdadeiras. Manter a calma e procurar informações em fontes confiáveis é sempre o mais indicado para evitar ser vítima dos temidos crimes virtuais.