A biometria é um recurso que favorece a segurança de empresas, sistemas, prédios, usuários, transações financeiras e outras situações e processos que demandam autenticação, reconhecimento e validação.
O nome “biometria” se refere às tecnologias e às técnicas usadas para identificar pessoas por meio de características únicas, sejam físicas (biometria estática) ou comportamentais (biometria comportamental).
Neste post, selecionamos informações importantes sobre o assunto. Conheça os diferentes tipos de biometria, como elas funcionam, quais são os benefícios que oferecem e qual é o melhor momento de aplicá-la!
A seguir, selecionamos os principais tipos de biometria. Confira!
A impressão digital é o tipo de biometria mais usado. Esse método capta marcas que existem nas falanges dos dedos por meio de sensor óptico, ultrassom ou medição de calor.
Os estudos comprovam que os desenhos das linhas existentes na ponta dos dedos são exclusivos de cada pessoa — a chamada impressão digital.
Essa técnica é usada há muitos anos. Em 800 d.C., a dinastia chinesa Tang fazia registros digitais em tábuas de barro, que eram usados em possíveis investigações criminais e em cadastros de compradores. A cédula de identidade vem aplicando a impressão digital há muitos anos.
Os traços existentes nas impressões digitais se alteram pouco com o decorrer do tempo, sendo considerados únicos de uma pessoa.
A diferença entre as digitais ocorre pela análise dos detalhes que representam discrepâncias pequenas ou acidentes de morfologia nos nossos dedos, formando um desenho de datiloscopia — nome de um exame usado para identificar as impressões digitais.
O reconhecimento de retina também é um dos tipos de biometria. Muitas tecnologias são desenvolvidas usando os olhos como o ponto fundamental de reconhecimento.
Por meio de um scanner e de iluminação, é possível fazer um mapeamento dos vasos sanguíneos que se encontram na parte branca dos olhos.
Esse reconhecimento consiste na avaliação da íris por meio de scanners ou sensores. Tal como a impressão digital, a íris também é uma característica única de cada indivíduo.
A leitura da íris se baseia nos anéis coloridos que existem ao redor da pupila. Essa combinação permite compor uma imagem que é equivalente ou mais precisa que a impressão digital.
A voz do ser humano se forma a partir das cordas vocais, da laringe, do formato da língua e da boca, entre outros elementos que constituem o aparato vocal.
Baseando-se nessas variáveis, podemos reconhecer o timbre de maneira única, usando-o como um sistema de identificação.
Um típico sistema usa um microfone como receptor e efetiva a extração, o armazenamento e a comparação dos padrões identificados.
A voz também é considerada um elemento identificador de indivíduos. É muito difícil encontrar pessoas que falem de forma semelhante quando levamos em conta todos os aspectos. Esse dado é classificado como método biométrico.
O reconhecimento de voz é usado não apenas para o cadastro e a confirmação de pessoas, mas para transcrever a fala para texto. Existem softwares que realizam essa operação. Comandos de computador são efetivados desse modo, a partir de comandos por voz.
Há recursos que servem para anular ruídos, mas um dos principais desafios no reconhecimento de voz é a existência de ruídos do ambiente — inclusive, outras vozes. Esses ruídos podem interferir na coleta e na ratificação da identidade.
Outro problema que tende a atrapalhar o reconhecimento de voz é algum fator de comportamento, como transtornos respiratórios e tabagismo.
A distância que separa o microfone de quem fala também pode interferir, criando distorções. Sem falar que o timbre da voz costuma se alterar ao longo do tempo, com a idade — o que requer uma nova configuração. Por causa desse inconveniente, é recomendado usar outro tipo de biometria ao lado do reconhecimento de voz.
O reconhecimento facial também está entre as formas de validação biométrica mais comuns, principalmente em celulares. A pessoa olha para a tela do smartphone que, automaticamente, é desbloqueado.
Foram justamente os celulares que contribuíram para disseminar a técnica do reconhecimento facial, considerando que, hoje, mesmo o aparelho mais simples dispõe de câmera fotográfica.
Devido à praticidade desse tipo de biometria, a Apple optou por ele, substituindo o método de impressão digital.
Outra função muito propagada é o liveness, ou prova viva de usuário. Feita por biometria facial, a técnica requer que o usuário tenha algum comportamento espontâneo: fechar os olhos e movimentar a cabeça, para ter certeza de que o ato está sendo feito por alguém que está vivo, e não por uma impressão.
Essa é uma estratégia muito utilizada para melhorar o nível de segurança dos processos fraudulentos.
É possível classificar o reconhecimento da face por meio de uma análise geométrica das posições referentes a olhos, nariz e boca, gerando um tipo de template — que serve para identificar alguém.
Mais de uma pessoa pode apresentar características faciais semelhantes, então, falhas podem acontecer. Para contornar esse problema, podem ser combinados dois tipos de biometria.
Uma posição errada da cabeça quando a imagem é capturada pode interferir na confirmação da identidade, gerando falsos negativos — a resposta correta é positiva, mas o sistema interpreta como negativa.
O reconhecimento considera os pontos de medida da face, realizando uma ligação algorítmica de dimensões e de traços. Por exemplo: as dimensões do crânio, a distância precisa entre as orelhas e o nariz, a arcada dentária etc.
Por meio de um dispositivo, o reconhecimento por geometria é efetivado por um dispositivo que analisa a mão e faz comparação com uma base de dados.
Trata-se de um perfil que se obtém considerando as dimensões dos dedos, a largura dos ossos e o desenho das articulações.
Uma desvantagem desse meio de reconhecimento é que os custos para fazer a leitura são mais altos.
O dispositivo de leitura faz a extração das medidas em três dimensões, em um identificador matemático. A partir disso, é gerado um template.
Para uma boa leitura, é fundamental repetir a mesma posição da mão tal como aconteceu no momento do cadastro.
Existem outros tipos de biometria estática que ainda são pouco usados, mas vale a pena conhecer:
É possível fazer a identificação biométrica por meio da análise das veias de uma mão. Esse método é conhecido como Vein ID (VID), e é mais seguro que a biometria digital e a biometria facial.
Não é possível clonar as veias nem substituídas. A precisão dessa técnica é de 99%. Para consolidar ainda mais essa precisão, a leitura das veias da mão só pode ser realizada se for acompanhada de determinado gesto de punho, o que torna ainda mais difícil o roubo e as simulações de parâmetros pessoais.
Futuramente, essa forma de biometria tende a se tornar mais comum, principalmente em celulares e no internet banking. A Amazon já faz algo similar com o sistema de big tech, usando informações biológicas do cliente para a identificação e autenticação dos seus dados bancários.
Conforme estudo publicado na revista IED Biometrics, “a presença de um projetor de infravermelho torna possível detectar o padrão das veias na imagem de infravermelho, pois o sangue nas veias atenua a luz infravermelha de maneira diferente de outros tecidos biológicos”.
O DNA é uma fonte muito confiável de informações sobre a identidade de uma pessoa, mas devido à sua complexidade, não é uma técnica de identificação biométrica aplicada em larga escala.
Os processos que usam esse sistema ainda não são automatizados, o que deixa a validação biométrica mais morosa, podendo levar horas.
A biometria comportamental faz uma análise dos hábitos e dos movimentos exclusivos para gerar um padrão de comportamento que pode ser identificado quando a pessoa está digitando ou como ela segura o telefone.
A biometria comportamental adiciona outra camada de segurança para confirmar a identidade do usuário.
Na prática, essa tecnologia utiliza inteligência artificial combinada com sensores de movimentos para identificar modos de agir únicos. Esse tipo de biometria é amplamente considerado como a última fronteira da segurança.
Os tipos de biometria comportamental são:
Usar diferentes tipos de biometria oferece benefícios como:
Instituições financeiras usam os tipos de biometria com a seguinte finalidade:
A biometria também consolida processos internos, envolvendo setores de acesso restrito e sistemas. Ela ajuda a impedir roubos de dados, desvios de dinheiro, acesso a recursos por pessoas sem autorização e outras situações.
Fraudes em solicitações de crédito são comuns. Elas costumam ser efetuadas com documentos falsificados e terceiros assumindo a identidade de clientes. Os diferentes tipos de biometria, como o reconhecimento fácil, contribuem para verificar identidades e validar a documentação.
Juntamente a outros recursos de análise, a biometria otimiza e agiliza o processo de confirmação de identidade, diminuindo despesas com a cobrança de clientes inadimplentes e com a recuperação de débitos.
Com a adoção da biometria facial por diferentes instituições financeiras, certas operações podem solicitar, como meio de autenticação, uma prova de vida referente à conta do cliente. Essa exigência pode ser uma condição, por exemplo, na contratação de empréstimos e nas transferências de valor elevado.
A prova de vida oferece mais segurança para o empreendedor efetivar suas transações diárias — ele fica mais confiante contra a ação de cibercriminosos e até de funcionários que agem de má fé.
Os criminosos estão sempre criando novas estratégias, e as empresas necessitam de tecnologia e técnicas para se defender. Algumas formas de validação biométrica realizam bem essa função, permitindo que as transações financeiras, as vendas parceladas e os processos internos ocorram com mais segurança.
A biometria vai além de limitar o acesso de pessoas a algumas áreas e sistemas: ela pode automatizar o registro da entrada de clientes, colaboradores, visitantes e fornecedores. Dessa maneira, é possível reduzir os riscos de invasão e de crachás falsificados.
Neste artigo, falamos sobre os principais tipos de biometria e como eles podem ajudar a melhorar a segurança. A biometria é uma tecnologia aliada para empresas de setores diversos, inclusive instituições financeiras.
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