Novas tendências trazem novas inseguranças: fraude em Digital Goods
Infelizmente, as fraudes no meio digital são uma prática bastante comum. À medida que o comércio eletrônico cresce cada vez mais e boa parte das transações são feitas nesse meio, mais os fraudadores encontram brechas para agir. Inclusive, nos últimos anos temos visto um grande crescimento dessa situação. Em 2020, por exemplo, houve um aumento de 3,2 milhões de tentativas de fraudes, quase 45% a mais do que em 2019, segundo o Mapa da Fraude, estudo feito por nós da ClearSale.
Nesse meio, encontramos os Digital Goods, uma parcela do comércio eletrônico que envolve produtos e serviços digitais, como cursos, games etc. Uma novidade muito prática, mas, também, fácil de atrair comportamentos maliciosos.
E como tudo que é novo no universo online, isso traz muitos questionamentos, como: será que a segurança do meu negócio está bem estruturada para este momento? Será que há fraudadores em meio aos meus bons consumidores? Como posso evitar pedidos fraudulentos?
Neste texto, vamos responder essas e outras perguntas sobre esse segmento. Confira!
O que é Digital Goods?
Digital Goods é um termo que pode não ser muito comum, mas é facilmente traduzido para bens digitais. Este segmento engloba produtos e serviços como games e seus recursos (vidas extras e artefatos, por exemplo), serviços de músicas em streaming, e-books, softwares, entre outros. Isto é, tudo o que é comercializado na internet e que só pode ser consumido no meio digital.
Como funciona a fraude em Digital Goods?
Neste mercado os consumidores precisam fazer suas compras com muita rapidez. Imagine que você está jogando seu game favorito pelo celular, quase passando de uma fase difícil, mas acabam suas vidas e armas especiais. A única saída é comprar o que lhe falta diretamente pela plataforma do jogo.
Porém, além da adrenalina que já está instaurada, você só tem mais alguns minutos disponíveis para continuar jogando. Imagine que, quanto mais o consumidor demora para adquirir o que precisa, mais perde no jogo e se frustra. A partir disso, o risco de fraude aumenta. Aqui o desafio fica em como o serviço antifraude da empresa de jogos online vai analisar a compra em apenas alguns segundos.
A plataforma precisa contar com o fato de que a base de dados daqueles clientes, muitas vezes, pode não ser tão rica de informações quanto o de uma transação no e-commerce. Isso acontece porque as empresas de Digital Goods evitam pedir muitos dados dos consumidores, visando evitar fricção na experiência do usuário.
Desta forma, a análise do risco de fraude no Digital Goods tem o desafio de ser extremamente rápida, contando com uma quantidade limitada de informações da compra. Por isso, é muito importante o uso da tecnologia e dados complementares.
Como o Pix auxilia o Digital Goods?
Podemos dizer que as plataformas de games representam bem o que é o Digital Goods. Claro, existem outros produtos como falamos no começo deste post — e-books, softwares etc. Itens que mostram a diversidade de bens que só podem existir no digital e em todos esses meios. Durante um bom tempo, as principais formas de pagamento eram em cartão de crédito e boleto.
Então, com a chegada do Pix, uma possibilidade que junta a rapidez do crédito com a efetivação do boleto, se viu uma maneira mais rápida de efetuar as transações. Além dessas vantagens, abriu uma maior possibilidade de acesso do público que não tem conta bancária própria, como é o caso das crianças e de alguns adolescentes.
Inclusive, é até uma forma de pagamento mais intuitiva do que as outras, principalmente, no caso do boleto que precisa de um prazo para ser validado. Quem consome esse tipo de produto quer uma solução rápida, no caso do jogo, comprar a expansão para continuar jogando. Por isso, o Pix se torna uma boa forma de pagamento para esses casos.
Quais outros tipos de fraudes no meio digital?
O universo do Digital Goods fornece bastante praticidade para quem usa tecnologia. Porém, como vimos, não está livre de sofrer com as possibilidades de infrações que estão no ambiente digital. Mas além da fraude no Digital Goods, existem outras formas de roubo, vamos entender mais a seguir!
Compras no cartão de crédito
As compras de cartão de crédito são algo bem comum no meio digital. Não só funcionam com a base de transações para Digital Goods, mas também para outros produtos, como compras em e-commerces.
Justamente, por isso, torna-se um prato cheio para os golpistas. Eles costumam aproveitar as brechas do sistema de checkout e invadi-los para pegar dados do cartão. Plataformas de games são espaços onde isso pode acontecer facilmente. Até por ser um processo muito rápido e que ocorre várias vezes.
Roubo de dados
A maioria dos golpes envolve algum tipo de dados, do cartão são os financeiros, mas também existem aqueles que além de roubarem essas informações, pegam os dados de identificação.
Aqui, o fraudador roubará os mesmos e os utilizará para fazer cadastros, entrar em sistemas etc. Inclusive, pode-se criar cartões de crédito para fazer compras em seu nome.
Pedido de estorno
Nesse caso específico, o golpista tem as informações do cartão de crédito do usuário. Ele faz a compra e confirma o pagamento, só que assim que recebe a mercadoria, informa para a instituição financeira que sofreu um golpe ou que não foi o responsável pelo pagamento, pedindo um estorno.
O reembolso acontece e vai para a conta do golpista e não do verdadeiro dono do cartão. Também pode ocorrer o pedido de cancelamento da compra. O golpista entra em contato diretamente com o e-commerce e diz que a fatura do cartão já fechou. Como resposta, a loja virtual devolve o dinheiro por transferência bancária.
Phishing
Phishing pode ser traduzido como “pescar” e é basicamente isso que o golpista faz: ele pega os dados secretos das pessoas por meio de conteúdos atrativos. E-mails com promoções, mensagens de texto e até SMS podem ser utilizados para atrair as vítimas.
O usuário ao ver, por exemplo, um e-mail com uma promoção exclusiva, fornece suas informações para os criminosos. Muitas dessas estratégias utilizam links falsos que quando acessados, o direcionam para páginas com malwares.
Essa espécie de vírus pode roubar, criptografar e até excluir informações dos computadores. Alguns chegam a espionar a atividade do usuário e é nesse momento que conseguem pegar dados importantes.
Como o consumidor pode se proteger?
Existem muitas formas do consumidor se proteger no ambiente virtual. Separamos as principais a seguir!
Desconfie de links estranhos
E-mails e páginas de site são lugares muito propícios para abrigar esses links. Geralmente, são de origem estranha, com endereços confusos, cheios de letras e números. Além disso, é bastante comum que não tenham selos de segurança ao entrar na página.
Nesse caso, a melhor forma de saber se é realmente a página oficial da loja ou o site certo, é procurar diretamente no Google. Páginas falsas geralmente não aparecem no topo da pesquisa.
Cuidado com promoções
Como explicamos no tópico anterior, o phishing é uma tática bastante comum para capturar dados. Páginas de promoções são uma das maneiras que os criminosos usam para pegar as informações.
Os golpistas são especialistas em oferecer ofertas realmente atrativas e criar páginas convincentes. Por isso, a atenção deve ser redobrada justamente pela viabilidade daquilo ser real. Uma dica é: ao ver um desconto que não pareça verdade, procure diretamente na página da loja ou busque o que as pessoas estão falando sobre a promoção.
Atenção com suas senhas
Criar senhas diferentes para as centenas de cadastros que fazemos ao longo da nossa vida virtual pode ser cansativo. É claro que é mais fácil colocar a nossa data de aniversário, o nosso nome ou o dos pais etc.
Porém, senhas muito óbvias são fáceis de serem descobertas e fraudadores têm meios de saber quais elas são. Por isso, a dica é sempre optar por senhas fortes, ou seja, aquelas que são uma combinação de caracteres, números e letras maiúsculas e minúsculas.
Em quais métodos e ferramentas antifraude confiar?
Conforme já levantamos por aqui, uma das principais soluções para lidar com a fraude neste mercado é ter uma forte base de dados deste consumidor em compras online de diversos segmentos. Assim, fica mais fácil saber se, por exemplo, ele já tentou alguma prática fraudulenta em outras lojas.
Outra ferramenta importante para este desafio é o Behavior Analytics. Este conglomerado de tecnologias, que inclui Mapper, Fingerprint e Profiler, abre mais um leque de possibilidades de análise do comportamento do consumidor. Com elas, é possível saber especificidades como ações de navegação do usuário durante a compra e identificação exata do device usado pelo mesmo.
E, por último, mas não menos importante, o Machine Learning. Esta ferramenta calibra dinamicamente os modelos estatísticos, identificando padrões e facilitando a análise de fraude.
Como a ClearSale pode ajudar?
A ClearSale tem o grande compromisso de entregar a melhor solução antifraude e os mais eficientes índices do mercado, para que os nossos clientes tenham tranquilidade e liberdade para se preocupar apenas com seu core business. Contamos com as melhores tecnologias de mercado, além do nosso competente time de estatísticos que está sempre pronto para lidar com a fraude no detalhe.
Agora, é possível enxergar o quanto a tecnologia é uma grande aliada no combate à fraude, principalmente relacionada ao Digital Goods, e o quanto ela pode nos ajudar na precisão dos processos e na antecipação dos passos do fraudador.
Sabemos que procurar uma boa solução antifraude não é uma tarefa simples. É imprescindível colocar todos os pontos fortes e fracos na balança, pedir ajuda do próprio fornecedor para calcular ganhos e perdas e optar sempre por contratar os melhores valores e níveis de confiança possíveis.
Além de, claro, contar com uma tecnologia de ponta para ajudar a mensurar as informações e auxiliar na tomada de decisões. Um tipo de suporte que a ClearSale pode oferecer para o seu negócio.
Quer saber mais sobre o nosso trabalho? Ligue para (11) 3728-8788 ou envie um e-mail para online@clear.sale e descubra por que somos líderes de mercado no Brasil!