Não é novidade que toda e qualquer transação financeira envolve algum tipo de risco. No caso do risco de crédito, mais especificamente, algumas dúvidas são comuns às pessoas que, de alguma forma, precisam lidar com ele.
Por isso, conhecer algumas especificidades do risco de crédito é muito importante para quem busca o sucesso em investimentos, transações comerciais, etc. Veja alguns esclarecimentos úteis sobre o tema:
O que é risco de crédito
O risco de crédito é a propensão que alguma das partes envolvidas em uma transação tem de não cumprir, total ou parcialmente, com suas obrigações financeiras, já que é impossível prever, com absoluta certeza, que as obrigações adquiridas pelas partes serão sempre religiosamente cumpridas. É um termo diretamente relacionado à inadimplência, já que, em última análise, trata sobre a probabilidade dela acontecer em alguma transação.
Como classificar o risco de crédito
Explicando de forma relativamente generalista, o risco de crédito costuma ser classificado entre primeira e segunda classes. No caso dos riscos de primeira classe, considera-se que as transações/operações têm chances elevadas de inadimplência, o que, via de regra, traz um volume maior de garantias exigidas pela parte credora.
Já os riscos de crédito de segunda classe são aqueles nos quais as chances de inadimplência são consideradas menores, principalmente em casos nos quais o objeto da transação pode ser revisto se não houver o cumprimento de alguma obrigação assumida, sendo por si só uma garantia considerável à parte credora, como no caso de um financiamento de veículo, por exemplo. Se a parte devedora não honrar o compromisso, a financeira toma o carro de volta e pode revendê-lo.
Gestão do risco de crédito
Gerir o risco de crédito é o que uma empresa faz no sentido de lidar com a possibilidade de inadimplência e suas eventuais consequências, incluindo ações tomadas para diminuir eventuais danos causados por ela. Ou seja, a gestão de risco de crédito não pensa apenas na redução de riscos, mas também se preocupa com o que fazer em caso de eventuais danos.
Com a gestão do risco de crédito bem feita, as tomadas de decisão tendem a ser mais seguras, maximizando o aproveitamento das oportunidades de negócio.
A gestão do risco de crédito é importante em qualquer cenário econômico, especialmente em períodos de crise. Dessa forma, a empresa consegue se resguardar de interferências externas e pode alcançar um patamar mais significativo de saúde financeira.
Etapas da gestão de risco de crédito
Fazer uma gestão de risco de crédito eficiente, e que alcance os objetivos colocados anteriormente neste artigo, exige o cumprimento de algumas etapas praticamente obrigatórias.
Compreender os riscos
Toda e qualquer transação comercial tem riscos. Por isso, é fundamental compreender o risco de crédito que impacta o negócio. Uma análise cuidadosa e que englobe todas as informações disponíveis é absolutamente imprescindível.
Conhecer os 5 C’s do crédito
A gestão do risco de crédito tem sua base moldada em cinco pilares principais.
Eles envolvem caráter (histórico financeiro e reputação no mercado), capacidade (possibilidade de honrar compromissos assumidos), capital (patrimônio líquido), colateral (garantias oferecidas na transação) e condições (situação financeira e suas perspectivas).
Tais fatores ajudam na tomada de decisões mais seguras, já que diferentes critérios são analisados e as incertezas são potencialmente reduzidas.
Uso de tecnologia
Softwares disponíveis atualmente no mercado permitem avaliar diversas informações para cruzá-las com análises detalhadas de profissionais especializados, tornando a análise do risco de crédito mais precisa e eficiente e fazendo com que seja possível tratar cada situação de maneira personalizada, mas ainda assim com bastante automação envolvida, sem que seja necessário gastar mais tempo ou dinheiro neste processo.
Além dessas etapas, ainda é possível realizar a contratação de alguma das empresas de consultoria que atuam no mercado atualmente.
Seguindo essas boas práticas, certamente a empresa estará no caminho certo para realizar a melhor análise do risco de crédito, o que, por consequência, assegurará maior estabilidade financeira para o desenvolvimento cada vez mais sustentável do negócio.
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