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Acessibilidade no e-commerce: sua loja está adaptada para todos os clientes?
Resumo do post:
- Você sabe se o seu e-commerce é acessível?
- Brasil tem 45 milhões de consumidores com algum tipo de deficiência
- Como tornar seu e-commerce acessível
*com Dinalva Fernandes, da redação do E-commerce Brasil.
Você já se perguntou se um cliente cego consegue comprar no seu e-commerce? Segundo o especialista Thiago Sarraf, provavelmente não: “Nós lembramos de acessibilidade quando vamos estacionar e vemos vagas para pessoas com deficiência, ou quando vemos um cadeirante tentando se movimentar pela cidade. Mas acessibilidade é muito mais que isso”.
Durante palestra no VtexDay, Sarraf explicou que existem tipos diferentes de acessibilidade. “Uma gestante ou alguém que quebrou o braço podem ter problemas de mobilidade, só que temporários. As principais deficiências são a auditiva, a visual, a motora, a cognitiva e a física. Adaptar um local para determinado tipo de deficiência não pode excluir o outro, a acessibilidade tem que ser inclusiva. Você não pode, por exemplo, construir uma rampa em cima de uma escada”.
População que consome
No Brasil, há mais de 200 milhões de habitantes, sendo que 45 milhões têm algum tipo de deficiência. Além disso, há 30 milhões de idosos com algum comprometimento de visão. E toda essa população consome – e muito, segundo Sarraf.
“Essas pessoas consumiram R$ 22 bilhões no último ano, sendo R$ 5,5 bilhões em tecnologia. Quando a compra dá certo, elas comentam com os demais, o que é ótimo para o varejo que toma cuidados com inclusão”, esclarece Sarraf.
E-commerce acessível
Para deixar o seu e-commerce acessível, é necessário pensar em vários tipos de deficiência e dificuldades que o cliente pode ter, como o daltonismo, que é um tipo de deficiência visual. “Usamos botões de ação verde e vermelho. Por que não substituir por traço ou ponto, ou inserir transcrições dos produtos para pessoas que não enxergam? É um mundo que a gente precisa trabalhar.”
A sua loja é inclusiva?
Uma dica do especialista para quem quer testar a acessibilidade do seu e-commerce é o aplicativo Funkify, que pode ser instalado como extensão do Google Chrome. O app, que pode ser usado gratuitamente por alguns dias, simula uma série de situações para as quais, infelizmente, a maioria dos e-commerces ainda não está preparada.
“Testando a posição de uma pessoa com deficiência cognitiva, por exemplo, é possível perceber que ela não sai da tela se tiver um relógio marcando o tempo. Quem tem epilepsia ou autismo pode sofrer convulsões, dependendo das cores usadas na tela. A tela não pode ser pequena para quem tem dificuldade de enxergar, etc”, lista Sarraf.
Onde se basear
É possível obter mais informações sobre como adaptar seu e-commerce com o manual WCAG 2.1, que é um guia online sobre acessibilidade. “A mensagem é uma só: empatia. É se colocar no lugar da outra pessoa. São detalhes que fazem diferença no dia a dia dela”, finaliza.
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