De acordo com o Relatório Anual de Cibersegurança de 2022 da ClearSale, produzido pelo time do ThreatX, o Brasil foi classificado como o 5° país que mais sofreu com crimes cibernéticos em todo o mundo.
Com o aumento da dependência da tecnologia, a proteção contra crimes digitais se tornou uma prioridade para as organizações em todos os setores. Nesse contexto, é fundamental estar informado sobre os tipos de crimes cibernéticos que existem e como se proteger contra eles.
Mas afinal, o que é crime cibernético? Continue conosco, vamos explicar cada detalhe sobre o assunto, além do cenário para o Brasil em 2023.
É uma categoria de delitos que envolve o uso de tecnologia da informação e comunicação para a prática de atos ilícitos.
O avanço das tecnologias digitais permite que criminosos usem a internet como meio para realizar diversas formas de ataques cibernéticos, que vão desde invasões em sistemas de informação até a disseminação de vírus e malware, passando pelo roubo de informações pessoais e financeiras, entre outros.
Os prejuízos causados são significativos, tanto para indivíduos quanto para empresas. Eles podem levar a vazamento de dados, danos à imagem e reputação, prejuízos financeiros e até mesmo violação de privacidade. Além disso, a complexidade dos processos envolvidos na execução dos crimes cibernéticos e a falta de padrões internacionais de legislação tornam difícil a investigação e a repressão desses delitos.
Conforme a tecnologia avança, evoluem também os crimes e golpes na internet. Os cibercriminosos têm se aprimorado cada vez mais em suas técnicas e estratégias maliciosas, utilizando-se de recursos cada vez mais sofisticados para atingir seus objetivos ilegais.
Dessa forma, listamos alguns crimes virtuais que podem se tornar “tendência” na internet brasileira.
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Um caso importante que envolveu esse tipo de ataque cibernético aconteceu com a icônica montadora italiana, Ferrari, renomada mundialmente pela fabricação de carros esportivos de alta performance. Em 20 de março de 2023, a empresa informou ter sido alvo de um incidente cibernético.
O Diretor Executivo da montadora, Benedetto Vigna, declarou que o ataque visou um número restrito de sistemas em sua infraestrutura de Tecnologia da Informação, resultando na exposição de informações relativas aos clientes, tais como nomes, endereços, e-mails e números de telefone.
Esse tipo de ataque é conhecido como ransomware, uma classe de malware que, ao infectar o sistema da vítima, bloqueia o acesso aos seus arquivos e sistemas, exigindo um pagamento em criptomoedas para a liberação desses recursos.
Vale ressaltar que, embora o pagamento seja exigido, não há garantia de que os arquivos ou sistemas serão liberados, deixando muitas vítimas sem a recuperação de seus dados.
A tecnologia 5G, apesar de apresentar diversas vantagens, também pode trazer consigo alguns desafios de segurança cibernética. Devido à sua alta velocidade, ela pode ser mais vulnerável a ataques cibernéticos, como ameaças à integridade dos dados, espionagem e interceptação, ataques de negação de serviço (DDoS) e ataques em dispositivos IoT.
A grande quantidade de dados transmitidos pelo 5G aumenta o risco de ataques que visam alterar, corromper ou danificar esses dados. A possibilidade de conexão de inúmeros dispositivos IoT à rede também amplia a superfície de ataque e, consequentemente, a vulnerabilidade a ciberataques.
Com a banda larga do 5G, é mais fácil para os cibercriminosos lançarem ataques que podem prejudicar ou até mesmo derrubar redes e sistemas. Além disso, o aumento do número de dispositivos conectados também aumenta o risco de ataques de interceptação de dados e espionagem.
A prática maliciosa de phishing é um crime digital que envolve o uso de mensagens e e-mails fraudulentos para enganar usuários e obter informações confidenciais, tais como senhas, dados bancários e de cartão de crédito.
Com a crescente dependência da internet para trabalhar, estudar e se comunicar, um maior contingente de usuários se torna alvo em potencial para ataques de phishing. Além disso, os cibercriminosos estão aprimorando cada vez mais suas técnicas, tornando complexa a detecção de mensagens fraudulentas por parte dos usuários.
Outro aspecto que contribui para a intensificação do phishing é o expressivo uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, que geralmente se apresentam mais suscetíveis a invasões do que os computadores pessoais.
O Web skimmers, também conhecido como ataque Magecart, é uma técnica cada vez mais utilizada por cibercriminosos para coletar informações de cartão de crédito de usuários que realizam compras online.
Esses skimmers são implantados em sites de comércio eletrônico, geralmente por meio de vulnerabilidades em plugins, scripts ou outras formas de código incorporado na página.
Uma vez instalado, o skimmer consegue coletar informações do cartão de crédito inseridas na URL e, assim, enviá-las para um servidor controlado pelo cibercriminoso. O perigo dessa técnica reside no fato de que muitos usuários podem não perceber que seus dados foram roubados até que o dano já tenha sido feito.
Para reforçar a segurança cibernética de sua empresa, é imprescindível adotar uma abordagem completa que vá além das medidas básicas. O monitoramento regular das atividades de rede é uma delas, com o auxílio de ferramentas capazes de detectar atividades maliciosas, como tráfego suspeito vindo de endereços IP desconhecidos.
A atualização constante dos sistemas e softwares é outra medida crucial para a segurança. É fundamental manter-se atualizado com as últimas correções de para evitar vulnerabilidades conhecidas e que podem ser exploradas por criminosos, incluindo o sistema operacional e todos os softwares de terceiros, como plug-ins e extensões do navegador.
Realizar testes de penetração é uma prática também recomendada para identificar e corrigir vulnerabilidades de segurança em sistemas e redes. Esses testes simulam ataques cibernéticos para identificar pontos fracos e avaliar a eficácia das medidas de segurança existentes.
Por fim, a conscientização dos funcionários é um componente crítico da segurança cibernética. Eles devem ser treinados para reconhecer atividades suspeitas e entender como denunciá-las.