Natal tem R$ 441,5 milhões em fraudes evitadas no varejo online
Assim como se esperava, o Natal deste ano foi bastante proveitoso para o varejo online brasileiro. Segundo estudo da Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, o setor faturou R$ 21,8 bilhões entre os dias 15 de novembro e 24 de dezembro, registrando um aumento de 55% na comparação com o mesmo período de 2019.
O número de tentativas de fraudes, no entanto, também cresceu de maneira significativa. Foram R$ 441,5 milhões em fraudes evitadas no varejo online neste ano, contra R$ 335,3 milhões no ano passado - crescimento de 31,7%.
Categorias mais atacadas pelos fraudadores
As categorias que geraram maior número de fraudes evitadas neste ano foram Eletrônicos, Celular, Bebidas, Automotivo e Ar Condicionado. Em 2019, a lista era um pouco diferente: Bebidas, Celular, Eletrônicos, Alimentos e Automotivo.
Quantidade de pedidos e valor das compras
A quantidade de pedidos também cresceu no período que antecede as festas de fim de ano. Foram realizadas 47 milhões de compras no varejo online, indicando uma alta de 52% em relação ao ano anterior.
Outro ponto importante é que os brasileiros, além de terem realizado mais compras para as festividades deste ano, também investiram mais no valor dos pedidos. O tíquete médio, que em 2019 era de R$ 454, foi para R$ 464 em 2020, apontando um aumento de 2% no intervalo mapeado.
Como se proteger contra fraudes
“Para os consumidores, a melhor forma de evitar fraudes é ter atenção ao compartilhamento de informações na internet e preferir o uso cartão de crédito nas transações no ambiente virtual, o que possibilita a contestação de possíveis débitos realizados e que não são reconhecidos pelos titulares”, alerta Omar Jarouche, diretor de Soluções da ClearSale.
Em um momento em que muitas pequenas e médias empresas migram para o ambiente virtual, devido ao fechamento do comércio físico imposto pelo novo coronavírus, é importante que fiquem atentos também ao risco de fraudes nas operações.
Ao contrário do que se imagina, o prejuízo das compras fraudadas não fica com a emissora do cartão de crédito, mas sim com o varejista, o que pode impactar na gestão do negócio. “Por isso, é importante que a loja virtual conte com uma solução antifraude contratada, ou no caso de optar por trabalhar com marketplaces, questionar como funciona a análise e o chargeback dos pedidos”, orienta Jarouche.