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Mercado de venda direta é opção ao desemprego no Brasil

Escrito por Felipe Tchilian | 19/06/2019

Resumo do post:

- Cenário é  favorável para o mercado de venda direta no Brasil

- Modelo de estímulo que atrai empreendedores

- Grandes empresas do varejo investindo nesse segmento

- Perfil dos empreendedores

As instabilidades política e econômica do Brasil atual fizeram com que a taxa de desemprego ultrapassasse os 12% no primeiro trimestre de 2019, o que representa cerca de 900 mil pessoas sem trabalho.

Tal cenário fez com que o mercado de vendas diretas se tornasse um dos que mais crescem no Brasil. Em 2017, por exemplo, foram R$ 45,2 bilhões de faturamento, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). Além disso, de acordo com a Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas (WFDSA), há mais de 103 milhões de empreendedores atuando nesse modelo em todo o mundo.

Considerando que o brasileiro tem, de forma geral, tendência a empreender – dados do Serasa Experian mostram que uma empresa é aberta a cada 10 segundos Brasil –, é até natural que haja um aumento de atuação em vendas diretas diante de um cenário de desemprego.

Outra questão importante para este crescimento tem a ver com o comportamento de consumo do brasileiro. As vendas diretas levam facilidade ao cliente, já que o produto é levado até a porta de casa, o que torna experiência de compra mais conveniente.

Qual é o segredo das vendas diretas?

O modelo que tem dado certo é o de estímulo constante aos empreendedores deste segmento, seja por meio de políticas de remuneração cada vez mais atraentes, premiações, treinamentos, viagens, páginas personalizadas ou por outros benefícios praticados neste mercado atualmente.

Vale ressaltar que o fato de ser um mercado dominado por atividade flexível, de baixo risco e sem barreiras de entrada também atrai mais e mais pessoas com sede de empreender no ramo.

Gigantes do varejo atentos

O crescimento do setor faz com que grandes empresas do varejo invistam neste modelo de negócio, aumentando, inclusive, a diversidade de produtos ofertados. Além do tradicional mercado de cosméticos, a venda direta agora está na área de nutrição, produtos para casa, carro, saúde, alimentos e bebidas, moda, seguros, etc.

Além disso, o mercado de venda direta passou a usar a transformação digital no relacionamento de revendedores com clientes, tornando possível expandir fronteiras em larga escala.

Jovens empreendedores

Segundo a ABEVD, a idade média dos empreendedores diminuiu: hoje, 48% têm entre 18 e 29 anos. A escolaridade também mudou: 53,1% dos empreendedores têm o ensino médio completo, enquanto 31,3% finalizaram algum curso superior.

Outra mudança importante: o mercado de vendas diretas, que costumava ser dominado por mulheres, tem agora 43,3% de homens no quadro total de consultores.

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