O e-commerce brasileiro recebeu mais de 37 milhões de pedidos de compras e sofreu com quase 700 mil tentativas de fraudes apenas no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 83,7% em relação ao mesmo período de 2020.
Se todas as tentativas tivessem sido efetivadas, as tentativas de fraudes somariam o equivalente a R$ 679,2 milhõe, em um aumento de 105,7% na comparação com os R$ 330 milhões em tentativas de golpe no e-commerce no mesmo período do ano passado, quando ainda não havia isolamento social.
Isso indica que os fraudadores passaram a ter como alvo produtos mais caros de um ano para outro, possivelmente por conta do cenário de pandemia.
O tíquete médio dos produtos cuja fraude foi evitada em 2020 foi de R$ 1.009, contra R$ 1.130 em 2021. Já o tíquete médio das compras legítimas foi de R$ 455, em 2020, e de R$ 527, em 2021, segundo o relatório Neotrust.
“O tíquete médio das tentativas de fraudes é maior porque os fraudadores não pagarão pelos produtos, e o interesse deles é a revenda para transformar em dinheiro”, aponta o diretor de Marketing e Soluções da ClearSale Omar Jarouche.
No primeiro trimestre de 2021, os celulares tiveram 8,63% de tentativas de fraude no e-commerce. Depois deles, estão ar-condicionado (6,31%), eletrônicos (5,48%), bebidas (5,27%) e alimentos (3,79%).
Observando por estados e regiões, pelo segundo ano seguido, considerando os balanços de primeiro trimestre, a região Norte é a que tem, em números proporcionais, a maior quantidade de tentativas de fraude.
Nesta região, 3,99% dos pedidos no e-commerce são tentativas de fraude, contra 1,60% dos pedidos no Sudeste e 2,14% no Centro Oeste.
No primeiro trimestre de 2020, 4,43% dos pedidos na região Norte eram tentativas de fraude.