14/11/2017 • 5 min. de leitura

Horizontalize-se: Como uma liderança disruptiva pode mudar o seu negócio

Existe um ditado que muitas vezes escutamos por aí: grandes desafios trazem grandes responsabilidades. No universo profissional, somos desafiados todos os dias, principalmente em uma geração como a atual, que tem passado por muitas transformações, tanto na vida profissional quanto na pessoal. Sempre há barreiras, tabus e paradigmas nas culturas organizacionais que podem ser quebrados ou repensados. Junto a isso também vem a grande responsabilidade de criar e manter ambientes livres, respeitosos, inovadores e ágeis para as pessoas nas empresas. E um dos assuntos mais complexos de ser revisto no mercado de trabalho é quando se fala sobre novas práticas de liderança e hierarquia.

“São as experiências que mudam pensamentos e não os pensamentos que mudam as experiências. Implementar processos que facilitam a vida das pessoas para que elas enxerguem valores e se engajem cada vez mais é primordial nas empresas” frisa João Guilherme, Gerente de Marketing da ClearSale. Esta reflexão sempre foi muito aberta dentro da ClearSale, mas ainda precisava ser cuidadosamente estruturada. E uma das ações idealizadas na empresa para que este salto acontecesse, foi a descentralização da hierarquia.

 

A ClearSale e a liderança disruptiva

A estrutura da empresa tem como base três sócios majoritários, que por sinal, tem vias de raciocínio completamente diferentes, mas que preciosamente se encaixam. Então, porque apenas deixar um CEO tocar este barco, se é possível aprimorar a rota desta viagem com um par que o complete nas tomadas de decisão? Ou, melhor ainda, porque não abraçar outras lideranças nesta jornada que vão, além de somar novos pontos de vista e experiências, disseminar aquele espírito de “juntos pensamos, juntos resolvemos” para toda a empresa? E foi assim que nasceu o que chamamos de T12.

Mas, o que é T12? Usar a letra “T” em muitas das ações de cultura organizacional da ClearSale é uma prática que foi implementada pelo CEO, Pedro Chiamulera, que representa o “tesão” em fazer aquilo que lhe foi proposto. Se um desafio é aceito e cumprido com toda sua garra e dedicação, o resultado, com certeza, será acima do esperado. E, se não for, o “tesão” em procurar novos caminhos e respostas para alcançar o objetivo ainda estará lá.

Já o número 12, vem da quantidade de líderes que foram envolvidos nesta nova proposta. Assim, o grupo é formado pelos três sócios e um(a) líder de cada macro área da empresa. Hoje, tecnicamente, o grupo já poderia ser chamado de T14, pois há mais duas áreas que, estrategicamente, comparecem às reuniões em temas específicos.

 

Como funciona a dinâmica de uma descentralização hierárquica

Não há uma fórmula mágica para esta prática. Cada empresa pode traçar seu caminho, baseada em sua trajetória e nos valores em que acredita. Vamos contar como tem sido aqui na ClearSale.

Todas as segundas-feiras, este grupo se reúne em um fórum para discutir temas de grande abrangência na empresa e também alguns específicos, que possam causar grandes impactos a todos. Entre os assuntos podemos ter estratégias e táticas para penetração de mercado, analisar como uma greve geral pode impactar o ambiente e como podemos mantê-lo funcionando, garantindo a liberdade de escolha de todos, quais políticas aplicaremos em benefícios especiais da empresa, como bolsas de estudo, e por aí vai.

Do final deste fórum em diante, este grupo de líderes está pronto e calibrado para disseminar aos seus liderados os rumos que a empresa deseja tomar. E, além disso, toda a vivência das particularidades da equipe que este ou esta líder tem em mãos, também vai permitir personalizar cada decisão que cada time tomará para trilhar estes tais rumos.  

Um dos grandes ápices que também é designado a este grupo, é poder tomar decisões estratégicas, mesmo quando nenhum dos três sócios estiver presente. Isso faz com que, em uma era de rapidez que exige tanta agilidade e precisão em ações, a roda nunca pare de girar, pois não há apenas uma ou três cabeças pensando e tomando decisões, mas sim 12.

 

Como engajar os líderes para esta nova empreitada

“Fazer parte de algo grandioso faz seu cérebro se esforçar mais para procurar respostas, fazendo com que, neste formato, toda a empresa sinta-se parte dos problemas e das soluções” comenta João, que ressalva também que este novo modelo é mais do que uma “reunião de líderes”, mas sim, algo que te faz embarcar em um ambiente de liberdade para se expressar e ter ideias. Afinal, você está em um grupo aonde, naquele momento, até o dono da empresa está no mesmo patamar que você, com o mesmo viés de liberdade para construir algo bom para toda a companhia.

Não pense em horizontalidade de hierarquia na carteira de trabalho ou em contratos, mas sim no dia a dia. Ela acontece no momento em que você confia a outros líderes estratégicos os rumos da empresa e aos times o poder do “pensar junto” também, ao invés de somente executar ações.

Uma outra parte muito importante é como este ou esta líder vai repassar este sentimento ao seu time. A atividade não deve ser só escrever os novos rumos da empresa em uma lousa e continuar o trabalho, não é repassar a ata, mas sim o sentimento ali posto, que é o de fazer parte do entendimento do problema e da busca pela solução com tanta liberdade quanto estes líderes.

Um grande ponto neste desafio é a liderança estar sempre unida ao time, inclusive no entendimento das atividades, dificuldades e conquistas diárias. Assim, este(a) líder saberá aonde mora a “chavinha” que precisa virar em cada liderado, para que ele se sinta parte dos desafios que lhe são confiados e coloque o cérebro para trabalhar por algo maior.

 

Os grandes desafios da quebra dos estigmas hierárquicos

Vivemos hoje uma era digital, não só para as pessoas, mas também para os profissionais e para as empresas. Isso é fato. Mas, o que sempre é importante lembrar, é a velocidade com que as novidades desta era vem se instaurando e também a velocidade de resposta e qualidade que os novos consumidores moldados por ela vem exigindo.

Com grandes avanços no mundo corporativo, hoje há mais oportunidades para empresas aprenderem errando. Porém, para funcionar como algo construtivo, estes erros tem que ser rápidos, oriundos de decisões muito bem pensadas e com ações de resolução postas em prática logo em seguida. Toda esta agilidade veio desta nova necessidade de digitalização dos ambientes empresariais.

Por isso, o mote principal não é pensar em quais áreas conseguem se digitalizar e quais não conseguem, mas sim, em cumprir o principal pilar desta nova proposta de mercado, para que a essência desta era não se perca: agilidade com qualidade de vida e de entrega. E é por isso que a ideia de descentralização hierárquica casa tão bem com este novo momento do mercado. Sim, ela não tem nada a ver com ferramentas e ações digitais, mas tem a ver com agilidade em tomadas de decisão e ganho em escala, quando o assunto é inovação, pois os projetos não ficam parados aguardando inúmeras aprovações em momentos diferentes. Além disso, abrir mentes estratégicas para novas maneiras de se pensar as equipes, faz com que a empresa encare qualquer desafio que surgir.

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Posts de convidados da Clearsale.

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