As moedas digitais surgiram em um contexto de desvalorização do dinheiro que os governos promovem via inflação. Basicamente, a base monetária se expande sem que a produtividade aumente na mesma proporção, causando um aumento nos preços de produtos, bens e serviços em geral.
Em outras palavras, houve somente um aumento na quantidade de dinheiro circulando na sociedade, e não um crescimento genuíno da riqueza e do poder de compra das pessoas. Basta lembrarmos de alguns países que vivenciaram a hiperinflação: para comprar um frango no supermercado, por exemplo, é preciso carregar consigo muitas notas de dinheiro, tamanha a desvalorização destas.
Continue a leitura até o final para entender melhor o que são e exemplos de moedas digitais, bem como a relação delas com a segurança cibernética!
Ao contrário da moeda física, a moeda digital funciona somente no ambiente virtual. Em termos mais técnicos, existe uma arquitetura de rede envolvida chamada p2p ou par a par. Isso significa que a negociação na rede ocorre de forma descentralizada, sem a participação de governos ou bancos centrais.
Dessa forma, existe uma tendência de que essas moedas digitais se valorizarem ao longo do tempo, aumentando o poder de compra das pessoas. Na prática, um indivíduo pode negociar com outro em qualquer lugar do mundo, usando uma espécie de livro contábil digital chamado blockchain.
Basicamente, o blockchain (ou cadeia de blocos) é responsável por registrar todas as transações de moedas digitais. Por mais que os dados ali sejam públicos, existe a criptografia sobre eles, de modo a evitar que intrusos façam a interceptação de uma transação e roubem algum valor dos participantes da rede.
Uma vez feito o registro no blockchain, ele não pode ser alterado, visto que o bloco correspondente recebe uma identificação que dificulta bastante a adulteração do dado presente ali.
A seguir, apresentaremos algumas das principais moedas digitais existentes. Muito provavelmente, você já ouviu falar de algumas ou até de todas elas, mas nas subseções seguintes, explicamos melhor o funcionamento e as particularidades dessas criptomoedas. Confira!
O Bitcoin foi a primeira criptomoeda que surgiu. Sobre ele, existe uma certa áurea de mistério em torno de quem o criou, sendo Satoshi Nakamoto o nome mais citado nesse sentido. Criado em 2009, o Bitcoin começou a ser mais usado por pessoas, empresas e até governos, pois, desde 2009 para cá, a criptomoeda apresenta uma valorização considerável.
Uma característica fundamental do BTC é que ele é limitado a 21 milhões de unidades. Isso significa que o seu algoritmo foi projetado para não inflacionar, preservando o poder de compra de quem investe na criptomoeda, principalmente no longo prazo. Em intervalos de tempo menores, o Bitcoin apresenta bastante volatilidade, podendo abaixar ou diminuir rapidamente.
Para você ter uma ideia, no exato momento da produção deste artigo, o BTC está cotado em R$ 123.495. Sabe quanto um Bitcoin valia em 2009? Menos de 1 centavo!
Ethereum, assim como as demais moedas digitais que ainda citaremos no texto, é um projeto originário do Bitcoin. No entanto, o ETH também é considerado um sistema financeiro digital que funciona de modo descentralizado. Datado de 2014, ele surgiu graças a dois desenvolvedores: Gavin Wood e Vitalik Buterin.
Também conhecida por Tether, a USDT se difere do Bitcoin e do Ethereum por possuir lastro em moeda física. Sobre isso, vale destacar que as duas criptomoedas citadas até aqui são lastreadas na confiança das pessoas que negociam no blockchain.
A princípio, o lastro dessa moeda digital seria em dólar, com a paridade de 1 dólar para 1 USDT. Todavia, viu-se que esse lastro não era aplicável a todas as unidades disponíveis da moeda digital.
Dito isso, não podemos negar que essa criptomoeda tenha algum grau de centralização, diferentemente do Bitcoin. Além disso, ela pode ser atrelada a outras moedas físicas, como o Yen e o Euro, sempre buscando manter a paridade de 1 para 1.
O XRP, ou Ripple, é uma moeda digital que funciona também como um sistema de pagamento. Nele, a eficiência operacional tende a ser maior que em sistemas comuns, além das taxas praticadas serem menores. Vale deixar claro que a proposta do Ripple destoa quase que praticamente do Bitcoin, visto que ela prevê a participação de bancos e instituições financeiras nas transações.
A ideia, portanto, é tornar mais eficiente a transferência de dinheiro entre os indivíduos em todo o mundo. Um ponto considerado negativo nesse sentido é que o funcionamento dessa criptomoeda depende de regulações, passando por políticos e burocratas ligados ao Estado.
Considerando que as criptomoedas, em geral, atuam no blockchain, há um elevado nível de segurança nos dados. No meio físico e em transações convencionais, pessoas não idôneas podem ter acesso a informações financeiras de usuários e praticar atos ilícitos em nome deles. Com criptomoedas, no entanto, fraudes de identidade são praticamente impossíveis de acontecer.
É justamente por esse motivo que moedas digitais como o Bitcoin passaram a ser mais usadas, tanto por empresas quanto por governos, como é o caso de El Salvador. No Brasil, existem quadrilhas especializadas em invadir sistemas de bancos e roubar enormes somas de dinheiro. As criptomoedas, portanto, podem ser excelentes válvulas de escape nesse sentido.
Por mais que o blockchain seja um ambiente bastante seguro, é preciso seguir algumas recomendações de segurança. Entre as principais, podemos citar:
As moedas digitais oferecem bastante proteção aos usuários. Seguindo as boas práticas de segurança cibernética, é possível reduzir muito o risco de acessos indevidos e fraudes de identidade, algo que existe bastante em transações convencionais envolvendo moedas físicas.
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