Serviços adquiridos via contrato são bastante passíveis de fraudes. Em geral, a irregularidade ocorre quando o criminoso obtém informações de uma pessoa e as usa para fazer diversos procedimentos.
O pior de tudo isso é que, em muitos casos, a própria vítima e a empresa não detectam o problema imediatamente, dificultando a recuperação do dinheiro perdido.
Neste texto, falamos sobre a fraude de subscrição, principalmente aplicada ao ramo de Telecom. Explicamos como o golpe funciona, quais são os riscos para os envolvidos e o que pode ser feito para evitar prejuízos financeiros e de reputação. Boa leitura!
Em geral, essa fraude acontece quando o criminoso usa dados da vítima para contratar algum serviço. O modelo de assinatura, por exemplo, é um dos alvos preferidos dos fraudadores, visto que uma das características principais é o pagamento recorrente.
Quando o fraudador obtém êxito na empreitada, ele passa a usufruir do serviço contratado, mas sem pagar. Logo, o cliente original começa a ser cobrado pela empresa indevidamente, sendo que, quanto mais ele demora a identificar o problema, maior é a chance da dívida se transformar em uma enorme bola de neve.
Nessa situação, a empresa que está sendo lesada pode não dar a devida atenção à fraude de subscrição. Em outras palavras, é comum ela tratar o problema como uma simples inadimplência do cliente, o que pode multiplicar bastante o prejuízo da companhia.
Podemos responder a essa pergunta da seguinte forma: uma fraude de subscrição aplicada à Telecom abre espaço para várias outras fraudes.
Assim como outros segmentos, a Telecom tem se preocupado continuamente com a experiência do cliente, mas é preciso que esse e outros setores estejam atentos a um limiar de segurança, visto que o aumento na comodidade do consumidor apresenta mais riscos de fraudes de subscrição.
Operadoras de Telecom lidam com uma infinidade de dados. Esses trafegam na rede, onde há sempre indivíduos de má índole tentando interceptar informações e causar prejuízos financeiros — o que pode afetar a credibilidade do negócio.
Nesse sentido, vale mencionar a pluralidade de canais físicos e online por onde esses dados transitam. Falando de forma específica do primeiro caso, é fundamental que os vendedores que atuam nas empresas de Telecom sejam íntegros. Existem casos em que a má índole ou a inadvertência do vendedor pode aumentar o risco de fraude de subscrição.
Abaixo temos um ClearCast que explica direitinho como acontecem as fraudes em telecomunicações. Dê o play e ouça agora mesmo!
A fraude de subscrição, como falamos, é feita com base no roubo de dados. Uma das principais formas de cometer esse tipo de fraude é a engenharia social, que consiste em tentar convencer o cliente a fornecer informações pessoais mediante uma história envolvente e, obviamente, mentirosa.
Os criminosos sabem, inclusive, quais pessoas estão mais propensas a cair em uma engenharia social. Jovens e adultos de pouca idade, por exemplo, dificilmente são convencidos, visto que já nasceram em uma época marcada pela transformação digital e segurança da informação.
Indivíduos com mais idade ou pouco familiarizados com a tecnologia costumam ser alvos potenciais. Na prática, a pessoa lesada pelo fraudador nem sequer percebe o golpe, e conforme o tempo passa, tem mais chances de ter o score de crédito reduzido.
Um conceito bastante relacionado com o modo de operação do fraudador de subscrição é a identidade sintética. Essa é uma técnica de cruzamento de dados feita pelo criminoso para obter uma identificação totalmente diferente. Para que esse golpe seja aplicado, nem todos os registros em posse do criminoso precisam ser verdadeiros.
No fim das contas, é pouco provável que a operadora perceba uma fraude de subscrição em curso.
Empresas de Telecom e consumidores podem ter problemas sérios com a fraude de subscrição. Em relação à primeira, os prejuízos vão muito além dos financeiros, se estendendo à insatisfação e consequente perda dos clientes.
Tal fato pode gerar uma espécie de efeito dominó, que se soma a problemas de ordem tributária e judicial da operadora. Com isso, ela fica extremamente fragilizada, aumentando o risco de falência. Os fraudadores não se importam em quanto alguém se dedicou para criar e estabelecer uma empresa de Telecom no mercado.
Quando os dados dos clientes caem nas mãos de fraudadores, eles ficam vulneráveis e podem ter que enfrentar diversos problemas em função de irregularidades. Da mesma forma que acontece com operadoras de Telecom, o consumidor pode se ver em um efeito cascata, com os dados pessoais envolvidos em uma série de operações fraudulentas.
Um dos princípios de proteção contra a fraude de subscrição é a análise do comportamento do consumidor. Até pouco tempo atrás, era quase impossível fazer isso, mas a Inteligência Artificial realiza levantamentos precisos, com o objetivo de detectar movimentos anormais dos clientes.
Em outras palavras, a tecnologia embutida em soluções antifraude é capaz de levantar dados sobre o público. Dessa forma, sempre que a pessoa fizer login em uma localização diferente ou muito distante do normal, uma notificação será enviada. A ideia é que esse consumidor confirme se é ele ou não quem está fazendo determinada ação.
Operadoras de Telecom com um suporte mais proativo podem reduzir ou evitar uma fraude de subscrição. O treinamento do time deve, portanto, ser visto como um investimento, com a finalidade de manter a credibilidade da empresa e a privacidade dos dados do consumidor.
Sobre soluções tecnológicas: é quase impossível não falar do conceito de Know Your Customer (KYC). A ideia básica dessa tecnologia é fazer empresas terem clientes autênticos nas bases de dados, classificando os níveis de risco envolvidos — a coleta de dados pode ser feita por biometria ou reconhecimento facial, por exemplo.
A fraude de subscrição na Telecom pode causar grandes estragos. Felizmente, existem soluções e boas práticas capazes de reduzir ou evitar esse problema, de modo que a operadora consiga o que tanto deseja: conciliar a experiência do cliente com a privacidade e a segurança dos dados.
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