Na última quarta-feira, 28, o espaço One Rooftop, em São Paulo, recebeu o Fintouch 22, maior evento voltado a fintechs do Brasil, que reuniu mais de 30 painéis e palestras divididos em três salas de conteúdo para debater tendências, inovações, negócios regulação e desafios que envolvem todo o ecossistema de fintechs.
A ClearSale esteve entre as empresas participantes como expositora, por meio de um estande apresentando os produtos de onboarding (Business Trust, Plataforma Data Trust) e a solução de score de crédito, além de ter integrado o painel que tratou sobre embedded finance, com a participação de Marcelo Queiroz, Head de Estratégia de Mercado da empresa.
Veja a seguir alguns dos principais assuntos debatidos nos painéis durante a Fintouch 22:
Após as palestras de abertura, que tiveram nomes como Diego Perez e José Luiz Rodrigues, Presidente e Presidente do conselho da ABFintechs, associação promotora do evento, o primeiro painel na Sala Oscar Niemeyer, que abrigou a trilha de inovação, teve como tema “O cenário para o Real Digital”, que recebeu como palestrantes Aristides Andrade Cavalcante Neto, do Banco Central, Duda Davidovic, da Elo e Rodrigoh Henriques, da Fenasbac.
O debate do painel girou em torno da criação do Real Digital e qual será o papel da CBDC (moeda digital emitida pelo Banco Central) na economia e para as pessoas. Os palestrantes citaram possíveis casos de uso da moeda e quais benefícios ela pode trazer, a diferença dos seus objetivos em comparação ao Pix, entre outras reflexões. Aristides Neto, chefe adjunto de cibersegurança e inovação tecnológica do Banco Central, citou que o Lift Challenge do Real Digital (projeto que reúne empresas para desenvolver o produto, que a ClearSale está participando) é um desafio ao setor privado de como a CBDC pode melhorar a vida do cidadão e beneficiar a sociedade brasileira.
No segundo painel da Sala Oscar Niemeyer, o assunto continuou sendo economia digital com o painel “O Futuro do Dinheiro: Open Finance, Pix e Moeda Digital”, com os palestrantes André Portilho, do BTG Pactual, Bruno Loiola, da Pluggy e Wagner Martin, da Veritran, com moderação de Rudá Pellini, da Arhur Mining.
Como uma continuação do painel anterior, os palestrantes salientaram a importância da democratização de dados que o Open Finance proporcionará e que é uma das principais ferramentas de redução de fricção e como isso possibilita que as instituições sejam mais inclusivas e personalizadas para as pessoas.
No fim da tarde, na trilha de Inovação, o tema do painel foi “Cibersegurança: estratégias de proteção no ambiente digital”, que recebeu os palestrantes Luiz Marcelo Penha, da Nextcode, Paulo Aragão, da AWS, Thiago Zaninotti, da Celcoin e Victor Fuenmayor, da Okta.
Neste painel, os palestrantes salientaram a importância das empresas escolherem bem seus parceiros e que eles tenham protocolos de cibersegurança robustos. Além disso, Thiago Zaninnotti, CTO da Celcoin, reforçou que os players precisam usar o conceito do security by design. Ou seja, é necessário pensar em desenvolver suas soluções já com segurança e ser resiliente a ataques.
Na trilha de Negócios e Internacionalização, a ClearSale marcou presença no painel “Embedded Finance: oportunidades de crédito”, com a participação de Marcelo Queiroz, head de Estratégia de Mercado. Também integraram o debate: Alex Franco, do Serasa, Fabiano Ferreira, da Baptista Luz Advogados e Luana Soratto, do Open Finance Brasil.
Os palestrantes se aprofundaram no conceito de embedded finance e pontuaram a importância de ter uma fricção mínima e priorizar a experiência do cliente. Queiroz pontuou que essa experiência precisa ser tão fluida para o usuário quanto fazer uma compra no e-commerce.
Cenários e tendências para investimentos em Fintech
Ainda na mesma trilha que o painel relatado anteriormente, Amanda Graciano, da Fischer Venture Builder, Bruno Peroni, da Warren, Fred Santoro, da Raketo Venture Market e Luiza Ulysséa, da Astella Investimentos, debateram no painel sobre “Cenários e tendências para investimentos em Fintech”.
Os painelistas trouxeram a importância de ter foco no cliente como um cenário favorável pensando a longo prazo e que, no Brasil, temos chance de criar o melhor mercado de fintech do mundo. Também comentou-se sobre a grande oportunidade que a população desbancarizada representa e que é preciso conversar mais com as pessoas e ver o que elas realmente estão precisando.
A palestra final do evento ficou a cargo de Guilherme Horn, head do WhatsApp no Brasil, para tratar sobre “Comércio conversacional e o papel de pagamentos na jornada do consumidor”.
O executivo da Meta trouxe as 5 fases da revolução fintech que, na sua ótica, são pagamentos, investimentos, crédito, operações B2B e criptomoedas. Ele ainda disse que a mensagem de negócio, que é o diálogo entre uma pessoa e uma empresa a respeito de um determinado assunto, é a próxima era do comércio. Além disso, Guilherme ressaltou que o c-commerce não substitui o e-commerce, mas que são complementares.