Que a transformação digital mudou completamente a forma como empresas autenticam identidades, validam cadastros e fazem o onboarding de clientes é indiscutível. Hoje em dia, o processo de autenticação é mais rápido, prático e intuitivo, gerando uma excelente e segura experiência de usuário. O problema, no entanto, é que a fraude de identidade ainda não pode ser considerada uma questão resolvida, fazendo com que empresas precisem investir cada vez mais em mecanismos de autenticação modernos e efetivos.
Atualmente, já é possível o consumidor ser autenticado pelo simples fato de ser, de fato, um cliente legítimo. Pode até parecer uma afirmação simplista, mas é exatamente isso. Com a evolução das tecnologias, fazer um processo de autenticação de maneira quase que invisível aos olhos do consumidor já é possível, pois todos os rastros deixados no mundo digital são mais que suficientes para uma organização saber que aquela pessoa é ela própria, e não alguém se passando por ela com finalidades criminosas.
A fraude de identidade é o processo no qual um criminoso tenta se passar por um terceiro para tomar para si algum tipo de vantagem ou benefício. Também conhecida como falsidade ideológica, é o ato de se passar por alguém que não é.
Ela acontece, por exemplo, quando um fraudador consegue os dados do cartão de crédito de um cidadão e os utiliza ilegalmente, seja para comprar produtos ou contratar serviços pelos quais jamais pagará, ficando todo o prejuízo para o consumidor ou para o estabelecimento que efetuou a venda.
Na maioria das vezes, a fraude de identidade é feita de maneira relativamente sofisticada, e por isso só é descoberta quando já causou prejuízos consideráveis, tanto para empresas quanto para consumidores.
Alguns prejuízos que a fraude de identidade causa podem ser extremamente prejudiciais à saúde de um negócio. No caso de grandes empresas, talvez esse efeito, em um primeiro momento, seja menor, mas fatalmente causará problemas consideráveis em médio e longo prazos, a menos que seja um problema controlado.
Além do prejuízo mais óbvio, que ocorre quando uma empresa não consegue identificar a fraude de identidade e entrega um produto ou presta um serviço a um fraudador – sem saber que é um fraudador, obviamente –, um outro prejuízo que pode ser igualmente problemático é o de imagem.
Em um momento no qual os consumidores estão cada vez mais exigentes e são reconhecidos como o ponto central de qualquer transação, mostrar credibilidade e segurança é imprescindível. Quando se sofre uma fraude, esta imagem é ferida, e o prejuízo de imagem é inevitável, pois fatalmente o estabelecimento perderá receita com clientes que deixam de comprar a partir do receio em fornecer dados pessoais para a efetivação de uma transação.
Ainda pior do que isso é o fato de que o estabelecimento, receoso por ter sofrido prejuízos com fraudadores, passará a ser mais rigoroso em suas validações, o que prejudicará a experiência do cliente e, em um cenário ainda mais grave, começará a recusar transações de clientes legítimos, em um fenômeno conhecido no mercado como falso-positivo.
Vale ressaltar que bons clientes que são equivocadamente bloqueados não apenas costumam comprar na concorrência, mas também fazem reclamações e reverberam suas insatisfações em redes sociais e sites de proteção ao consumidor, o que é muito prejudicial à imagem de toda e qualquer empresa, independente do segmento.
Os cibercriminosos de hoje são inteligentes - às vezes mais inteligentes do que sistemas de prevenção a fraudes. Depois de identificar uma vulnerabilidade, a empresa é exposta, a palavra se espalha e os fraudadores entram em ação. E os danos financeiros podem ser rápidos e desastrosos.
A notícia sobre a fraqueza de um sistema se espalha e os fraudadores podem atacar simultaneamente um negócio – levando tudo o que podem, até que a segurança acabe com a brecha. Portanto, os fraudadores sempre estão em busca do ponto mais vulnerável, e não há tempo a perder para buscar uma proteção eficiente.
As empresas precisam garantir que não são o ponto mais vulnerável dessa cadeia. A atitude mais recomendável é investir em parceiros especializados em soluções antifraude que possam entregar uma visão completa sobre a fraude de identidade, com muito conhecimento do comportamento dos fraudadores e com toda a expertise de décadas de atuação.
Uma tarefa importante no combate à fraude de identidade é preservar quem não é fraudador. Quando se pensa em promover confiança nas transações e, consequentemente, em oferecer a melhor experiência possível, rapidamente se percebe que isso é mais importante do que simplesmente barrar a fraude.
Somente barrar a fraude, aliás, é fácil. Uma loja que reprova todos os pedidos com traços minimamente fora de padrões vai, inevitavelmente, barrar bons clientes também, o que pode causar mais prejuízo do que uma fraude de identidade.
A efetividade do trabalho contra a fraude de identidade pode ser medido com três indicadores: taxa de aprovação, tempo de resposta e chargeback. Se um destes indicadores não estiver bom, o trabalho de combate a fraudes está pouco efetivo.
Fraude é uma parte indesejada da administração de um negócio, mas não é uma parte com a qual o varejista tenha que conviver. Para ser bem sucedido, o fraudador precisa estar longe dos olhos da solução antifraude. Se o criminoso não puder fazer isso, ele vai migrar para alguma empresa que esteja mais vulnerável.
Os fraudadores são criativos e, para evitar ataques, a proteção antifraude também deve ser. Criminosos gostam do caminho que oferece menor resistência, e um bom sistema antifraude é a maior barreira que pode existir neste sentido.
Manter sistemas antifraude atualizados e contar com uma equipe atualizada, além de uma abordagem minuciosa e multicamadas, são boas práticas que provavelmente manterão o varejo protegido e os consumidores sempre satisfeitos.
No segmento de gestão de risco, é preciso analisar continuamente as próprias decisões e ter a consciência de que um bom consumidor é a parte mais sensível nesta relação. Desta forma, é missão dos profissionais dessa área e todas as empresas compartilhar seus conhecimentos e procurar o formas de estar um passo à frente dos fraudadores.
O consumidor deve evitar a compra em sites suspeitos e sempre que possível, realizar as transações online via cartão de crédito. Ao contrário do que muitos acreditam, a compra pelo cartão de crédito é mais segura do que via boleto ou transferência bancária.
Caso uma fraude ocorra, o consumidor que realiza a compra via cartão consegue contestar a cobrança junto ao seu banco. Já as compras via boleto não são reembolsáveis. Uma vez que o dinheiro é depositado, o estorno torna-se mais complicado. Além disso, outras dicas são válidas:
Verifique o histórico da loja antes de se fazer a compra. A busca é possível tanto no site do Procon, que disponibiliza uma lista das lojas que devem ser evitadas, ou ainda em sites que avaliam as lojas. Caso não existam avaliações da empresa na internet, o recomendado é evitar efetuar a compra e buscar um outro site de confiança.
Em sites com a sigla, a comunicação é criptografada, o que aumenta a segurança na transmissão dos dados. É importante também verificar se há um ícone com referência a um cadeado na parte inferior do navegador.
É comum que sites falsos tenham preços muito mais baixos para pagamento via boleto, pois nessa forma de pagamento é mais difícil para a vítima pedir o estorno.
Sites falsos normalmente não disponibilizam informações como CNPJ, endereço físico e contato. São ambientes criados única e exclusivamente para roubar dados que possibilitem, entre outras coisas, a efetivação da fraude de identidade.
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