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26/10/2020 |
2 min. de leitura
Fraude Cartão de Crédito: principais tipos e como proteger seu varejo
Conheça mais e saiba como evitar este mal em seu varejo

Apesar do surgimento constante de novos meios de pagamento, o cartão de crédito ainda concentra grande parte das transações do varejo brasileiro. Justamente pela enorme quantidade de transações que isso significa – mais de R$ 1 trilhão somente em 2019, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito –, tal cenário faz com que grandes quadrilhas de fraudadores vivam em busca de meios para conseguir os dados destes cartões para realizar aquilo que é um dos maiores pesadelos do varejo hoje em dia: a Fraude de Cartão de Crédito.
Obviamente, tal problema merece muita atenção e cuidado tanto por parte dos varejistas quanto pelos consumidores. Para ficar longe de transtornos e prejuízos com este tipo de fraude, é preciso saber como ela acontece, quais são os principais tipos e como se proteger de ataques.
Principais tipos de fraudes de cartão de crédito
Ainda que a fraude seja um evento absolutamente dinâmico, alguns tipos são mais comuns e recorrentes, e geralmente são frutos de algum tipo de descuido ou distração no uso do cartão de crédito.
O ‘roteiro’ costuma seguir a mesma linha: fraudadores conseguem ter acesso aos cartões ou apenas aos seus dados, fazem alguns testes para ver se estão válidos e, em seguida, saem pelo varejo para causar diversos tipos de prejuízos.
No Brasil, dado o alto índice de criminalidade, há também o agravante da grande quantidade de furtos e roubos que faz aumentar ainda mais a quantidade de fraudes de cartão de crédito. Conheça abaixo alguns dos principais tipos!
Clonagem de cartão de crédito
A clonagem de cartão de crédito é o tipo mais comum de fraude neste meio. Ao mesmo tempo em que muitos fraudadores ainda utilizam de métodos mais arcaicos para ter acesso físico aos cartões, é sabido que muitas quadrilhas desenvolvem, quase que diariamente, diferentes tecnologias para acessar apenas os dados dos cartões de crédito, o que já é suficiente para cometer inúmeras fraudes.
Isso acontece porque o avanço tecnológico fez com que os fraudadores não precisassem mais ter acesso aos cartões de crédito para cloná-los. Com a disseminação dos chips e desbloqueio por senha – atualmente, 95% dos cartões em circulação no Brasil possuem chip, segundo a Abecs –, a incidência de clonagens físicas dos cartões caiu muito, pois a maioria das fraudes agora acontece em ambientes digitais.
Gerador de números falsos
Já está claro que o avanço tecnológico também é utilizado por quadrilhas organizadas de fraudadores. Por meio de ferramentas cada vez mais desenvolvidas, estes criminosos constroem máquinas cibernéticas capazes de gerar uma infinidade de combinações numéricas para testá-las em diferentes canais.
Quando uma destas combinações se mostra realmente válida, ou seja, é um número de cartão de crédito ativo, os fraudadores partem para a efetivação das fraudes, comprando produtos e serviços pelos quais jamais irão pagar.
Roubo de dados
Além do já citado roubo propriamente dito, que é quando fraudadores têm acesso físico aos cartões de crédito, há também outras modalidades bastante conhecida para o roubo apenas dos dados dos cartões.
A mais difundida delas é o chamado phishing, que é uma técnica antiga da chamada engenharia social, e está ligada ao conjunto de ações tomadas por criminosos para o roubo de dados dos cidadãos. O phishing ocorre quando um cibercriminoso se passa por uma empresa e forja comunicações com a vítima, que acredita estar diante de um contato legítimo.
O mais comum é que fraudadores se passem por bancos ou empresas de cartão de crédito solicitando informações sensíveis, como senhas e dados de cadastro, ou mesmo solicitando a instalação de falsos softwares de segurança, etc.
Se a vítima cai no golpe, os dados do cartão que ela informou passam a ser utilizado para os mais diversos fins criminosos.
Fraude de cartão de crédito. Quem é o responsável?
A responsabilidade da fraude de cartão de crédito é tema de impasse entre empresas de diferentes setores. Embora o roubo de dados do cartão de crédito possa gerar muita dor de cabeça ao consumidor, dificilmente haverá um prejuízo financeiro, já que para ele é possível conseguir facilmente o estorno da compra junto à operadora.
Pelo ponto de vista do varejo, por exemplo, o problema não é só o estresse. Atualmente, nenhuma administradora de cartão assume os riscos de uma transação comercial, deixando o prejuízo todo para o varejista, que efetua a venda e depois descobre que não terá o valor creditado em sua conta.
Tal fato faz com que o varejo fique exposto à ação de fraudadores, que buscam constantemente brechas para tomar algum tipo de vantagem para si. Por isso, tomar alguns tipos simples de cuidados pode ser a diferença entre ser, ou não, vítima de um ataque fraudulento.
5 dicas para manter seu negócio longe de fraudes com cartão de crédito
Para evitar problemas com fraudes de cartão de crédito, é preciso, antes de qualquer coisa, estudar o segmento no qual se atua, para entender se ele é ou não considerado de maior risco (como a venda de smartphones, por exemplo), e, a partir disso, conhecer as melhores práticas de prevenção e combate a fraudes a se adotar.
No entanto, enquanto faz isso, o empresário pode adotar algumas ações que podem mantê-lo sempre longe dos olhos atentos dos fraudadores. Veja algumas delas!
Busque um parceiro antifraude especializado
É fundamental procurar soluções de parceiros antifraude que tenham expertise suficiente para entender o contexto de cada situação e para conseguir mapear a ação de fraudadores nos mais minuciosos detalhes, já que a fraude é dinâmica e exige equilíbrio entre inovação – como no uso de ferramentas de AI e Machine Learning, por exemplo – e inteligência humana para combatê-la.
Hoje em dia, bases de dados robustas permitem a aplicação de ferramentas de inteligência artificial para mapear o comportamento de consumo das pessoas em ambientes digitais, além de facilitar a identificação rápida de padrões de ataque de fraudadores.
As ferramentas que empresas especializadas na prevenção e no combate a fraudes têm são muito eficazes para diminuir o índice de fraude. Quando se busca equilíbrio entre tecnologia avançada e inteligência humana qualificada, fica mais fácil estar sempre à frente dessa verdadeira corrida contra fraudadores.
Oriente seus clientes
Como explicado anteriormente neste artigo, os fraudadores atacam primeiro as pessoas físicas, já que eles precisam de dados pessoais e de cartões de crédito para cometer a maioria das fraudes.
Diante disso, todo negócio que conseguir orientar claramente seus clientes sobre uso de senhas fortes, não compartilhamento de dados, manutenção de antivírus atualizados e busca por fontes confiáveis de informação certamente já terá evitado muitos problemas.
Monitore indicadores
Um trabalho eficiente de prevenção e combate a fraudes exige o equilíbrio entre três indicadores importantes: taxa de aprovação, índice de chargeback (prejuízo) e tempo de resposta.
Pense que de nada adianta zerar a fraude se você estiver bloqueando bons clientes. Pelo contrário, este prejuízo pode ser muito maior do que a fraude propriamente dita, até mesmo pelo arranhão que tal fato pode causar na imagem de uma marca.
Além disso, em tempos nos quais a boa experiência do cliente deve ser o centro do trabalho, de nada adianta demorar para aprovar ou não uma transação, pois isso certamente causará muitas desistências e afetará a relação de confiança entre empresas e clientes.
Crie um banco de dados
Acompanhe e armazene dados sobre as tentativas de fraude, registros de estorno e clientes com históricos problemáticos, pois ter esse banco de informações pode ser uma arma valiosa em futuras análises, incluindo análises antifraude para e-commerce.
Compartilhe informações e conhecimento
Já que os fraudadores se comunicam em rede para compartilhar brechas em sistemas de proteção, o varejo precisa alimentar redes de prevenção de fraudes, inclusive da Fraude Cartão de Crédito, pois isso facilita a identificação de padrões e permite que grandes ataques sejam barrados antes que causem prejuízos desastrosos.
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Jornalista responsável pela produção de conteúdo da ClearSale, é graduado pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduado em Comunicação Multimídia pela FAAP. Tem 10 anos de experiência em redação e edição de reportagens, tendo participado da cobertura dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo. Renovado após seis meses de estudo e vivência no Canadá, aplica agora seus conhecimentos às necessidades do mundo corporativo na era do Big Data.