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Varejo de alimentos: saiba como se reinventar em tempos de pandemia

Escrito por Convidado | 16/09/2020 05:00:00

*texto de Letícia Lima, assessora de marketing da Mercadapp

O varejo de alimentos está presente em todo o mundo, desde pequenas mercearias de bairro até hipermercados, e o que define uma loja de sucesso é a combinação de três elementos: posicionamento, relevância e consistência na execução.

É difícil imaginar um supermercado de sucesso nos próximos anos, sem uma gestão de clientes, com experiência digital, contando com processos automatizados e trocas de informações estratégicas de negócios.

O aumento de penetração de canais digitais é inevitável. Porém, o maior desafio para o varejo é a integração entre os canais físicos e digitais, buscando formas de servir melhor o cliente e intensificar o relacionamento com a marca.

Transformação digital do varejo de alimentos

A transformação digital prevista para os próximos dez anos no Brasil está ocorrendo em apenas um. Com a chegada da pandemia de Covid-19, houve uma grande aceleração de uma gigantesca mudança nos negócios, decorrente das exigências sociais e das autoridades para conter a progressão exponencial da doença.

Foi a primeira vez que organizações de todos os portes, setores de atividade e localidades precisaram desenvolver novos canais de vendas e relacionamento com seus clientes baseados em meios digitais.

Este fator de transformação forçou quem ainda era resistente à crescente digitalização do mundo a tentar reagir, sob pena de entrar para a lista de vítimas do potente vírus. Foi aí que inúmeras organizações (inclusive de grande porte) perceberam o quanto não estavam adaptadas às mudanças do consumidor, que é cada vez mais digital.

A digitalização será fundamental para garantir a sobrevivência do varejo de alimentos. É preciso trabalhar com todos os dados disponíveis, seja na logística e estoque ou na experiência do cliente.

Exigências do cliente 2.0

O consumidor de hoje procura, mais do que nunca em uma marca, além da qualidade, a segurança de um bom negócio. E para isso, simplesmente ter o melhor produto não é o suficiente.

As pessoas estão com a vida corrida, e cada vez mais elas buscam conforto, comodidade e economia de tempo. Por isso, os aplicativos de delivery estão em alta. Mas além disso, os clientes estão em busca de qualidade e confiança na marca. É essencial seu negócio buscar maior proximidade com os clientes, para que possa entender suas exigências e suprir suas expectativas.

Voltar à normalidade é uma condição que não existirá após a pandemia do novo coronavírus. A vida se modificou completamente, impactando nossos comportamentos, preferências e anseios. Se não seremos as mesmas pessoas, também não seremos os mesmos consumidores. E tudo isso influi no presente e no futuro do setor do comércio.

Realidade do varejo de alimentos

Os clientes tendem a valorizar as lojas que se adaptaram ao cenário e que estavam prontas para atender às novas demandas, sem perder o foco na qualidade do serviço prestado. “Os estabelecimentos que ‘pensaram fora da caixa’ e que estiveram com o consumidor neste momento tendem a ser a primeira escolha dele quando tudo isso melhorar”, afirma Alexandre Ribeiro, fundador da consultoria em varejo R-Dias.

Vale ressaltar que muitos supermercados já têm até 25% de seu faturamento vindo do e-commerce. De acordo com a Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, o setor faturou R$ 33 bilhões no segundo trimestre deste ano, mais do que o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado (um crescimento de mais de 104%).

“O e-commerce é uma realidade, e o comportamento ainda é de compra abastecedora. São mais de 60 itens por cesta (seis vezes mais que na loja física) e o ticket médio é cinco vezes maior que na loja física”, afirma Antonio Salvador, CDO (Chief Digital Officer) do Grupo Pão de Açúcar.

Expectativas para o futuro do varejo de alimentos

O varejo após a pandemia deve ser focado nas pessoas, e se as exigências já vinham existindo antes disso tudo, agora elas são ainda maiores. É preciso ter uma experiência diferenciada para que o seu negócio se destaque da concorrência, que se torna cada vez maior. É preciso conhecer o seu público em cada especificidade, aproximando a marca das pessoas e criando um sólido elo de confiança entre seu varejo de alimentos e seus respectivos clientes.

O processo de transformação do autosserviço alimentar está em movimento acelerado nos EUA, o que possibilita um bom olhar sobre as oportunidades para o varejo brasileiro. Pegando referência com o que está crescendo fora do Brasil, podemos apostar em alguns modelos de negócio que farão cada vez mais sucesso:

1. Aumento na demanda de alimentos para viagem. As lojas “Groceraunts” (mercearia + restaurante) devem ganhar muita relevância. O conceito é o de oferecer alimentos preparados para a refeição completa da família: da entrada à sobremesa.

2. A marca própria desempenha um novo papel em função da especialização das lojas, do e-commerce e da imagem que as redes terão de reconstruir para competir no mercado.

3. Aumentará a batalha entre os serviços ‘compre e retire’ e a entrega em domicílio.

4. As grandes redes ficarão ainda maiores e as redes menores se tornarão mais especializadas – foco apenas em hortifrútis, por exemplo.

5. O cliente do e-commerce demandará novos benefícios, como prazo de entrega mais curto, devolução de produtos e pagamento sem taxa de entrega.

Portanto, não é exagero afirmar que está na hora do seu varejo de alimentos se reinventar, se adaptar às necessidades e às tendências de consumo dos clientes, para se destacar cada vez mais em relação à concorrência.

Sobre a Mercadapp

A Mercadapp é especializada no setor supermercadista, oferecendo transformação digital para supermercados, auxiliando a impulsionar canais de vendas online e permitindo a integração com lojas físicas para uma experiência omnichannel. Oferece tecnologia adaptada para todas as necessidades do supermercado na venda online.