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Cibercriminosos: quem são e por que é tão difícil puni-los?

Escrito por ClearSale | 15/09/2022 05:00:00

Com o uso de tecnologia, a informação vem se tornando uma das grandes armas competitivas de empresas nos últimos anos. Quanto mais digital é um negócio, mais seus gestores podem contar com eficiência e assertividade na tomada de decisões.

Porém, essa nova era tem um lado desafiador. Com o aumento do valor de dados para você, eles também se tornam alvos constantes de cibercriminosos.

Quer entender mais sobre esse tipo de perfil que é uma ameaça para a competitividade e até para a sobrevivência de empresas? Neste artigo, saiba tudo sobre cibercriminosos e crimes virtuais. Acompanhe!

O que são cibercriminosos?

Cibercriminosos são indivíduos ou grupos que cometem crimes utilizando a internet e soluções digitais como veículos de sua prática. Ao contrário de criminosos tradicionais, eles têm um perfil de atuação muito mais sofisticado e difícil de detectar, por não precisarem acessar fisicamente os proprietários daquilo que roubam.

Muitas vezes, empresas são atacadas por cibercriminosos que estão do outro lado do mundo. Basta uma conexão com a internet e uma brecha de segurança digital para que se aproveitem e comprometam ativos do negócio — principalmente dados, que podem ser roubados, bloqueados ou vazados.

O que é crime virtual?

Por crime virtual, entende-se qualquer tipo de violação de propriedade ou confidencialidade que seja perpetuada para acessar indevidamente informações e ativos digitais.

Um crime virtual, atualmente, pode ter diversos escopos e finalidades. Vai desde o vazamento de fotos e dados pessoais, passando por roubo de identidade, chegando até o sequestro de bancos de dados corporativos inteiros.

Por sua natureza, é muito difícil identificar a origem de um crime virtual, principalmente quando não se identifica o ataque enquanto ele está ocorrendo. Por isso, é uma modalidade que vem crescendo muito no mundo e despertando o alerta de todos os tipos de empresas.

Quais os tipos mais comuns de cibercrime?

Existem inúmeras maneiras de cometer cibercrimes, e os métodos vão se renovando e se reinventando o tempo todo. Porém, para empresas que buscam se proteger, é importante ficar de olho principalmente nos métodos mais comuns de ataques cibernéticos. Veja exemplos.

Malware

Malware é um termo genérico para qualquer código malicioso que seja instalado em um dispositivo sem conhecimento do usuário. São, geralmente, softwares baixados, que enganam as pessoas, como anexos falsos ou sites clonados e incluídos em programas piratas.

Os objetivos de malwares são bastante variados: espionar sistemas empresariais, roubar credenciais de acesso ou até visualizar e modificar dados sem que os usuários do sistema percebam.

Ransomware

Destacamos o ransomware por ser um dos malwares mais prejudiciais atualmente em relação a cibercrimes. Seu objetivo é criptografar bancos de dados e impedir que a empresa acesse sua própria informação. Ao realizar esse sequestro, o cibercriminoso exige o pagamento de um resgate em dinheiro para recuperar o acesso — geralmente em criptomoedas, que são mais difíceis de rastrear.

Roubo de identidade

O roubo de identidade acontece quando cibercriminosos conseguem acesso a dados pessoais e/ou credenciais de acesso a sistemas. Dessa maneira, podem se passar por outras pessoas para cometer fraudes financeiras e de varejo, além de visualizar e comprometer informações sensíveis de empresas sem serem identificados.

Outras fraudes

Existem diversas outras fraudes possíveis no mundo dos crimes virtuais, mas podemos destacar aquelas na relação de consumo com empresas. O roubo de identidade é o mais utilizado para tentativas de extorsão, aquisição ilegítima de produtos, induzir o chargeback usando cartões de terceiros etc.

Por que é tão difícil punir cibercriminosos?

Por mais que praticamente todo tráfego de internet seja rastreável, cibercriminosos utilizam ferramentas cada vez mais sofisticadas para esconder sua ação e não deixar pistas sobre sua origem.

Tecnologias como VPN e criptografia fazem com que a comunicação entre criminoso e sistema seja tão pulverizada, que é praticamente impossível determinar o trajeto utilizado. Isso é ainda pior quando a empresa demora a perceber e reagir ao ataque. Muitas delas estão despreparadas em questão de segurança, ao ponto de não conseguirem sequer mensurar com precisão o que foi comprometido dentro de seu banco de dados.

Isso piora quando analisamos o papel das autoridades na atuação em relação à identificação de criminosos virtuais. Atualmente, apenas a Polícia Federal e a polícia paulista conseguem destaque no combate ao crime online. E, mesmo assim, os eventos são tão numerosos, que é bem provável que muitos desses casos terminem sem solução.

É por isso que a prevenção é sempre o melhor caminho para o combate a cibercrimes. Falaremos mais dessa prática em breve, mas é preciso reforçar que, infelizmente, as empresas, na maioria das vezes, são responsáveis plenas por sua própria segurança.

Se é tão difícil punir cibercriminosos, isso significa que um ataque identificado em andamento já vai ter uma reação tardia. O ideal é que eles nunca aconteçam ou sejam barrados antes de conseguirem acessar o sistema ou praticar uma fraude. O papel dos profissionais utilizando o sistema é fundamental para o sucesso na proteção da informação. 

Quais ações facilitam o trabalho dos cibercriminosos?

Continuando o assunto anterior, podemos dizer que o sucesso de crimes virtuais sempre tem um fator de despreparo do lado das empresas que são atacadas. Veja algumas questões fundamentais que facilitam a vida de cibercriminosos.

Baixo conhecimento técnico

A falta de preparo e entendimento sobre a importância da segurança da informação é um dos principais riscos em relação à vulnerabilidade a crimes virtuais. Muitas empresas erram ao tratar o assunto apenas como responsabilidade da TI, sendo que a maioria dos ataques ocorrem por brechas no trabalho de colaboradores em qualquer departamento do negócio.

Essa falta de conhecimento técnico faz com que usuários criem o ambiente propício para invasões, tornando a relação entre TI e outras diretorias cada vez mais importante para o sucesso na proteção de dados.

Uso de engenharia social

Dentro desse ponto de despreparo técnico, a suscetibilidade à engenharia social é a maior ameaça na rotina interna de empresas. Na maioria das vezes, os crimes virtuais não ocorrem por invasão bruta de sistemas, mas porque os próprios usuários fornecem inadvertidamente as credenciais necessárias para acessá-los.

São técnicas como phishing, que se aproveitam do despreparo tecnológico para imitar páginas e fazer com que pessoas tentem se logar sem perceber que o site ou sistema não é legítimo. Atualmente, é possível que esse crime utilize diversos canais de atuação, como e-mail, redes sociais e aplicativos de mensagens.

Investigações burocráticas

Quando um ataque é bem-sucedido, o que mais facilita a impunidade é o descompasso que ainda existe entre a sofisticação tecnológica desses crimes e a capacidade de investigação de poderes públicos.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi um grande avanço nesse sentido, criando parâmetros de segurança e imputando responsabilidades que tornam o processo de rastreamento mais objetivo. Porém, ainda estamos muito longe de um aparelhamento e uma modernização suficientes para poder resolver uma parte considerável dos casos bem-sucedidos de cibercrime.

Uso de contas de laranjas

Especificamente no caso de fraudes em e-commerces, muitos criminosos utilizam de engenharia social e outros métodos para roubar a identidade de terceiros e cometer o crime utilizando outras vítimas como veículo.

Essa camada extra torna ainda mais difícil a identificação dos criminosos, já que é preciso rastrear a origem do dono dos dados para só então investigar como eles foram roubados e por quem. Se proteger com soluções antifraude é fundamental para evitar essa dor de cabeça.

Como se prevenir contra a ação de cibercriminosos?

Agora que falamos bastante sobre crimes virtuais, está na hora de pensar um pouco na prática. Como citamos, a melhor abordagem para reduzir riscos de ataques e fraudes é prevenindo com responsabilidade, planejamento e investimento. Veja o que você pode fazer para proteger mais a sua empresa.

Capacite profissionais

Se a maior parte dos ataques se origina na engenharia social, é preciso que, antes de qualquer solução digital, você capacite todos os colaboradores no uso da tecnologia.

Treinamentos de segurança, comunicação sobre atuais e futuras ameaças e implementação de uma cultura de proteção são caminhos fundamentais de atuação em todas as diretorias, coordenadas principalmente pela TI.

Tenha políticas de uso

Políticas de uso de sistemas e dados consolidam a capacitação dos profissionais de uma empresa, criando parâmetros objetivos e práticos sobre como devem ser utilizados dispositivos, plataformas e ferramentas integrados ao banco de dados. Esse não é um esforço apenas de criar esses termos, mas de apresentar e reforçar sua importância constantemente entre os departamentos.

Faça monitoramento constante

A automação do monitoramento é fundamental tanto para a produção interna quanto para a relação entre empresa e seus clientes. Soluções digitais, nesse sentido, estão constantemente analisando a troca de informações e acessos para identificar anomalias e atividades suspeitas. São softwares como antivírus, antimalwares, sistemas de gestão integrados, entre outros.

Invista em soluções de segurança

Não é apenas nas ferramentas de monitoramento geral que você encontra ajuda para proteger o sistema da empresa. Esse poder pode ser ampliado com soluções especializadas em cada tipo de utilização de dados relacionados a produção, público e mercado.

Um exemplo disso são os sistemas antifraude e de threat intelligence da ClearSale: ferramentas que utilizam Inteligência Artificial para aprender com padrões de uso de informação e identificar qualquer tentativa de ataque ou fraude imediatamente, antes que seja bem-sucedida.

Unindo essas práticas a um conhecimento mais amplo sobre ameaças de cibercriminosos, sua empresa se protege da maneira mais eficiente possível: prevenindo ataques e dando tranquilidade para o uso de dados de maneira segura.

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