17/03/2021 • 3 min. de leitura

Descomplicando o chargeback: confira 5 dúvidas frequentes

Considerado por muitos o grande vilão das marcas em ambientes digitais, o chargeback pode ser muito menos complicado do que parece

Considerado o principal vilão do e-commerce, o chargeback é um mecanismo criado pelas operadoras de cartão de crédito para que o consumidor não seja lesado por problemas nas compras em seus cartões nos meios digitais, já que estes não contam com autenticação por senha.

O chargeback é o cancelamento de uma compra virtual que não foi reconhecida pelo titular do cartão de crédito utilizado na transação.

O problema, no entanto, é que, com o passar dos anos, os chargebacks causados por fraudes passaram a ser um grande prejuízo financeiro para as lojas virtuais, despertando a atenção e gerando dúvidas nos varejistas deste setor. Como algumas desta dúvidas aparecem com bastante frequência, separamos as 5 principais para responder neste artigo.

Quando ocorre o chargeback?

O chargeback acontece quando o titular do cartão de crédito utilizado na transação não reconhece a compra e a contesta junto à operadora.

Para que ocorra o chargeback, basta que o titular entre em contato com a operadora e diga que não reconhece a compra, muito embora o problema também possa ocorrer quando a transação não obedece às regulamentações estabelecidas, sem que haja alguma ação do titular.

A questão é que, embora seja um bom mecanismo de proteção ao consumidor, o chargeback deixa o varejista exposto a prejuízos que podem prejudicar a saúde e o crescimento do negócio.

Chargeback e estorno são a mesma coisa?

Uma ressalva importante para se fazer é que, embora o nome, na tradução literal do inglês, signifique estorno, neste universo, em alguns casos, eles podem não significar a mesma coisa.

Não é raro de se ver algumas empresas tratarem o chargeback apenas como sinônimo de fraude, por exemplo. Embora a maior parte dos chargebacks aconteça por causa da fraude, pode acontecer de um simples reembolso, que não é um cancelamento de compra, entrar na mesma conta do chargeback, o que pode atrapalhar estratégias e tomadas de ação contra fraudes, por exemplo.

O simples estorno costuma ter uma tratativa mais amigável e fácil, diretamente entre consumidor e lojista, enquanto o chargeback é uma contestação de compra que acontece do cliente direto para a administradora do cartão, sem ação do lojista.

Quem fica com o prejuízo?

Atualmente, nenhuma administradora de cartão assume os riscos das transações realizadas em ambientes digitais, deixando o prejuízo do chargeback todo para o varejista, que efetua a venda e depois descobre que não terá o valor creditado em sua conta.

Tal fato ainda surpreende muitos varejistas do e-commerce, principalmente os que estão começando no setor. Um dos motivos pelos quais acontece este tipo de confusão é o fato de que, no varejo físico, quando um clique digita sua senha na máquina e a transação é autorizada, o risco de prejuízo para o lojista já não existe.

Em ambientes digitais, quando uma compra com cartão de crédito é autorizada, a única coisa que as instituições financeiras e de crédito garantem é que há saldo e limite naquele determinado a cartão. O prejuízo do chargeback pode chegar até 90 dias depois, que é o tempo garantido ao consumidor para a contestação de uma compra.

Recebi um chargeback. O que fazer?

Zerar a taxa de chargeback em uma loja virtual é praticamente impossível. Infelizmente, nenhum fornecedor de soluções antifraude poderá garantir isso, mas poderá, sim, ajudar o varejista a lidar com o problema de maneira racional e analítica, para tornar mais fácil a tarefa de evitar o máximo possível de chargebacks e manter essa taxa sempre controlada.

O ponto mais importe para o varejista do e-commerce é repassar todas as informações de chargeback ao parceiro antifraude. Um chargeback geralmente é a prova de uma fraude, e todas as informações contidas nele são de fundamental importância para que um sistema antifraude possa ser retroalimentado e impedir novos crimes com este mesmo padrão, o que, consequentemente, evitará novos prejuízos.

Como se prevenir do chargeback?

Prevenir o chargeback por fraude no e-commerce é um trabalho que exige estrutura tecnológica de ponta e inteligência humana do mais alto nível, pois as técnicas dos fraudadores são sofisticadas e aprimoradas a cada dia.

Para que este trabalho contra fraudes seja eficiente, os sistemas utilizados devem ser capazes de conhecer o comportamento dos consumidores no universo digital como um todo, e não apenas na loja virtual onde a compra está acontecendo. Dessa forma, é possível identificar desde ações isoladas até padrões que indiquem grandes ataques.

Analisar padrões de ataque, aliás, também é primordial. As informações sobre por fraudes que já aconteceram possibilitam que a solução antifraude consiga criar um efeito de rede que protege o ecossistema que envolve as transações.

Lembre-se: fraudadores buscam caminhos mais vulneráveis e brechas em sistemas de segurança. Se o seu parceiro antifraude faz um bom trabalho, sua loja virtual jamais estará visível aos olhos destes criminosos.

E vale ressaltar que ter este tipo de parceiro especializado não é caro. Pelo contrário, isso significa menos reprovações, menos chargeback, menor tempo de resposta e, consequentemente, mais vendas legítimas.

Converse agora com os nossos especialistas em segurança:

Escrito por

Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.

Assine nossa newsletter

Ao fornecer suas informações, você declara estar ciente de nossa Política de Privacidade e aceita que a ClearSale envie informativos, ofertas e outros materiais.

Leitura em Libras