Em tempos nos quais a transformação digital já é uma realidade absolutamente presente no dia a dia de praticamente todas as empresas e pessoas, muito se fala nos métodos de autenticação digital de usuários utilizados para evitar fraudes de falsidade ideológica. Quando essa estratégia é colocada em prática corretamente, ela protege consumidores contra a violação de dados e afasta o risco de prejuízos às empresas.
Os métodos de autenticação são maneiras que a Tecnologia da Informação encontrou para confirmar usuários de sistemas como legítimos e autênticos. Essas são formas de comprovar que quem reivindica algum tipo de acesso é, de fato, a pessoa que afirma ser.
Sendo assim, podemos dizer que os métodos de autenticação são ferramentas tecnológicas que buscam verificar a identidade de uma pessoa no mundo digital, sem que haja a necessidade da presença física dela para isso.
A autenticação digital é o processo online pelo qual se consegue provar que uma pessoa é ela mesma, ainda que não haja a presença física (o que tornaria essa comprovação óbvia). Isso acontece para evitar que fraudadores ou outras pessoas com más intenções possam se passar por cidadãos idôneos, usando os dados de terceiros para cometer fraudes e outros tipos de crimes.
Essa é uma maneira de comprovar a identidade de uma pessoa sem que ela precise estar fisicamente presente em determinado local para realizar algum tipo de operação, processo ou transação.
Para que uma empresa possa definir quais são os métodos de autenticação mais aderentes ao negócio, é preciso, antes, determinar níveis de complexidade e sofisticação, pois só assim é possível identificar categorias e quantos fatores serão utilizados. A seguir, veja quais são essas categorias.
Para conseguir o acesso solicitado, o usuário precisa saber dados como nome, senha, PIN, etc. — ou seja, coisas que ele precisa, necessariamente, conhecer para ser autenticado.
Essa categoria tem a vantagem de ser muito conhecida e simples de ser utilizada, mas pode ser burlada quando um terceiro consegue descobrir esse tipo de dado, ainda que o faça de forma grosseira, como um simples processo de tentativa e erro.
Essa categoria diz respeito às coisas que o usuário precisa ter em mãos para conseguir determinado acesso. Por exemplo: se ele recebe um código de validação por SMS, ele precisa ter um celular para acessar. Outro bom exemplo é o de empresas que já oferecem aplicativos geradores de senhas para smartphones.
Ela é mais segura que a anterior, pois exige a posse do cartão ou do token, mas não é à prova de riscos, pois técnicas de engenharia social já se mostraram eficientes para burlar esse tipo de dado em alguns casos.
Nessa categoria, a autenticação tem a vantagem de ser mais rigorosa, pois utiliza fatores que, em tese, não podem ser copiados, como a biometria. Um bom exemplo é a leitura da impressão digital, mas há também escaneamento facial, de veias, o reconhecimento de voz, etc.
A variedade de métodos de autenticação digital pode deixar quem está procurando pelo seu um pouco confuso, afinal, existem desde modelos mais sofisticados — com várias etapas de autenticação ou que necessitam de uma característica específica do usuário — até aqueles em que só basta ter uma combinação de números e letras.
Neste tópico, apresentamos as principais opções de métodos de autenticação. Confira!
O método por token é um padrão no mercado, utilizado em diferentes plataformas. Ele é bastante comum para fazer a autenticação de sistemas web em que há a relação entre quem utiliza e o servidor.
O token funciona da seguinte forma: o usuário coloca o login e a senha, e é gerado o token que dá a permissão para ele entrar no site ou aplicativo e utilizar os recursos em um tempo determinado, sem que precise fazer o login novamente.
É um tipo de autenticação dividida em duas partes ou duas chaves: uma pública e outra privada. Uma é usada para codificar e a outra é usada para decodificar — sendo a pública disponibilizada para qualquer usuário que está no sistema ou servidor. A privada fornece acesso apenas ao usuário, e só a ele pertence a criptografia dessa chave.
Suponha que uma pessoa mandou uma mensagem com a chave pública. O outro usuário deve usar a chave privada dele para receber o recado. Para responder, no entanto, ele terá que usar a chave pública.
Nesse caso, é usada apenas uma chave para a autenticação. Ao contrário da anterior, é a mesma chave para codificar ou decodificar, o que pode ser uma desvantagem para acessar informações públicas, já que todos devem ter a chave.
Nesse tipo de autenticação, o usuário partilha uma chave com o servidor, então, quando há o envio de mensagem, ela é decodificada utilizando a mesma chave. Quando o servidor reconhece o padrão, ele autoriza o usuário.
Essa é uma das autenticações mais rigorosas, pois necessita de uma série de informações do usuário para confirmar o acesso. Geralmente, ela utiliza a combinação de dados, como localização, comportamento, dispositivo, endereço de e-mail e outros.
Por ser bastante exigente — já que é necessário confirmar que o usuário realmente é quem diz ser —, ela costuma ser bem segura, exigindo, inclusive, que o utilizador esteja em tempo real para responder às perguntas.
Alguns sistemas podem ter uma configuração de acesso um pouco diferente. A maioria das plataformas exige algum tipo de senha colocada pelo próprio usuário para garantir o acesso. Na autenticação por contexto, a confirmação da identidade acontece de forma confidencial, com base em fatores como localização do dispositivo ou do endereço de IP.
Outra ferramenta usada para a autenticação é a localização do usuário. Essa é uma forma de confirmação que funciona não só para indicar que a pessoa é quem diz ser, mas também que ajuda a definir informações importantes, principalmente quando se trata de uma troca de arquivos.
Se um documento foi gerado em um lugar e foi modificado em outro, é possível saber graças à verificação do local de armazenamento desse arquivo. Isso facilita a descoberta de um documento corrompido, por exemplo.
Essa é uma forma de autenticação um pouco mais específica. O objetivo do certificado digital é checar se certo processo está de acordo com todas as diretrizes de segurança. Em muitos casos, ele pode ser visto como uma espécie de identidade digital, sendo utilizado pelo indivíduo para ser reconhecido em outros sistemas e plataformas.
O certificado digital também fornece uma chave privada ao usuário, além de uma assinatura digital por meio de PIN, que autentica a assinatura de documentos.
Geralmente, esse é um tipo de autenticação de duas etapas. Primeiramente, o usuário faz o login para acessar a plataforma, e deve confirmar quem ele é por meio de um código numérico para concluir o login.
É um tipo de autenticação bastante comum quando o usuário esquece a senha ou precisa entrar em uma plataforma online.
Esse modelo não tem tanta relação com o meio, mas com a possibilidade de ingresso. Isso acontece porque a forma de o usuário ter acesso pode ser por senha ou token, mas essa autenticação garantirá que ele possa logar em uma série de outros serviços. Isso significa que o usuário não precisa de outro login para acessar.
É muito comum ver esse tipo de autenticação em redes sociais. A senha de uma pode ser usada para entrar em outros produtos da empresa, por exemplo — como é o caso do Facebook e do Instagram.
Esse é um tipo de autenticação que segue bem o princípio da centralizada, mas não é preciso que sejam os serviços da mesma empresa. Chamada de e-authentication, aqui a relação é entre o login e a senha de outras plataformas.
Por exemplo: alguns aplicativos podem proporcionar o cadastro de acesso e deixar que se use o login de uma rede social para entrar. Sendo assim, em vez do usuário criar uma nova identificação, ele pode entrar diretamente se já estiver logado na rede social.
Essa autenticação pode não ser tão segura, já que você fornece seus dados a outra plataforma, mas facilita o acesso, uma vez que não é preciso criar uma senha diferente.
Apesar de serem os mais comuns utilizados hoje no mercado, não quer dizer que eles são menos seguros ou que não resolvem bem a maioria das dores das empresas nesse segmento. Inclusive, alguns métodos tendem a ter a mesma estrutura, organizada de maneira diferente. Aqui, mostramos quais são os principais processos. Acompanhe!
Utilizados em praticamente todos os tipos de validação, os PINs e as senhas são números que, em tese, apenas o usuário legítimo conhece. De posse da sequência correta desses algarismos, o usuário consegue comprovar, em um primeiro momento, que é ele que solicita o acesso, e não uma pessoa se passando por ele.
A biometria é realizada por sistemas capazes de ler as características físicas únicas de cada usuário. Isso faz com que seja possível afirmar, com bastante efetividade, que o usuário é quem diz ser quando solicita um acesso.
A autenticação de dois fatores é uma camada extra de segurança para consumidores e empresas. É uma combinação dos métodos de autenticação citados anteriormente.
Também conhecida como 2FA, é uma etapa além da senha de usuário para garantir que uma pessoa, quando tenta o login em um ambiente protegido, realmente é quem diz ser — e não um fraudador tentando cometer um crime.
Os casos mais comuns de uso do segundo fator de autenticação são aqueles nos quais um SMS ou um código é enviado para um e-mail cadastrado pelo usuário, que tem a tarefa de acessá-lo e fazer a autenticação.
Essa ferramenta também é utilizada no mundo físico, como os caixas eletrônicos que pedem impressões digitais dos correntistas nos leitores biométricos, após a validação com senha.
Autenticar a identidade em ambientes digitais é extremamente importante para garantir a segurança antifraude dos dados que ali trafegam, tanto para a empresa quanto para o próprio usuário.
Do ponto de vista das empresas, os benefícios vão desde melhorar a experiência dos clientes até a economia com ações judiciais longas e custosas, que podem surgir a partir da invasão de uma conta. Isso tudo sem citar os prejuízos financeiros diretos com estornos, multas etc., que são evitados ao se fazer uma autenticação eficiente.
Enquanto isso, para os usuários, a certeza de trafegar em um ambiente seguro e com dados sensíveis protegidos é o grande ganho.
Uma preocupação constante das empresas atentas às tendências de mercado é adotar métodos de autenticação que possam checar identidades sem gerar qualquer tipo de problema com o usuário.
Para que isso aconteça, é preciso investir em meios modernos de autenticação, capazes de cruzar rapidamente grandes quantidades de dados, alimentando bases de tecnologias de Machine Learning e, consequentemente, deixando as soluções de autenticação cada vez mais sofisticadas e discretas à percepção do usuário.
Vale ressaltar que as empresas precisam encontrar soluções flexíveis e que possam oferecer um leque de opções de autenticação ao usuário, para que ele, por sua vez, possa escolher o meio mais conveniente.
A difusão de métodos de autenticação tornou a integração deles muito mais difícil. Por isso, empresas devem identificar fornecedores capazes de suportar diferentes métodos de autenticação.
É preciso analisar continuamente as próprias decisões e ter a consciência de que os fraudadores também buscam maneiras de se aperfeiçoar, pois esse mindset ajuda a mitigar o risco de ser surpreendido por criminosos mais sofisticados.
Gostou deste texto? Então, aprenda mais sobre segurança digital: acesse o nosso post sobre tokenização!