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Cibercriminosos preferem WhatsApp, revela Relatório de Cibersegurança

Escrito por ClearSale | 15/08/2023 06:00:00

O WhatsApp é um dos aplicativos mais utilizados em todo o mundo. Devido a sua praticidade e diferentes funcionalidades oferecidas, ele se tornou o favorito dos usuários, mas também dos cibercriminosos.

Dessa forma, ao longo do conteúdo vamos explicar porque o aplicativo é um dos mais utilizados pelos cibercriminosos, os principais golpes cometidos a partir dos aplicativos e como se proteger destes.

Porquê o WhatsApp é um dos aplicativos mais utilizados para cometer golpes virtuais?

Segundo o relatório de cibersegurança de 2022, elaborado pelo ThreatX, da ClearSale, os  criminosos se aproveitam das amplas facilidades oferecidas pelo aplicativo para cometer roubos de informações variadas, como números de telefone, documentos e até mesmo dados bancários.

Com esse propósito, eles disseminam conteúdos suspeitos, como ofertas de emprego, promoções, notícias falsas e até mesmo sorteios, com o objetivo de induzir as pessoas a acessarem links maliciosos, realizarem transferências via Pix ou até mesmo baixarem malwares em dispositivos móveis Android e iOS.

Principais Golpes Virtuais cometidos a partir do WhatsApp

Golpe do emprego de meio período

Neste golpe, o cibercriminoso convida a vítima, a partir de um sms ou mensagem no WhatsApp, para um suposto trabalho de meio período, fingindo assim serem recrutadores, ou até mesmo gerentes de grandes empresas, e oferecem salários diários que variam de 300 a 15 mil reais. Ao fim da mensagem, o golpista coloca um link para que a vítima continue o atendimento.

O link pode enviar a vítima para outra conversa no WhatsApp, onde o golpista pede um valor x para pagar um curso de preparação para o “novo trabalho” - curso esse que é falso, e a vítima acaba perdendo o dinheiro.

Em outros casos, o link envia a vítima para outra plataforma que apresenta tarefas. Essas tarefas consistem na compra de produtos e avaliações com 5 estrelas em marketplaces com sistemas de afiliação, onde a plataforma promete o estorno do dinheiro após a compra, além de uma comissão. Inicialmente, o valor inicial é estornado, levando a vítima a realizar compras maiores. No entanto, os valores não são devolvidos, e a plataforma pede para a vítima fazer mais compras para poder receber os valores investidos e a comissão. Após isso, o serviço é encerrado, e a vítima não tem os valores investidos estornados.

Golpe do FGTS

Nesse tipo de fraude, os criminosos utilizam uma técnica conhecida como phishing para enganar a vítima. Em alguns casos, a mensagem pode informar ao usuário que há um valor disponível para saque do FGTS em seu nome. No entanto, para resgatar o dinheiro ou participar da promoção, a pessoa é solicitada a cadastrar dados pessoais, como nome e CPF.

Outros casos de fraude podem envolver ataques cibernéticos e/ou vazamento de dados, onde os fraudadores têm como objetivo roubar informações da vítima. Com esses dados em mãos, os criminosos podem acessar o aplicativo “Caixa Tem”, utilizado para realizar transações do FGTS, e transferir o valor para suas próprias contas. Dessa forma, quando o usuário tenta resgatar o dinheiro guardado, ele descobre que o montante já foi sacado pelos fraudadores.

Golpe do Pix

O golpe do Pix pode ser realizado por meio da clonagem do WhatsApp, em que o criminoso obtém acesso à lista de contatos de uma pessoa e começa a enviar solicitações de dinheiro para seus familiares, amigos e conhecidos. O golpista se passa por alguém conhecido, alegando que teve o celular danificado ou roubado, e solicita que o contato envie dinheiro para a conta do suposto reparador, utilizando diferentes estratégias persuasivas.

Em outra situação, o fraudador pode ligar ou enviar mensagens se passando por um representante de um banco, solicitando à vítima que regularize ou cadastre chaves do sistema Pix. Em seguida, o golpista pede para a vítima enviar o código de verificação do WhatsApp, que é enviado por SMS, como forma de validar as solicitações. Com posse desse código, o golpista consegue clonar a conta do WhatsApp da vítima e ter acesso a todos os seus contatos.

Outros golpes relacionados ao Pix também podem envolver o uso de páginas falsas. Nesse tipo de fraude, o usuário é direcionado para links corrompidos e acaba fornecendo dados confidenciais, que são posteriormente utilizados para realizar transferências bancárias ilegais.

Golpes de promoção ou sorteio

Nessa forma de fraude, os cibercriminosos se aproveitam de marcas e empresas renomadas para criar uma aparência de "confiabilidade" perante a vítima. Eles promovem uma divulgação contendo uma promoção ou oferta exclusiva por meio de um link. Ao abrir esse link, a vítima pode ser redirecionada para fornecer informações pessoais e bancárias. Além disso, também existe a possibilidade de instalar malwares no smartphone da mesma para roubar esses dados.

Como se proteger de golpes digitais em plataformas como o WhatsApp?

Para se proteger de golpes digitais em redes sociais como o WhatsApp, é importante ficar atento a comportamentos estranhos, além de seguir algumas medidas de segurança, como:

  • Mantenha-se informado: Esteja atento aos tipos de golpes mais comuns que ocorrem no WhatsApp. Este conhecimento o ajudará a reconhecer possíveis ameaças.
  • Verifique a identidade: Sempre verifique a identidade da pessoa com quem está interagindo na mídia social Se alguém solicitar informações confidenciais ou financeiras, verifique se a pessoa é realmente quem diz ser. Ligue ou encontre a pessoa pessoalmente para confirmar a autenticidade da solicitação.
  • Desconfie de links suspeitos: Evite clicar em links enviados por desconhecidos ou que pareçam suspeitos, especialmente se solicitarem informações pessoais ou financeiras. Verifique a origem e a segurança do link antes de abri-lo.
  • Habilite a autenticação em duas etapas: No WhatsApp, você pode ativar a autenticação em duas etapas, adicionando uma camada extra de segurança. Isso exige um código de acesso sempre que você registrar seu número de telefone em um novo dispositivo.
  • Mantenha seu dispositivo atualizado: Certifique-se de manter seu aplicativo WhatsApp atualizado com a versão mais recente. As atualizações geralmente contêm correções de segurança e recursos de proteção.
  • Proteja suas informações pessoais: Evite compartilhar informações pessoais, como números de conta bancária, senhas ou números de CPF, por meio do WhatsApp, a menos que seja absolutamente necessário e com alguém em quem você confia.
  • Use recursos de privacidade: Aproveite os recursos de privacidade oferecidos pelo WhatsApp, como bloquear contatos indesejados, configurar quem pode ver sua foto de perfil e status, e limitar quem pode entrar em grupos.
  • Relate atividades suspeitas: Se você suspeitar de uma atividade fraudulenta ou de um golpe no WhatsApp, denuncie-o imediatamente às autoridades competentes e ao suporte da rede social.