A geração quase ininterrupta de dados também exige a devida proteção contra ataques externos e até de dentro da empresa. Companhias de diversos segmentos se deparam com ameaças cibernéticas o tempo todo, que visam invadir sistemas e fazer uma série de ações delituosas, como apagar arquivos importantes e sequestrar dados valiosos.
Neste artigo, explicaremos sobre uma ameaça chamada backdoor. Você entenderá o que é, como ele se instala nos computadores da empresa e quais são as melhores práticas para evitar a infecção nas máquinas e nos servidores da companhia. Continue lendo!
Podemos traduzir o termo backdoor como “porta dos fundos”. Estamos falando de um malware capaz de promover o acesso remoto de criminosos aos sistemas de uma empresa. Na prática, é possível, por exemplo, o indivíduo mal-intencionado conseguir acessar bases de dados e até manipular de modo ilícito as informações contidas nelas.
Além disso, o backdoor pode se instalar nos sistemas da empresa por meio de dispositivos móveis. Não obstante, essa costuma ser a porta de entrada para a execução de outros ataques cibernéticos, como:
Com base nos ciberataques citados há pouco, fica bastante claro que o intuito de um backdoor malicioso é roubar ou manipular dados. No entanto, é preciso esclarecer o seguinte: nem todo backdoor é malicioso. Algumas empresas o utilizam em seus softwares para que possam fazer atualizações sempre que necessário, de maneira remota.
Durante a construção de uma aplicação, é comum os desenvolvedores usarem backdoors. Antes de serem comercializados, porém, existe o risco de eles esquecerem de desativá-los no código, de modo que o usuário não tem o conhecimento de que aquele sistema operado por ele possui essa ferramenta.
Infelizmente, em alguns casos, os mantém de propósito. E caso ela tenha algum profissional mal-intencionado, por exemplo, ele tem livre acesso aos sistemas do cliente.
Seria muito bom falarmos que somente criminosos virtuais usam backdoors. A realidade, no entanto, é que tanto empresas privadas quanto governamentais podem utilizar desse artifício, por motivações de certa forma até obscuras. Em certos casos, é preciso auditar o código da aplicação para se desmentir qualquer suspeita da existência de malwares ali.
Não só máquinas são suscetíveis a backdoors, mas também os dispositivos móveis. Esse é um malware que ataca tanto software quanto hardware, podendo ser a porta de entrada para diversos outros ataques. Uma vez perpetrados, as funções de sistema operacional da empresa correm o risco de bloqueio, ou até pior, os dados são sequestrados e os criminosos obrigam as vítimas a pagarem pelo resgate.
O ransomware é um ataque cibernético que atua exatamente da forma que falamos há pouco. Várias empresas mundo afora já foram afetadas, tendo prejuízos financeiros e de reputação bastante altos.
Para completar, backdoors maliciosos atrapalham demais a empresa em relação à conformidade com a LGPD. Se houve um acesso indevido a dados sensíveis de clientes, por exemplo, e eles foram vazados, dificilmente a companhia escapa de ser penalizada, até com multas.
Em linhas gerais, defender-se de backdoors consiste em reforçar a segurança da rede e de todos os dispositivos da empresa, sejam eles computadores ou dispositivos móveis. Estar protegido desse tipo de ameaça passa também pela conscientização e boa índole dos colaboradores, no sentido de reportar à TI algo suspeito durante a realização de atividades na empresa.
Por meio da definição de regras, o firewall bloqueia aquele tráfego de dados que pode trazer algum problema para o negócio. Este é justamente o firewall tradicional, responsável por verificar o estado, a porta e o protocolo de um tráfego potencialmente suspeito.
Outra opção interessante de firewall é o UTM, voltado para o gerenciamento unificado de ameaças. Basicamente, ele atua tanto inspecionando o estado do tráfego quanto protegendo os sistemas contra ataques cibernéticos, podendo também incorporar proteções adicionais.
Downloads de fontes não confiáveis são um prato cheio para toda sorte de ameaças, inclusive o backdoor. Cabe à TI da empresa desenvolver políticas de segurança nesse sentido, orientando os colaboradores a sempre consultarem o departamento antes de baixar qualquer arquivo pela internet.
Em uma empresa ou fora dela, é preciso lidar com inúmeras senhas. Quando isso ocorre, a pessoa se vê bastante motivada a criar as combinações mais simples de números e letras, mas isso aumenta de forma considerável o risco de sofrer ameaças como o backdoor.
Tão importante quanto senhas fortes, é o uso da autenticação em fatores. Essa é uma prática que pode reduzir bastante o risco de os sistemas da empresa receberem algum acesso indevido e ficarem com os seus dados expostos.
A engenharia social continua sendo um dos principais meios de um criminoso virtual alcançar o êxito na sua empreitada. Usando o e-mail, a ideia dele é transmitir o máximo possível de veracidade, induzindo o usuário da empresa a clicar em algum link e ser direcionado a uma página web específica.
Felizmente, não é tão difícil saber quando o e-mail tem procedência ou não. Muitas vezes, o endereço do remetente é muito longo e cheio de caracteres, sendo importante o colaborador comunicar o fato à TI, para que este faça uma análise mais aprofundada dessa possível ameaça.
O backdoor pode ser usado tanto para boas quanto más intenções. No primeiro caso, fabricantes de software o utilizam para atualizar sistemas de forma remota, sem risco ao cliente. Por outro lado, ele também utilizado para monitorar os dados do negócio com objetivos desconhecidos. Vale reforçar que o backdoor pode vir pela rede, em downloads e por meio de dispositivos móveis desprotegidos.
Aproveite a visita ao blog para entender melhor o que é o ransomware e como se proteger!