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Embora possa parecer complexo, cumprindo algumas etapas, processo pode ser mais simples do que se imagina

Empreender em uma loja virtual de roupas traz desafios importantes, sendo o maior deles, provavelmente, aproximar a experiência de compra online ao que o cliente vive quando vai até uma loja física. Além disso, dúvidas comuns sobre como começar, com qual tamanho iniciar as operações, quanto investir nos primeiros passos do negócio, o que planejar e organizar primeiro, etc, também norteiam a rotina de quem pretende entrar neste segmento.
Obviamente, nem sempre as respostas para estas perguntas são tão óbvias, mas é importante saber que elas podem não ser tão complexas quanto muitos costumam pensar, bastando, muitas vezes, começar a fazer. Afinal d e contas, praticamente todos os grandes negócios foram pequenos um dia, e não é problema algum que o empreendedor se desenvolva e evolua junto com o crescimento de sua loja.
O perfil criativo pelo qual o empreendedorismo brasileiro é conhecido, somado às facilidades que o e-commerce pode trazer a quem está começando um negócio, é o pilar que traz uma possibilidade interessante de sucesso, ainda que o mercado brasileiro, de forma geral, não seja o mais amigável do mundo para os empreendedores.
Vale ressaltar que não é preciso esperar um site estar em pleno funcionamento para começar a vender. Ferramentas como Instagram, WhatsApp e marketplaces são alternativas que não exigem investimentos iniciais altos, e são mais simples do que contratar uma plataforma de e-commerce e outros fornecedores importantes para manter uma operação segura e eficiente na internet.
No entanto, para quem pensa em escalar o negócio e ter cada vez mais sucesso, não há como abrir mão de ter um site que seja, de fato, um e-commerce. Por isso, separamos neste artigo uma espécie de tutorial para quem quer montar uma loja virtual de roupas, mas ainda não tem muito claro o passo a passo necessário neste primeiro momento.
Nome e domínio da loja virtual
Para iniciar a criação do site da loja, um bom primeiro passo é definir o nome, para então iniciar o processo de registro do domínio (endereço de web) a ser utilizado. É uma tarefa que, para quem não tem conhecimento avançado de tecnologia, pode até parecer muito difícil, mas, na verdade, o processo é bem menos complicado do que parece.
Existem diferentes formas de se registrar um domínio, e algumas empresas de hospedagem podem até oferecer isso no pacote de serviços. Para o começo, seguir por este caminho não é um problema, mas há o risco da extensão que ficará registrada em seu endereço dificultar a associação do nome a uma loja ou a um site profissional.
Por isso, registrar o próprio domínio é o mais indicado. Para fazer isso, primeiro é preciso consultar no Registro.br se o nome desejado para o domínio está disponível. Ou seja, se não pertence a ninguém. Depois disso, será possível criar uma conta por meio de um cadastro com alguns dados pessoais, para então começar o registro propriamente dito, que nada mais é do que um segundo cadastro, mas desta vez com dados mais específicos da empresa.
Feito isso, haverá a necessidade de pagamento de uma pequena taxa e o domínio estará, em poucos dias, registrado.
Certificado Digital e-CNPJ para empresas
Um passo fundamental que pode ser o seguinte à criação e registro do domínio é a certificação digital e-CNPJ para empresas, que é uma espécie de versão eletrônica do CNPJ. Esta é uma ação obrigatória para a emissão de notas fiscais eletrônicas, por exemplo, além de ser importante para reduzir custos e tempo em processos que exigem certa burocracia.
Para obter uma certificação digital, é preciso escolher uma dentre as empresas que atualmente podem prestar este tipo de serviço. É preciso conferir o que cada uma delas pede e, com isso, decidir pela opção que mais tem sentido para o seu negócio.
Plataforma de e-commerce ou site próprio?
O próximo passo é decidir entre a utilização de uma plataforma de e-commerce ou desenvolver as ferramentas internamente. Para fazer isso ‘dentro de casa’, é preciso ter certo conhecimento de tecnologia, contratar pessoal qualificado e alguns fornecedores, o que pode tornar o processo mais custoso e demorado.
Por outro lado, a plataforma pode tornar tudo muito mais simples e intuitivo, além de trazer a possibilidade de resolver todos os processos necessários à operação da loja utilizando apenas um fornecedor.
Como existem muitas opções boas de plataforma no mercado, é preciso considerar o quanto se pretende crescer em curto prazo, pois só assim será possível definir o tipo ideal de fornecedor e se o pacote que ele oferece é condizente com as pretensões do negócio. O mercado oferece algumas das plataformas gratuitamente, inclusive.
Quais são as plataformas mais conhecidas do mercado?
Plataformas oferecidas por empresas como Magento, Tray, CiaShop, Linx, Moovin, NuvemShop e Jet E-commerce são muito confiáveis, e contam com planos para os diversos tipos de negócio e para as diferentes fases de vida pelas quais a empresa passa.
São plataformas que oferecem integrações com diversos aplicativos para avaliações de produtos, oferecem ajuda para otimizações em SEO, análise de relatórios, indicadores-chave, comparadores de preços, vitrine inteligente e muitas outras opções que muitas vezes as tornam importantes, inclusive, como serviços de consultoria.
Não quer investir em uma plataforma agora?
Se a loja ainda não está no momento de trabalhar com uma plataforma, e nem há condições para desenvolver todos os processos internamente, alternativas como vendas via Instagram, WhatsApp e marketplaces, como citado no começo deste artigo, têm se tornado cada vez mais comuns e vantajosas.
São operações realizadas por links de pagamento, de maneira bastante simples e segura, o que ajuda bastante em situações que necessitam de maior agilidade e praticidade para a realização de uma venda, podendo ser utilizada por empresas de diferentes portes e segmentos.
Planeje sua loja antes de colocá-la no ar
Enquanto faz todas as escolhas dos passos anteriores, é importante saber que tudo deve seguir um planejamento rigoroso e bastante certeiro. Buscar informações sobre o mercado digital e sobre o segmento no qual se pretende ingressar é imprescindível. Com isso, é possível conhecer e entender as ‘dores’ dos consumidores que serão o público-alvo do negócio, para saber como os produtos ou serviços que serão oferecidos podem saná-las.
É importante conhecer a concorrência, pois ela pode ter muito a ensinar, principalmente com problemas enfrentados, até mesmo para um melhor posicionamento de marca. Avaliar os diferenciais que o negócio pode ter também é fundamental. Empreender oferecendo mais do mesmo não é o melhor caminho.
Além disso, jamais perca de vista a especialização. Busque cursos, troque experiências com outros empreendedores, participe de eventos do seu nicho, etc. Para o mercado de moda, mais especificamente, há um curso de e-commerce de moda já disponível e muito interessante. Procure saber mais sobre este tipo de especialização.
Crie categorias de produtos adequadas para sua loja
As categorias de produtos que serão disponibilizadas precisam ter aderência junto ao seu público-alvo e precisam estar adequadas à loja. Uma dica que pode ajudar é procurar aprender com outras lojas virtuais, analisando cuidadosamente como elas organizam seus sites, tirando o que costuma dar certo como lição.
O que vender na internet
O seu mix de produtos precisa ser competitivo e acertar em cheio as necessidades de seu público-alvo. Se o e-commerce é de moda, é preciso pensar em qual tipo de produto deste segmento haverá maior procura e que atualmente não tem grande disponibilidade no mercado. Você pretende investir em qual tipo de moda? Roupas para bebês? Vestuário fitness? Vestuário masculino? Feminino? O importante é ter em mente que existem diferentes nichos, e que um bom planejamento pode ajudar a explorá-los.
Independente do nicho escolhido, é preciso se destacar e oferecer SKUs distintos. SKU significa Stock Keeping Unit, que, em tradução literal para o português, quer dizer Unidade de Controle de Estoque. É uma espécie de código que ajuda a automatizar e gerenciar o estoque de maneira que se possa atender, no caso da moda, pessoas de diferentes estaturas, por exemplo, já que será mais fácil saber tamanhos que são mais ou menos vendidos.
Uma dica importante é tentar não vender os mesmos produtos já vendidos por lojas completamente estabelecidas e consolidadas no mercado, para evitar uma concorrência tão feroz neste primeiro momento. Lembre-se da importância em atacar nichos ainda pouco ou nada explorados.
O preço dos produtos faz parte da estratégia
Tão importante quanto precificar corretamente todos os seus produtos, utilizando margens seguras e pensando em custo de aquisição de clientes, etc, é saber quais deles podem fazer parte da sua estratégia de atração de clientes.
Uma ótima prática, por exemplo, é selecionar alguns SKUs de sua loja que podem ter descontos especiais. Cores, tamanho ou outras variações que costumam ficar muito tempo em estoque podem ser oportunidades para trazer mais consumidores para perto de sua loja por meio de preços bastante sedutores.
Operação básica para um e-commerce de moda
Para a operação básica de um e-commerce de moda, alguns pontos são comuns a praticamente todos as lojas virtuais. Sem eles, talvez até seja possível vender pela internet, mas não haverá ainda, muito provavelmente, um processo profissional e eficiente para desenvolver o negócio de forma sustentável.
Divulgação
De nada adianta ter um comércio que passou por todo o rigoroso processo de organização, planejamento e implantação sem que as pessoas saibam disso, sem que futuros clientes sejam impactados por ações de marketing e sem que o empreendedor saiba como atrair clientes, bem como retê-los e torná-los fieis.
Se o negócio ainda não dispõe de grandes recursos para investimento em marketing, procure utilizar as redes sociais e os meios mais simples oferecidos atualmente pelos mecanismos de busca da internet.
Contabilidade
É muito importante para o varejista contar com uma equipe de retaguarda que o ajude em questões como controle de finanças, emissão de notas fiscais e controle de impostos, por exemplo. Algumas plataformas incluem este tipo de serviço em seu escopo, mas é preciso avaliar a relação entre custo e benefício que elas oferecem.
Logística
A logística tem que ser absolutamente eficiente. Ela é a responsável por praticamente todas as etapas do fluxo de validação e finalização de uma compra. A maioria dos lojistas virtuais opta por trabalhar com os Correios ou outras transportadoras. Mais uma vez, vale analisar a especificidade de cada negócio, quantidade de pedidos, regiões atendidas, etc.
Atendimento ao cliente
O atendimento ao cliente precisa ser impecável. Se a loja está nos primeiros passos, isso é ainda mais importante, pois pode ser um grande diferencial, ainda mais para quem decidiu não fugir da concorrência com grandes empresas já estabelecidas no mercado.
Seja claro em todos os pontos de atendimento ao cliente, diversifique estes canais, mostre-se disponível e preocupado em atender seus consumidores em qualquer ocasião. Faça com que o valor proposto em seus produtos esteja totalmente de acordo com o que seus clientes recebem no dia a dia. Pense na experiência e no sucesso do cliente. Mais do que nunca, ele deve ser o centro de todas as decisões em seu negócio.
Fotos no e-commerce: não subestime o poder de imagem
Produtos do segmento de moda precisam ter imagens claras e absolutamente condizentes com o que são na realidade. Invista em ter boas fotos de seus produtos, de preferência utilizando modelos reais, sendo fiel na composição das cores e agregando o maior número possível de informações.
Procure ter imagens de ângulos diferentes e com aproximação que permita a visualização de cada pequeno detalhe. Além disso, se possível, produza vídeos curtos sobre cada peça disponibilizada em sua loja.
Importância de uma boa descrição de produto
Como falado anteriormente, quanto mais informações sobre o produto estiverem disponíveis, melhor. Disponibilize um guia de medidas de fácil utilização, traga informações sobre o corpo de cada modelo utilizado e das diferenças entre os tamanhos das peças.
Além disso, invista em páginas com conteúdo otimizadas para SEO, pois isso aumentará as chances de sua loja aparecer bem posicionada em buscas do Google. Tenha isso como parte fundamental da estratégia de mídia orgânica.
Trocas e devoluções sem burocracia
Um dos tabus mais encontrados por e-commerces de moda é: e se a roupa não servir? Para incentivar o consumidor a comprar sem medo de arrependimentos, tenha um processo de troca e devolução sem burocracia e sem demora.
Não trate este processo como um custo inevitável, trate-o como forma de fazer upsell e até mesmo de fidelizar seus clientes. Lembre-se que um processo intuitivo e fluido de trocas e devoluções pode influenciar a decisão de compra deste cliente em uma próxima oportunidade.
Evite problemas com fraude
É fundamental ter segurança em todas as etapas da jornada de compras dos clientes. Os dados devem estar sempre protegidos, a navegação deve estar livre de atritos e as transações devem estar imunes à ação de fraudadores.
Alguns meios de pagamento oferecem soluções antifraude que podem não ser suficientes. Escolher um parceiro especializado é primordial para proteger clientes legítimos e evitar prejuízos nas vendas pela internet.
O comércio eletrônico é um ambiente dinâmico, e pode ser desafiador para os comerciantes acompanharem os novos canais de pagamento e os riscos de fraude. Soluções direcionadas e comprovadamente eficientes contra fraudes podem ajudar a loja a atingir todo o potencial.
Desde a nossa fundação, em 2001, nos dedicamos a inovar constantemente para otimizar e aperfeiçoar nossos processos, com objetivo de reduzir fraudes e falsos-positivos ao mesmo tempo em que o varejista aumenta vendas, receita e satisfação do cliente.
Código de defesa do consumidor para as vendas online
Procurar ajuda especializada para cumprir integralmente tudo o que está previsto na lei de direitos do consumidor fará com que o varejista evite muitos problemas futuros e, acima de tudo, consiga manter a melhor relação possível com os consumidores.
Contratação de um ERP
A tecnologia tornou mais fácil organizar e gerir dados valiosos para tomadas importantes de decisão em um e-commerce. Os ERPs (Enterprise Resource Planning), por exemplo, são sistemas tecnológicos de gestão muito adotados no e-commerce, pois fazem a integração de praticamente todos os processos, inclusive a cadeia de pagamento, e trazem diversos benefícios à gestão do negócio.
O ERP torna possível gerir grandes quantidades de informações de maneira automatizada, o que gera mais fluidez e organização. Quando se busca o desenvolvimento do negócio, processos estritamente manuais diminuem a eficiência da equipe e aumentam a possibilidade de erros. Portanto, pense se é possível contratar um ERP que possa te ajudar.
Gere tráfego para o seu site
Uma das dúvidas comuns de quem está começando no e-commerce é sobre o que fazer para aparecer nos resultados de busca do Google. Há, basicamente, duas possibilidades: a primeira é de forma orgânica, ou seja, sem investimento financeiro, enquanto a segunda é paga – geralmente por meio de links patrocinados.
Atualmente, a maioria dos lojistas já entendeu qual é o passo a passo básico para o desenvolvimento de uma estratégia de SEO (Search Engine Optimization). Assim como o nome sugere, é uma forma de otimizar suas páginas para os motores de busca da internet.
Em menor ou maior grau de complexidade, uma parte considerável das lojas virtuais atuais já faz esforços de busca e análise de palavras-chave, criação de conteúdo para páginas de produtos e preenchimento de informações em metatags, como title e description.
A maturidade do mercado diante das otimizações para mecanismos de buscas tornou esse cenário muito mais competitivo e desafiador. Assim, quem deseja se destacar nas primeiras posições de ranqueamento no Google — que é hoje o principal canal de buscas no mundo — precisa ir um pouco além e começar a se preocupar com aspectos mais técnicos da arquitetura e da segurança do site. E a plataforma de e-commerce tem importância fundamental neste processo.
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Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.