14/07/2021 • 5 min. de leitura

Golpes PIX: quais os principais e como evitá-los? Confira!

O PIX é um novo método instantâneo e digital de pagamentos, criado pelo Banco Central em novembro de 2020, que veio para facilitar a rotina de transferência de valores e tornar a operação mais prática e eficiente, uma vez que a quantia enviada cai na conta do destinatário em poucos segundos.

Diante do grande aumento de transações financeiras realizadas por essa nova ferramenta, criminosos criaram maneiras de aplicar golpes e obter vantagens indevidas. A adesão massiva e progressiva a essa nova modalidade de pagamentos criou um terreno para a ação de pessoas mal intencionadas. Nesse sentido, é preciso estar atento a essas artimanhas e aprender a se proteger de maneira adequada.

Quer saber como evitar ser mais uma vítima? Neste post, você vai conhecer quais são os golpes mais comuns no PIX e como evitá-los. Boa leitura!

Quais os tipos de golpes e fraudes no PIX?

Os golpes do PIX aplicados por criminosos se baseiam em sistemas de engenharia social e utilizam de técnicas de persuasão, com o intuito de convencer a pessoa a efetuar a transação de valores, sem que ele perceba que está, de fato, sendo vítima de um golpe. Confira, a seguir, os tipos de fraudes mais comuns!

Clonagem do WhatsApp

Os criminosos têm acesso ao código de segurança do Whatsapp por meio de SMS e, geralmente, sob o argumento de que é necessário realizar uma atualização importante ou que necessitam confirmar dados cadastrais. 

De posse do número de segurança, os golpistas clonam o aplicativo da vítima e têm acesso aos contatos do celular, enviando mensagens para pedir empréstimo e transferência de valores por meio do PIX.

Criação de conta falsa no WhatsApp

Os golpistas têm acesso aos dados da vítima (número de telefone, fotos, nome, endereço, e-mail etc) e, a partir daí, criam uma conta falsa se passando pela vítima e pedindo dinheiro emprestado via PIX. 

Apesar de parecer um tipo de golpe simples, pessoas distraídas, sem malícia e idosos costumam cair com frequência. De qualquer forma, você sempre deve desconfiar caso algum amigo envie uma mensagem solicitando dinheiro com urgência.

Falso funcionário de banco

Nesse tipo de golpe, o golpista se passa por um gerente do banco e solicita o cadastramento de uma chave PIX com o argumento de que é necessário fazer a regularização de cadastro no sistema. Para isso, ele reproduz falsas gravações, levando a vítima a acreditar que está realmente falando com o funcionário da instituição financeira. 

A pessoa do outro lado do telefone é persuadida a informar todos os seus dados e a efetuar uma transferência bancária via PIX para a conta do criminoso.

Bug do PIX

A vítima recebe uma mensagem falsa pelo celular ou por redes sociais, informando que existe um bug e que ela pode ganhar o dobro ou mais do valor transferido por PIX, caso faça a transferência por meio de determinadas chaves. 

Com isso, ela envia o dinheiro para o criminoso e não recebe nenhum valor de volta.

Como evitar esses golpes?

É importante estar atento a esses golpes e saber identificá-los ao menor sinal suspeito. Conheça alguns cuidados a serem tomados para evitar ser mais uma vítima:

  • proteger o celular com senhas e métodos que impedem o acesso de terceiros, como a visualização de face e biometria digital;
  • adicionar chaves PIX de forma correta a uma conta e sempre pelas plataformas digitais oficiais, como o aplicativo do banco. O registro das chaves por telefone é proibido pelo Banco Central;
  • não fornecer senhas de contas bancárias a terceiros. Empresas, bancos, instituições financeiras e operadoras de cartão não solicitam essas informações aos usuários;
  • desconfiar de links de confirmação enviados para seu celular ou e-mail, sem que você tenha solicitado ou que não tenha feito nenhuma alteração de senha ou de informações no cadastro.

O que fazer no caso de cair em golpes no PIX?

Caso tenha suspeitas de que caiu em um golpe e acha que seus dados foram vazados e expostos por criminosos, o ideal é sempre entrar em contato com o banco ou a empresa por meio dos canais de suporte e atendimento e verificar a sua conta. Caso seja necessário, deve pedir o bloqueio da conta, cancelamento do cartão e a troca dos dados de login, sem esquecer de registrar um boletim de ocorrência.

Como os bancos e a Febraban estão cuidando disso?

A Febraban — Federação Brasileira de Bancos — está atuando na criação de soluções antifraude robustas para evitar golpes. O Banco Central, empresas e bancos também estão envolvidos na implementação de mecanismos de segurança, além de investir na comunicação e educação digital de clientes e usuários para evitar cair nesse tipo de golpe.

E é isso que está acontecendo na prática, inclusive, com fomento do próprio Banco Central, que chegou a organizar um evento que tratava sobre segurança digital, relacionada ao PIX. 

Nele, se discutiu bastante sobre os golpes usuais mais aplicados por criminosos, os mecanismos de segurança que devem ser implementados, formas de educar os usuários para que não sejam as próximas vítimas, evitar que passem informações e dados para terceiros e a preocupação em executar os processos de segurança dentro da plataforma e aplicativos bancários, por exemplo. 

É essencial identificar corretamente os dados para quem você está fazendo uma transferência e se atentar às informações do destinatário, optando, sempre, por fazer as transações a conhecidos.

O papel da engenharia social ganha destaque nesse meio como uma forma de coibir e conter as ações criminosas. A aceleração da digitalização da sociedade, ou seja, a potencialização do conceito de transformação digital, inclusive no Brasil, com o aumento de operações bancárias, requer a proteção devida. Sendo assim, a educação digital ganha importante função nesse cenário.

A aplicação de golpes via PIX é uma das maiores preocupações de profissionais que atuam na área de segurança, gestão de risco e prevenção a fraudes. Nesse sentido, é essencial conhecer quais são as principais artimanhas utilizadas pelos criminosos e implementar mecanismos para coibir e evitar a disseminação de tais práticas.

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Escrito por

Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.

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