14/01/2022 • 2 min. de leitura

NRF 2022: às vésperas do evento, varejo de Nova York volta a respirar incerteza

Aumento de casos de Covid pela variante ômicron esvazia lojas físicas, que voltam a adotar medidas mais restritivas e substituem experiências por operacionalização

O Big Show da NRF, que em 2022 volta a ser 100% presencial, contava com a expectativa de ser o símbolo da retomada do varejo físico e das experiências imersivas em lojas no mundo todo. No entanto, o aumento de casos de Covid pela variante ômicron tem causado a volta do ar de incerteza e um consequente esvaziamento das ruas e do comércio de Nova York, sede do evento.

A constatação é praticamente imediata para quem chega à cidade e caminha pelas ruas. Até mesmo as mais icônicas lojas das grandes marcas, com a volta de algumas restrições que podem preocupar uma população que há pouco tempo atrás falava sobre o fim do uso de máscaras em lugares fechados (em locais abertos, o uso de máscara segue desobrigado na cidade).

Em Nova York desde a última terça-feira, dia 11, a equipe enviada pela ClearSale ao evento se reuniu com professores do Centro de Excelência do Varejo da FGV-SP para participar de visitas técnicas às grandes lojas de Nova York, e a constatação é de que, apesar de ainda haver muita coisa interessante a se conhecer, o momento é de certo retrocesso em algumas tendências vistas antes da pandemia, como a priorização da venda de produtos (e não da experiência) em lojas consideradas flagships das grandes marcas e o ampliamento do espaço – incluindo utilização das calçadas – para garantir o distanciamento entre as pessoas.

De acordo com Henrique Campos Junior, professor da FGV e especialista reconhecido no setor, isso, além de ser uma consequência direta da pandemia, é um movimento que não deve mudar tão cedo, ainda que a alta nos casos da pandemia dure pouco tempo.

“Nas delegações que trouxemos nos últimos anos, nos acostumamos a mostrar às pessoas o quanto a experiência encantadora era a missão das lojas consideradas flagships das marcas. Agora, o que vemos é o aproveitamento do espaço quase que exclusivamente para a exposição de produtos, incluindo redução dos times de funcionários presentes nas lojas e controle da quantidade de pessoas comprando”, completa Henrique.

Como exemplo que tangibiliza o que se vê hoje no varejo físico de Nova York, é possível citar nomes como o da Starbucks Reserve Roastery e o da Samsung. No primeiro caso, apesar de ser um dos maiores espaços da cafeteria no mundo, a loja, que exige documento e certificado de vacinação na entrada, não oferece mais experiências imersivas e nem sequer mesas para consumo dos produtos no local.

Já no caso da Samsung, as experiências tecnológicas incríveis e os pequenos eventos que aconteciam dentro do espaço deram lugar à simples exposição dos produtos (ainda que de grande modernidade) aos clientes interessados.

Com tudo isso, claro, é impossível negar que paira um ar de incerteza sobre o que o Big Show 2022 da NRF, que acontece entre os dias 16 e 18, vai trazer. No entanto, com o enfático esforço da organização do maior evento mundial do setor em manter a programação, mesmo diante da alta na pandemia, faz com que haja uma certa esperança de que há um caminho de retomada a ser seguido em breve pelo varejo.

O time da ClearSale acompanhará tudo e trará bastante conteúdo exclusivo diretamente de Nova York. Inscreva-se e não perca!

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Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.

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