19/06/2024 • 4 min. de leitura

Confira os últimos avanços do Drex, a plataforma do Real Digital

As criptomoedas estão cada vez mais presentes no setor financeiro de diversos países, inclusive no Brasil, como mostra uma pesquisa divulgada pela corretora de criptomoedas OKX. Segundo os dados divulgados, 78% dos brasileiros veem as criptomoedas como o “futuro das finanças”.

O crescente interesse vem acompanhado de uma necessidade de regulamentação, como mostra um levantamento da Consensys. De acordo com essa pesquisa, 48% dos brasileiros acreditam que o setor de criptomoedas deve ser regulado.

Essa regulamentação já existe no Brasil, e o Banco Central do Brasil está entrando ainda mais nesse mercado com a criação do Drex, também conhecido como o Real Digital.

O que é Drex (Real Digital) e como ele funciona?

O Drex é a representação digital do real, que tem o mesmo valor e mesma aceitação do real tradicional. Ele será regulado pelo Banco Central e emitido somente em sua plataforma oficial, um ambiente em desenvolvimento que usa a tecnologia de registro distribuído (DLT).

O acesso a plataforma Drex só será possível por intermédio de uma instituição autorizada, como um banco ou outra instituição cadastrada. O Real Digital ainda está em fase piloto, e recentemente foi anunciada uma segunda fase de testes durante 2025.

O objetivo do projeto é fornecer uma forma de pagamento tokenizado de confiança, com transações mais rápidas, simples e custos reduzidos, com uma infraestrutura integrada com ativos financeiros, democratizando o acesso aos serviços financeiros e aos benefícios da economia digital.

O nome Drex vem da combinação das letras “D” e “R”, que fazem referência ao Real Digital, “E” que remete ao eletrônico e “X” que está associado à ideia de conexão e tecnologia.

Para saber mais detalhes sobre o Real Digital, confira esses conteúdos:

Fonte: Reprodução/ Banco Central do Brasil

Avanços recentes no Drex

O projeto do Drex foi anunciado em março de 2023, e desde então tem passado por diversos aprimoramentos, adicionando novas funcionalidades para a plataforma. Os avanços mais recentes que estão sendo testados na plataforma são a interoperabilidade entre instituições financeiras e a transferência de títulos públicos federais no mercado secundário.

Transferência entre duas instituições financeiras diferentes

A primeira funcionalidade que está em fase de testes é a interoperabilidade entre instituições financeiras diferentes. Isso significa que as empresas envolvidas na concepção do Real Digital estão testando como funcionarão os processos de transferência de dinheiro e ativos entre duas instituições financeiras diferentes.

Transferência de títulos públicos no mercado secundário

A segunda funcionalidade que está sendo testada e pode abrir um novo leque de possibilidades no mercado financeiro é a transferência de títulos públicos no mercado secundário.

Atualmente, só é possível vender os títulos públicos que você comprou para o próprio Tesouro Nacional, que irá revender posteriormente. Mas o Drex está fazendo testes para que exista um mercado secundário, onde será possível vender títulos públicos para outra pessoa física, dispensando a necessidade de uma recompra por parte do Tesouro Nacional.

Esses testes estão acontecendo através de simulações dentro da plataforma, e, quando forem lançados, podem facilitar muito a movimentação de ativos financeiros, democratizando a entrada no mercado financeiro.

Com a ampliação para a segunda fase do piloto os testes estarão focados em:

Governança: smart contracts, ativos e modelos de negócio.

Privacidade: requisitos de outros modelos de negócio.

Além disso, terão novos convidados participantes para os testes em 2025.

Atuação da ClearSale no Drex

A Clearsale participa de um dos consórcios escolhidos pelo Banco Central, o Drex - liderado pela Tecban e com membros como Banco da Amazônia, Tecban, CPQD e outros. Ela foi escolhida em maio de 2023, em conjunto com outros grupos do Piloto Drex, entre elas o Bradesco, o Nubank, o Santander, e muitas outras.

Por não ser um banco, como muitas das instituições escolhidas pelo Banco Central, o Drex não terá um impacto direto no modelo de negócio atual da ClearSale, mas a empresa está trabalhando desde o início do projeto na implementação e validação de conceitos ligados à privacidade, segurança, disponibilidade de dados pré-validados e validações de dados automáticas dentro de contratos inteligentes da plataforma.

“Considero que a segurança e a privacidade dos dados devem ser sempre um dos pontos cruciais nas discussões sobre o tema, porque falamos da legitimidade, disponibilidade e transparência”, explica Marcelo Queiroz, head de estratégia e novos negócios da ClearSale, em entrevista ao Meio&Mensagem.

“A ClearSale será um dos players que oferece soluções específicas para o modelo, para garantir o controle de segurança e privacidade do Drex”, finaliza Queiroz.

Confira mais detalhes da participação da ClearSale na criação do Real Digital.

 

 

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A ClearSale é especialista em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital. A empresa equilibra tecnologia e profissionais especializados para entregar os melhores indicadores aos clientes e movimentar o mercado com segurança e confiança.

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