4/05/2022 • 6 min. de leitura

South Summit 2022: confira os destaques do evento

CleaSale traz detalhes dos principais conteúdos de um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo

Começou nesta quarta-feira, dia 4, pela primeira vez em Porto Alegre (RS), o South Summit 2022, um dos maiores eventos mundiais voltados à inovação e ao encontro de startups com investidores.

Confira os destaques do segundo e terceiro dia

Já no primeiro dia, nomes importantes, como o de Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, e María Benjumea, fundadora do South Summit, subiram ao palco para dar as boas-vindas ao público e dar o tom sobre o que esperar nesses três dias de trocas de experiências e conexão entre pessoas, negócios e muito conteúdo sobre tecnologia e inovação.

Vale ressaltar que a cidade de Porto Alegre tem investido maciçamente em meios de tornar o local um grande hub de inovação e tecnologia, não apenas no Brasil, mas também na América Latina e em todo o mundo no futuro, e a primeira edição do South Summit na capital gaúcha é um marco bastante simbólico.

E a ClearSale, presente no South Summit 2022 para produzir conteúdo gratuito, tem a convicção de que uma de suas missões é democratizar o acesso à informação relevante, fazendo com que pessoas e empresas possam se movimentar e prosperar.

Confira algumas reflexões e alguns insights do que foi destaque no primeiro dia de South Summit 2022!

Inovação, pessoas e colaboração

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“Empresas de tecnologias são feitas por um conjunto de pessoas, e é desse ativo que precisamos tomar conta”. A frase de Jean Sigrist, presidente do Conselho de Administração do Banco Neon, é muito simbólica e tem muita relação com alguns dos conteúdos mais relevantes do primeiro dia de South Summit 2022.

Em um painel muito interessante sobre transformação cultural por meio da colaboração, conduzido por executivas de alto escalão em grandes empresas, como o Banrisul, foram abordadas algumas questões como o quão pouco se fala sobre pessoas nos processos de inovação e transformação digital, principalmente no mercado financeiro.

Segundo elas, é preciso criar um sistema de colaboração entre fintechs e grandes bancos, em um cenário no qual ambos possam crescer juntos, considerando que o cliente final está cada vez mais crítico e sedento por experiências satisfatórias com seus bancos.

Elas ressaltaram, inclusive, que esse elevado nível de exigência de clientes é justamente o que fez nascer as fintechs, as quais já estão bastante difundidas no cenário nacional.

As executivas lembraram ainda que a inovação aberta virou um modo de sobrevivência, e fizeram uma analogia interessante: grandes empresas são como navios transatlânticos, difíceis de mover, enquanto as startups são como lanchas menores ou motos náuticas, menores e mais ágeis, com grande facilidade para mudar de direção quando necessário.

A inovação, de acordo com elas, precisa ser cultural e descentralizada, já que mentes abertas criam empresas mais abertas, onde é possível arriscar mais, testar, errar e ajustar, sempre com um nível de colaboração que fomente o aprendizado e o crescimento.

Disrupção por meio de dados

Em um painel que contou, inclusive, com as participações de Ana Carla Martins Netto, COO da Meta, e Vinicius Garcia Freaza, sócio-diretor da Evolucional, a disrupção por meio dos dados foi muito discutida, com alguns pontos bastante reveladores.

Os executivos abordaram a forma como a tecnologia funciona como habilitador para melhorar a vida das pessoas, e que isso passa a ser feito, em sua maior parte, com dados (que não são uma novidade, mas o seu uso é).

Em mundo no qual o celular que está na palma das mãos das pessoas é mais poderoso do que todos os computadores que levaram o homem à Lua, falar sobre dados é falar sobre a democratização da informação.

Dados são capazes de responder grande parte das perguntas, mas fazer as perguntas certas é tão importante quanto saber como dados podem trazer respostas. É como o petróleo, que bruto não tem tanto valor, embora seja uma das coisas mais valiosas que existem.

O varejo foi um exemplo utilizado pelos painelistas para mostrar casos práticos de usos de dados. Segundo eles, 60% das oportunidades de vendas estão no chão da loja, no operacional, e o machine learning é capaz de fazer com que dados possam ajudar no aproveitamento das oportunidades, oferecendo, inclusive, personalização e encantamento na experiência de consumidores.

Ainda de acordo com eles, um grande problema é que as pessoas não confiam nos dados, e ainda tomam decisões de forma empírica. Para mudar isso, é preciso um processo de mudança de cultura, na qual seja possível evoluir a confiança das pessoas. Para a transformação digital acontecer, o ser humano precisa entender o papel dele nesse processo.

Ética na Inteligência Artificial

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Apesar de toda essa disrupção trazida pelo uso de dados, é importante ter claro que o uso dos mesmos, bem como o desenvolvimento de algoritmos e outras coisas do tipo, sempre tem que trazer consigo uma carga ética importante, com princípios baseados em neutralidade para guiar as ações.

É preciso pensar em como representar todas as pessoas, pensar que são humanos que regulam máquinas, e humanos têm vieses inconscientes. Uma Inteligência Artificial ética precisa ser responsável e explicável, ajudando o humano a tomar a decisão, mas não tomando a decisão sozinho.

A tecnologia tem que ser para todos, e uma inteligência ética oferece soluções inclusive para quem não tem acesso à tecnologia. A Inteligência Artificial não pode carregar os preconceitos da sociedade, os dados não podem carregar vieses, não podem criar prejuízos ou preferências. É preciso equilibrar a entrega pensando na inclusão, e não na exclusão.

Por fim, se a tecnologia, os dados e a Inteligência Artificial não entregarem para todos, não é inovação, é atraso.

Novos modelos de marketplaces

Um tema interessante abordado em um dos conteúdos do primeiro dia de South Summit foi a mudança pela qual o modelo de marketplace tem passado, incluindo alguns recém-lançados programas de fidelidade que supostamente ajudariam a garantir recompras e aumento de ticket médio.

No entanto, a prática mostra que 80% dos consumidores usando os programas não conseguem resgatar seus pontos, e que, por isso, alguns novos marketplaces estão nascendo com moedas próprias ou até mesmo aceitando criptomoedas como forma de pagamento.

Com isso, fica uma questão sobre o quanto vale a pena investir em programas específicos e isolados que o consumidor simplesmente não utiliza. As marcas estão se juntado em torno de alguns programas já existentes para ver o que é necessário repensar e ajustar neste sentido.

Não por acaso, os marketplaces de crescimento mais acelerado, atualmente, são os de nicho, que ‘atacam’ fatias menores e mais específicas do mercado.

Pix, Open Banking e Real Digital

Como nem poderia deixar de ser, a verdadeira revolução digital pela qual o mercado financeiro tem passado nos últimos anos foi tema recorrente no South Summit 2022. Afinal de contas, já não é novidade o quanto o Pix trouxe praticidade e conveniência, apesar dos desafios de segurança, à população brasileira na hora de realizar transferências de valores.

Agora, o Open Banking e o Open Finance são os dois grandes assuntos em voga no mercado financeiro, já que ambos devem mudar a forma como consumidores se relacionam com os bancos, mas o que nem todos já sabem é que o mercado está cada vez mais próximo do que pode ser definido como a evolução do Pix: o Real Digital.

Embora ainda esteja em fase inicial de testes de implementação, segurança, gama de aplicações, etc, o Real Digital tem alto potencial para mudar a forma como o consumidor brasileiro interage com o dinheiro, podendo impactar a forma como hoje são realizados financiamentos, como é determinada a cadeia logística, como são feitas transações internacionais, etc.

O Real Digital faz parte de um crescimento contínuo, em sintonia com a digitalização cada vez mais presente na sociedade. O Pix trouxe as pessoas para os pagamentos digitais, o Open Banking amplia o ecossistema com novas soluções e, agora, falta incentivar a cadeia com a participação de pequenos empreendedores. Ou seja, é preciso preparar todo o mercado para utilizar as novas tecnologias.

De uma forma geral, o projeto de criação de uma moeda digital do Banco Central tem potencial para agregar funcionalidades aos sistemas de pagamento e liquidação gerando benefício para toda a sociedade.

Inclusive, vale ressaltar que a ClearSale participa ativamente da construção do Real Digital. Em parceria com o Mercado Bitcoin, Bitrust e CPQD, a companhia será responsável por integrar múltiplos componentes de validação do processo de onboarding. A ClearSale irá operar no fluxo da carteira digital (wallet) que garantirá as transações de compra de ativos através do Real Digital.

“A ClearSale está participando do início da construção dos conceitos, fundamentos e primeiras experimentações do Real Digital. Junto com seus parceiros no consórcio, demais participantes e o Banco Central, haverá espaço para identificar as principais questões relevantes para implantação da moeda digital, amadurecer o conceito e estudar os modelos de negócio baseados nesta tecnologia”, afirma Marcelo Queiroz, head de Estratégia de Mercado da ClearSale.

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A ClearSale é especialista em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital. A empresa equilibra tecnologia e profissionais especializados para entregar os melhores indicadores aos clientes e movimentar o mercado com segurança e confiança.

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