17/06/2019 • 4 min. de leitura

Inovar é questão de vida ou morte nos negócios hoje em dia

 

Veja por que a transformação digital não é privilégio apenas de quem entende sobre ferramentas avançadas de tecnologia

 

Resumo do post:

- Inovar não é apenas para quem entende de tecnologia

- Quem não inova fica para trás

- É preciso ter ambição e coragem de arriscar

- Transformação digital gera mais empregos

No mundo dos negócios, não há nada mais atual do que falar em transformação digital. O problema é que muitos empreendedores ainda pensam, equivocadamente, que essa mudança só se aplica a empresas de tecnologia ou a pessoas que entendam muito deste ramo, o que acaba fazendo com que muitas organizações simplesmente fiquem para trás de seus concorrentes.

No fim do último mês de maio, durante palestra no VtexDay, em São Paulo, o economista, consultor, jornalista e apresentador Ricardo Amorim falou bastante sobre o tema, e mostrou como qualquer pessoa pode, e deve, se beneficiar da transformação digital. “Antes de qualquer coisa, é preciso coragem para sair da zona de conforto e arriscar. Quem não arrisca é engolido pela concorrência e fica fora do jogo”, disse ele.

Apesar de vermos somente gigantes crescendo exponencialmente no mundo digital todos os anos – como é o caso de Google, Apple, Amazon e Facebook, por exemplo –, é preciso entender que a transformação digital é uma ferramenta a ser usada por todo mundo, mesmo que não haja expertise em tecnologia. “A separação entre tecnologia e negócios acabou. Precisamos experimentar mais, ver o que funciona e, cada vez mais, isso se torna uma obrigação. Ninguém é especialista em tudo, mas tem que saber o mínimo de como funciona”, afirma Ricardo Amorim.

O cliente é sempre a razão do negócio

Uma verdade que nunca vai mudar, segundo Ricardo Amorim, é a que o cliente deve ser a razão da existência do negócio. A questão é que a transformação digital permite que cada empresa, mesmo que ganhe escalabilidade, pode conhecer bem as dores de cada um de seus clientes, principalmente por causa do grande volume de dados gerados por eles no mundo digital a todo momento.

“O processo de linha de montagem que as empresas utilizavam para tratar os clientes como uma grande massa faz cada vez menos sentido. Cada um é único e já pode ser tratado como tal”, garante Amorim.

Como exemplo, Amorim citou uma própria passagem como cliente: “Recentemente, fiquei hospedado em um hotel que fixou fotos minhas ao lado da cama. Eles simplesmente entraram na internet, imprimiram as imagens e colocaram lá. Me senti tratado de forma especial, pois me impactaram de forma diferente. Assim, eles me transformaram em um instrumento de marketing deles, pois comentei nas minhas redes sociais, que têm grande alcance. A boa notícia é que praticamente qualquer negócio pode fazer o mesmo – aproveitar informações disponíveis em meios digitais”.

O cenário é excelente, mas falta ambição

Uma das falas de impacto de Ricardo Amorim durante sua palestra no VtexDay foi quando ele afirmou estarmos na era de maior geração de oportunidades da história, ainda que o momento político-econômico do Brasil seja turbulento, mas que a falta de ambição desacelera a mente inovadora e empreendedora no Brasil.

“A cada US$ 4 gerados no mundo, US$ 3 são de países em desenvolvimento. Ou seja, estamos na hora certa e no lugar certo. É por isso que a oportunidade é tão grande. Porém, falta ambição no Brasil. A gente pensa pequeno porque acha que não dá para pensar grande. Em parte isso acontece porque é difícil fazer negócio no Brasil, mas também porque inovamos pouco”, garante Amorim.

“Um dia, alguém pensou em encher um picolé com leite condensado e vender bem mais caro que um picolé comum. Quatro anos depois, já eram 1.200 redes de paletas mexicanas no Brasil. Aí você vê que até seu vizinho ficando rico com as paletas, decidi abrir uma paleteria e quebra. Sabe o que deu errado? Não foram as paletas, mas o momento. As pessoas investem quando dá certo, mas tudo que vai dar certo já deu certo. O que é o oportunidade para os primeiros é fria para os demais”.

Transformação digital gera empregos

Ao contrário do que muitos podem imaginar, a quantidade de empregos gerados pela nova tecnologia é maior, e não apenas para áreas diretamente ligadas às novas ferramentas tecnológicas.

“Quando lançaram o carro, quem cuidava da charrete ficou desempregado, mas a indústria automobilística gerou mais empregos. Uma pesquisa recente aponta que duas a cada três crianças que entraram na escola em 2018 vão trabalhar em profissões que ainda não existem. Motorista de aplicativos e operador de drone não existiam há dez anos atrás, e devem acabar em pouco tempo”, cita Amorim como exemplos.

Antes de fechar sua apresentação, Ricardo Amorim reiterou que empresas que não inovam vão morrer, mas deixou algumas dicas para quem ainda precisa mudar: “Além de ter um bom modelo de negócio, para inovar é preciso mais do que simplesmente ter boas ideias, é preciso colocá-las em prática na hora certa, e a hora certa é agora”, finalizou Amorim.

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Escrito por

Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.

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