27/10/2022 • 5 min. de leitura

Backdoors: como funciona e como proteger sua empresa?

O backdoor pode ser oriundo tanto do tráfego na rede quanto instalado de fábrica em softwares. Quando ele é benéfico ou prejudicial ao negócio? Confira nosso artigo sobre o tema e saiba mais!

A geração quase ininterrupta de dados também exige a devida proteção contra ataques externos e até de dentro da empresa. Companhias de diversos segmentos se deparam com ameaças cibernéticas o tempo todo, que visam invadir sistemas e fazer uma série de ações delituosas, como apagar arquivos importantes e sequestrar dados valiosos.

Neste artigo, explicaremos sobre uma ameaça chamada backdoor. Você entenderá o que é, como ele se instala nos computadores da empresa e quais são as melhores práticas para evitar a infecção nas máquinas e nos servidores da companhia. Continue lendo!

O que são backdoors?

Podemos traduzir o termo backdoor como “porta dos fundos”. Estamos falando de um malware capaz de promover o acesso remoto de criminosos aos sistemas de uma empresa. Na prática, é possível, por exemplo, o indivíduo mal-intencionado conseguir acessar bases de dados e até manipular de modo ilícito as informações contidas nelas.

Além disso, o backdoor pode se instalar nos sistemas da empresa por meio de dispositivos móveis. Não obstante, essa costuma ser a porta de entrada para a execução de outros ataques cibernéticos, como:

  • ransomware;
  • phishing;
  • DDoS, ou negação de serviço;
  • crypto jacking, que é quando o computador simula a mineração de criptomoedas, ficando bastante lento e prejudicando a sua operação convencional.

Como os backdoors são usados? 

Com base nos ciberataques citados há pouco, fica bastante claro que o intuito de um backdoor malicioso é roubar ou manipular dados. No entanto, é preciso esclarecer o seguinte: nem todo backdoor é malicioso. Algumas empresas o utilizam em seus softwares para que possam fazer atualizações sempre que necessário, de maneira remota.

Durante a construção de uma aplicação, é comum os desenvolvedores usarem backdoors. Antes de serem comercializados, porém, existe o risco de eles esquecerem de desativá-los no código, de modo que o usuário não tem o conhecimento de que aquele sistema operado por ele possui essa ferramenta.

Infelizmente, em alguns casos, os mantém de propósito. E caso ela tenha algum profissional mal-intencionado, por exemplo, ele tem livre acesso aos sistemas do cliente.

Quais são os perigos da utilização de backdoors?

Seria muito bom falarmos que somente criminosos virtuais usam backdoors. A realidade, no entanto, é que tanto empresas privadas quanto governamentais podem utilizar desse artifício, por motivações de certa forma até obscuras. Em certos casos, é preciso auditar o código da aplicação para se desmentir qualquer suspeita da existência de malwares ali.

Não só máquinas são suscetíveis a backdoors, mas também os dispositivos móveis. Esse é um malware que ataca tanto software quanto hardware, podendo ser a porta de entrada para diversos outros ataques. Uma vez perpetrados, as funções de sistema operacional da empresa correm o risco de bloqueio, ou até pior, os dados são sequestrados e os criminosos obrigam as vítimas a pagarem pelo resgate.

O ransomware é um ataque cibernético que atua exatamente da forma que falamos há pouco. Várias empresas mundo afora já foram afetadas, tendo prejuízos financeiros e de reputação bastante altos.

Para completar, backdoors maliciosos atrapalham demais a empresa em relação à conformidade com a LGPD. Se houve um acesso indevido a dados sensíveis de clientes, por exemplo, e eles foram vazados, dificilmente a companhia escapa de ser penalizada, até com multas.

Como se proteger nesse sentido?

Em linhas gerais, defender-se de backdoors consiste em reforçar a segurança da rede e de todos os dispositivos da empresa, sejam eles computadores ou dispositivos móveis. Estar protegido desse tipo de ameaça passa também pela conscientização e boa índole dos colaboradores, no sentido de reportar à TI algo suspeito durante a realização de atividades na empresa.

Usar firewalls

Por meio da definição de regras, o firewall bloqueia aquele tráfego de dados que pode trazer algum problema para o negócio. Este é justamente o firewall tradicional, responsável por verificar o estado, a porta e o protocolo de um tráfego potencialmente suspeito.

Outra opção interessante de firewall é o UTM, voltado para o gerenciamento unificado de ameaças. Basicamente, ele atua tanto inspecionando o estado do tráfego quanto protegendo os sistemas contra ataques cibernéticos, podendo também incorporar proteções adicionais.

Ter cuidado com downloads

Downloads de fontes não confiáveis são um prato cheio para toda sorte de ameaças, inclusive o backdoor. Cabe à TI da empresa desenvolver políticas de segurança nesse sentido, orientando os colaboradores a sempre consultarem o departamento antes de baixar qualquer arquivo pela internet.

Usar senhas fortes

Em uma empresa ou fora dela, é preciso lidar com inúmeras senhas. Quando isso ocorre, a pessoa se vê bastante motivada a criar as combinações mais simples de números e letras, mas isso aumenta de forma considerável o risco de sofrer ameaças como o backdoor.

Tão importante quanto senhas fortes, é o uso da autenticação em fatores. Essa é uma prática que pode reduzir bastante o risco de os sistemas da empresa receberem algum acesso indevido e ficarem com os seus dados expostos.

Não abrir e-mail suspeitos

A engenharia social continua sendo um dos principais meios de um criminoso virtual alcançar o êxito na sua empreitada. Usando o e-mail, a ideia dele é transmitir o máximo possível de veracidade, induzindo o usuário da empresa a clicar em algum link e ser direcionado a uma página web específica.

Felizmente, não é tão difícil saber quando o e-mail tem procedência ou não. Muitas vezes, o endereço do remetente é muito longo e cheio de caracteres, sendo importante o colaborador comunicar o fato à TI, para que este faça uma análise mais aprofundada dessa possível ameaça.

O backdoor pode ser usado tanto para boas quanto más intenções. No primeiro caso, fabricantes de software o utilizam para atualizar sistemas de forma remota, sem risco ao cliente. Por outro lado, ele também utilizado para monitorar os dados do negócio com objetivos desconhecidos. Vale reforçar que o backdoor pode vir pela rede, em downloads e por meio de dispositivos móveis desprotegidos.

Aproveite a visita ao blog para entender melhor o que é o ransomware e como se proteger!

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