As criptomoedas já se tornaram famosas no mundo todo, e quem abriu caminho para elas foi a tecnologia blockchain, que permitiu a criação do Bitcoin, a primeira moeda digital.
Neste post, selecionamos informações importantes sobre o que é blockchain (cadeia de blocos), como essa tecnologia surgiu, quais são as vantagens e como funciona a segurança dela. Acompanhe!
Blockchain é um banco de dados com armazenamento público, sem gestão centralizada. A finalidade é distribuir informações com transparência e possibilidade de auditoria.
Não são somente as criptomoedas que fazem uso desse sistema: outras aplicações são o armazenamento de arquivos digitais, o rastreamento de mercadorias e o registro de certificados e contratos.
Podemos definir o que é blockchain como uma cadeia de blocos que integram um sistema de registro coletivo. Os dados não permanecem, portanto, em um só lugar. Eles ficam distribuídos entre os diferentes computadores ligados à tecnologia blockchain.
Para esmiuçar melhor o conceito de blockchain, precisamos definir elementos e pilares dessa tecnologia, que podem ser considerados, ainda, como vantagens. Confira!
Os principais elementos do blockchain estão listados abaixo.
Os participantes do sistema podem acessar o livro-razão distribuído e todo o registro de transações que ele comporta.
O compartilhamento do livro-razão permite que as transações sejam registradas apenas uma vez. Isso contribui para que atividades duplicadas — típicas nas redes corporativas — sejam eliminadas.
Ninguém que participa das transações pode modificar ou corromper a mesma após o registro no livro-razão compartilhado.
Caso um registro de transação contenha alguma falha, outro negócio precisará ser incluso para reverter. Além disso, as duas transações serão visíveis.
O contrato inteligente é um conjunto de regras armazenado no blockchain que agiliza as transações e é realizado automaticamente.
É um contrato inteligente que pode determinar condições para transferir o seguro-garantia corporativo, envolver termos para pagar seguro-viagem e outras coisas.
Os pilares do blockchain são: descentralização, transparência e livre acesso. Saiba mais a seguir.
No sistema de blockchain, não existe um grupo ou uma organização central com poderes para cancelar e/ou reverter transações, ou modificar regras sem a autorização dos participantes.
Mesmo que, tecnicamente, os ataques sejam possíveis, a descentralização do blockchain possibilita divisão na rede, deixando de lado blocos indesejados pelos participantes.
Nas redes abertas de blockchain, podemos auditar as transações em tempo real, além da quantidade que já foi emitida.
Esse é um processo sem custos e simples, que permite usar nó (node) ou depositar confiança em um terceiro por meio de exploradores de bloco (block explorers) encontrados na Internet.
O blockchain é uma tecnologia nova, que pode trabalhar em conjunto com outras tecnologias, incluindo Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (aprendizagem da máquina) e Internet das Coisas (IoT).
Os sistemas convencionais de Tecnologia da Informação não são projetados para atuar com uma quantidade elevada de dados a partir de uma tecnologia IoT.
As redes de Internet das Coisas produzem um alto volume de dados variados rapidamente, que podem causar sobrecarga nos sistemas empresariais ou restringir, de forma severa, o potencial de tomadas de decisões apropriadas contra dados confiáveis.
O blockchain é uma tecnologia de registros distribuídos com capacidade de atuar com problemas de escalabilidade — tudo com transparência e segurança. Ela pode transformar completamente o futuro das transações no comércio, além de agilizar os processos. Outro ponto importante: o nível de segurança é muito sólido e desenvolvido.
O blockchain surgiu a partir de grupos de criptoanarquistas. Há mais de 30 anos eles buscavam criar uma moeda digital segura e que garantisse a privacidade dos usuários.
Em outubro de 2008, Satoshi Nakamoto (pseudônimo de um desconhecido) falou sobre um novo sistema de dinheiro eletrônico: o Bitcoin.
Um dos cuidados mais relevantes quando falamos em moedas (não importa se são físicas ou digitais) é a segurança, para evitar que elas sejam clonadas ou falsificáveis. Trata-se de um problema tão complicado que, mesmo com o desenvolvimento da computação, as diferentes formas de pagamento ainda dependem da centralização.
MercadoPago, PagSeguro, WePay, PayPal e outros processadores de pagamento estão ligados a uma empresa que controla os saldos das contas de cada pessoa. O problema desse processo é que ele depende da confiança de um terceiro (banco, governo ou empresa).
A tecnologia blockchain organiza blocos de dados em uma cadeia de sequências. A princípio, ela foi chamada de “timechain” (cadeia temporal).
Essa é uma tecnologia que assegura que ninguém aplique fraudes nas transações porque os saldos de cada endereço estão condicionados a movimentações do passado.
Diferentemente do que ocorre com as contas bancárias — um banco de dados guarda os saldos e pode até eliminar o histórico de períodos mais extensos —, a tecnologia blockchain faz o registro somente das movimentações.
Para fazer o cálculo dos saldos, é preciso conhecer todo o histórico da rede, todas as transações a partir da emissão da criptomoeda.
A validação ocorre rapidamente e não há consumo de muita energia, sendo armazenada em cada pessoa que roda o software de Bitcoin. Alguns sites oferecem esse serviço de consulta gratuitamente.
A cada 10 minutos, aproximadamente, blocos novos surgem. Sempre que uma solução eficaz aparece para um bloco, se desenvolve a competitividade para a mineração de outro bloco. Quem obtém essa resposta (hash) oferecida pelos mineradores são os nodes, ou seja, os usuários do sistema.
Dessa forma, os mineradores conseguem encontrar a resposta (hash) que liga o bloco precedente ao subsequente. São os usuários do sistema que validam a hash e, simultaneamente, decidem qual é a sequência mais extensa de blocos que deve ser seguida.
Os blocos de blockchain apresentam:
Como cada bloco de dados tem a resposta do bloco anterior, se uma transação, por mais simples que seja, for adulterada, causará um efeito dominó na cadeia — mas não é simples adulterar.
Para resumir, podemos separar o funcionamento do blockchain da seguinte forma:
Existe um código único em cada transação, como uma assinatura digital. Esse código é analisado pelos usuários e, somente depois da aprovação, a transação fará parte do sistema por meio de um bloco.
A vigilância e a análise de todos os dados são realizadas pelos usuários que acessam a rede. Trata-se de uma etapa fundamental para evitar fraudes.
Além da assinatura, a hash sempre fica gravada no bloco precedente. Isso atrapalha as atividades dos criminosos cibernéticos.
Para ter acesso aos dados de um bloco, é preciso decodificar a criptografia da solução desse bloco e a solução do bloco anterior. Como existe uma cadeia de blocos, o hacker teria que repetir o processo continuamente — seria algo sem fim, muito complicado.
Para adulterar o blockchain, é preciso modificar os dados registrados em cada computador ligado ao sistema. Nesse sentido, o criminoso precisaria de um computador com capacidade de processamento muito elevada, superior à capacidade de processamento de todos os computadores que existem atualmente — e isso é impraticável.
A segurança da tecnologia blockchain é tão importante que as empresas e mesmo as instituições do governo revelam interesse em seu uso. É possível proteger os dados e, além disso, compartilhá-los sem perder o controle sobre eles.
Agora que você já sabe o que é blockchain, como ele funciona e o nível de segurança, confira algumas das principais vantagens dessa tecnologia:
Algumas organizações do setor financeiro estão investindo no sistema, alcançando mais competitividade no mercado e usufruindo de suas vantagens.
Como exemplo, podemos citar a Nasdaq, que é um mercado de ações automatizado dos Estados Unidos, com foco na tecnologia. A empresa realiza manutenções de registros com a tecnologia em conjunto com a ferramenta de gestão online LINQ, que faz o controle e a emissão de ações de empresas.
Depois que a Nasdaq implementou o sistema, a burocracia e os gastos com auditoria caíram. A empresa também ganhou com uma análise mais transparente dados invioláveis.
O blockchain não se confunde com um banco de dados tradicional. Nessa comparação, é comum fazer alusão à cadeia de blocos com dados criptografados.
Ainda que isso seja verdade, essa analogia desconsidera alguns pontos fundamentais do blockchain, que diferenciam essa tecnologia do banco de dados tradicional.
A cadeia de blocos atua em redes ponto a ponto, enquanto os bancos de dados atuam no formato cliente-servidor. Além disso, o blockchain faz o armazenamento das transações para sempre, enquanto os bancos de dados podem alterar ou deletar dados históricos.
Como explicamos, a tecnologia do blockchain pode ser usada por pessoas físicas e jurídicas, mas reservamos esta parte do conteúdo para falar somente da importância que ela tem para as organizações.
As empresas dependem de informações, e quanto mais objetivas, rápidas e exatas elas forem, melhor será para o negócio.
A cadeia de blocos é uma solução ideal para fornecer essas informações imediatamente. Ela permite o compartilhamento dos dados e oferece total transparência, mantendo-os armazenados em um livro-razão confiável e que não muda, que pode ser acessado apenas por pessoas da rede autorizada.
O blockchain pode realizar o acompanhamento de pedidos, contas, pagamentos, produção e outras atividades.
Os participantes compartilham de uma visualização única de todos os eventos. Eles podem ver todas as minúcias de uma transação de ponta a ponta, o que confere mais eficiência, mais confiança e outras oportunidades.
A definição da IBM Blockchain é a seguinte:
“Blockchain é um livro-razão compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de transações e o rastreamento de ativos em uma rede empresarial. Um ativo pode ser tangível (uma casa, um carro, dinheiro, terras) ou intangível (propriedade intelectual, patentes, direitos autorais e criação de marcas). Praticamente qualquer item de valor pode ser rastreado e negociado em uma rede de blockchain, o que reduz os riscos e os custos para todos os envolvidos.”.
A atração da tecnologia aumenta conforme mais multinacionais fazem uso dela. Veja algumas empresas que já fazem isso:
Neste post, explicamos o que é blockchain e outros aspectos relacionados a esse conceito. É importante conhecer melhor essa tendência e aproveitá-la sempre que ela for vantajosa para você e sua empresa — já que ela é valiosa tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
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