30/08/2022 • 6 min. de leitura

Crimes financeiros: os 4 tipos mais comuns e como proteger sua empresa

Entender como funcionam os crimes financeiros é o primeiro passo para evitá-los. Conheça, neste post, os 4 crimes mais comuns contra o sistema financeiro!

Efetuados a partir de diferentes técnicas, os crimes financeiros representam um grande prejuízo para as empresas. Da mesma forma que ampliam as oportunidades de negócios para as organizações, as novas tecnologias também abrem brechas para a ação de criminosos, o que pode comprometer os seus dados e finanças.

Conhecer os principais tipos de crimes financeiros é fundamental para entender como eles funcionam e, a partir daí, adotar medidas e ferramentas que possam evitá-los.

Quer evitar esse problema para a sua companhia? Neste post, vamos apresentar quais são as fraudes mais recorrentes no meio empresarial e as melhores dicas para preveni-las. Confira!

O que são crimes financeiros?

Os crimes financeiros podem ser definidos como infrações e transgressões realizadas contra instituições financeiras, como bancos, fintechs (startups de finanças), entre outros segmentos sujeitos à ação de criminosos. Esse tipo de crime pode ser cometido tanto por pessoas físicas quanto jurídicas.

Para inibir os crimes contra a ordem financeira no Brasil, foi criada a Lei dos Crimes de Colarinho Branco, que prevê que as pessoas flagradas cometendo esse delito estão sujeitas à aplicação de multas e penas de reclusão de até 12 anos.

De acordo com a Pesquisa Global sobre Crimes e Fraudes Econômicas’, de 2022, feita pela PwC, 49% das empresas brasileiras já foram vítimas de crimes contra o sistema financeiro nos últimos dois anos. Para 66% dessas organizações, o prejuízo deixado pelos criminosos foi de até R$ 5 milhões.

Quais são os crimes financeiros mais comuns?

Os crimes contra o sistema financeiro nacional são aplicados em diversos formatos, com diferentes abordagens, trazendo um grande desafio de segurança para as organizações. Veja, a seguir, quais são os tipos de crime financeiro aos quais você deve ter atenção.

1. Gestão fraudulenta

Geralmente, esse crime é aplicado em pessoas que desejam investir o seu dinheiro, mas não sabem como esse processo funciona e no que exatamente estão investindo. O agente desse serviço age de má-fé, falsificando documentos ou, até mesmo, inserindo informações mentirosas em operação financeira.

Como previsto pela lei de crimes contra o sistema financeiro, as pessoas descobertas cometendo essa fraude podem pegar de 3 a 12 anos de prisão, além de sofrer multas. É importante ressaltar que a gestão fraudulenta não é a mesma coisa que a gestão temerária, quando o gestor do investimento faz uma operação demasiadamente arriscada, cuja pena varia de 2 a 8 anos de prisão e multa.

2. Lavagem de dinheiro

Bastante conhecido devido ao fato de ser noticiado com frequência pela mídia, o crime de lavagem de dinheiro se caracteriza pela tentativa de converter uma quantia em dinheiro obtida de forma ilegal em um recurso legal. Na prática, o seu objetivo é tornar ‘’limpo’’ algo que tem uma origem ‘’suja’’, daí seu nome.

Para lavar o dinheiro, o indivíduo pode recorrer a algumas táticas que impedem o rastreamento do valor pelos órgãos fiscalizadores do Brasil. Uma dessas formas consiste em enviar o dinheiro para bancos do exterior e adquirir joias ou obras de arte. Nesse caso, o criminoso pode ser sentenciado a uma pena de 3 a 10 anos de prisão, mais multas.

3. Quebra de sigilo bancário

Esse, sem dúvidas, é um dos maiores pesadelos para qualquer empresa, já que traz impactos gigantescos para os seus negócios. De forma direta, a quebra do silo bancário ocorre quando a instituição financeira compartilha, sem autorização prévia ou de modo ilícito, os dados bancários de seus clientes. 

O compartilhamento de informações bancárias de terceiros só é permitido quando a empresa tem uma solicitação judicial com essa finalidade. Sem esse documento, os bancos e demais empresas financeiras são autuadas por não manterem os dados dos seus clientes em sigilo.

Esse crime contra a ordem financeira também se enquadra na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que determina quais são os processos obrigatórios para a coleta, tratamento e armazenamento de dados, além de prever advertências e multas de até R$ 50 milhões para empresas que a descumprirem.

4. Informações falsas

A divulgação de informações falsas ou incompletas sobre a situação financeira de sua empresa ou finanças pessoais também faz parte dos crimes contra o sistema financeiro. A punição para essa categoria de fraude varia de 2 a 6 anos de prisão. 

Um exemplo comum de crime envolvendo informações falsas é quando as empresas que estão na bolsa de valores divulgam informações mentirosas sobre os seus rendimentos, a fim de incentivar mais pessoas a comprarem as suas ações. Ainda nessa área, também é considerado crime divulgar informações privilegiadas para que apenas um grupo de investidores obtenha vantagens ao comprar determinadas ações. Nesse último caso, a pena inclui multa e prisão de 2 a 6 anos.

Como evitar os crimes financeiros?

Qualquer descuido pode servir de brecha para criminosos praticarem atos ilícitos que prejudiquem a sua empresa. Diante disso, é necessário buscar meios de reforçar a sua segurança, impedindo que as suas informações financeiras sejam acessadas e utilizadas de maneira inadequada. Veja algumas dicas para evitar crimes financeiros a seguir.

Preserve os setores que cuidam da administração

Os tipos de fraude relacionados às finanças exigem atenção especial da administração das empresas. Por isso, o primeiro passo é criar um compliance da área, a fim de estabelecer ações e processos que previnam os crimes financeiros. 

É importante que ocupantes dos cargos do alto escalão da administração da companhia estejam seriamente comprometidos em seguir as regras de segurança, tendo uma conduta que seja exemplo para os demais funcionários.

Crie um código de ética e conduta

Orientar os seus colaboradores sobre práticas seguras e aceitáveis em cada setor é fundamental para evitar comportamentos inapropriados. Sendo assim, é altamente recomendado criar um código de ética e conduta, que estabeleça, promova e incentive o compromisso com a conformidade dos processos internos.

Invista em tecnologias antifraude

As tecnologias antifraude são indispensáveis no combate aos crimes financeiros, já que agregam eficiência a esse processo. No episódio do ClearCast "Quando utilizar biometria e documentoscopia na análise de fraude?’’, você pode entender como a biometria e a documentoscopia são úteis na hora de identificar ações suspeitas em sua empresa.

 

A biometria é a tecnologia que utiliza dados biológicos, como reconhecimento facial, para identificar pessoas. Por sua vez, a documentoscopia é a prática que analisa a autenticidade dos documentos de forma automatizada. Na atualidade, esse processo é bastante utilizado na automação bancária, desde a abertura de contas até a concessão de empréstimos.

Em um banco ou uma fintech, por exemplo, essas duas tecnologias podem ser aplicadas no onboarding, isto é, no cadastro das pessoas. Nas empresas que trabalham com fluxo de e-commerce, elas podem ser implementadas na etapa do pagamento do cliente para se certificar de que o usuário está utilizando dados autênticos.

Mais especificamente sobre o processo de onboarding, a biometria é uma importante aliada para rechaçar problemas com vídeos e "foto da foto", táticas comumente utilizadas por criminosos. Isso garante a comprovação da real identidade do usuário, agregando agilidade à identificação de potenciais criminosos.

Ofereça treinamentos periódicos para funcionários e terceiros

Não basta apenas criar políticas de controle e adquirir ferramentas de prevenção. É preciso treinar os seus funcionários e terceiros sobre a importância de preservar as informações financeiras da empresa.

Portanto, é indicado fornecer treinamentos sobre como cumprir os processos de segurança e utilizar as ferramentas antifraude adequadamente, bem como orientar sobre o que fazer diante da identificação de ameaças às finanças da organização.

Os crimes financeiros podem trazer consequências irreparáveis para a sua empresa, provocando não só prejuízos financeiros, mas também comprometendo sua reputação no mercado. Assim, estabelecer um controle sobre os seus processos administrativos é imprescindível para impedir que ações maliciosas se concretizem.

Nesse cenário, contar com ferramentas antifraudes faz toda a diferença para identificar ameaças de forma precisa. Na hora de escolhê-las, analise as necessidades e os objetivos da sua companhia, além de buscar empresas que sejam referência nesse tipo de tecnologia.

Quer saber o que analisar para escolher uma ferramenta que combata crimes financeiros? Veja quais são os fatores de sucesso de uma solução antifraude!

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A ClearSale é especialista em soluções antifraude nos mais diversos segmentos, como e-commerce, mercado financeiro, vendas diretas, telecomunicações e seguros, sendo pioneira no mapeamento do comportamento do consumidor digital. A empresa equilibra tecnologia e profissionais especializados para entregar os melhores indicadores aos clientes e movimentar o mercado com segurança e confiança.

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