A economia digital abriu muitas oportunidades. No entanto, fraudadores e cibercriminosos também se aproveitaram para aperfeiçoar as suas abordagens. Com isso, fica clara a necessidade de as empresas, principalmente do segmento financeiro, adotarem políticas de segurança e compliance para mitigar os riscos de fraude. É assim que surge o KYC, que significa: “conheça seu cliente”.
Quanto maior a evolução da tecnologia, mais modernas e inteligentes se tornam as ferramentas utilizadas pelos criminosos. Essa realidade exige que os empresários e gestores evoluam na mesma proporção e estejam sempre um passo à frente dessas pessoas mal-intencionadas.
Conhecer o cliente faz toda a diferença para identificar as transações legítimas e barrar aquelas com características de fraude. O tema parece complicado, mas não é difícil de entender, nem de aplicar. Preparamos este artigo para que você saiba como o KYC funciona e de que maneira pode ser implementado no seu negócio. Acompanhe!
O KYC (Know Your Customer) diz respeito a um conjunto de estratégias e ações com o objetivo de conhecer os consumidores em cada especificidade. O objetivo é oferecer mais segurança e personalizar o atendimento em todas as interações do cliente com o negócio.
Inicialmente, o Know Your Customer era uma forma que as empresas encontraram para evitar fraudes, especialmente aquelas mais preocupadas com corrupção e lavagem de dinheiro. Isso porque conhecer melhor os clientes é fundamental para evitar crimes como de falsidade ideológica.
Com o passar do tempo, foi possível perceber que o KYC seria útil também para outros segmentos e processos. O conhecimento do cliente serve também para coibir a prática de ações fraudulentas, protegendo a empresa de ataques e vazamento de dados. Isso é especialmente importante para as ocorrências que afetam diretamente o consumidor.
Hoje em dia, conhecer o cliente é fundamental para qualquer empresa. Afinal, esse conhecimento contribui para preservar os interesses dela, evitando prejuízos e a perda de clientes legítimos.
Sendo assim, o KYC tem aplicações muito amplas. Ele pode ser utilizado para ações mais simples e corriqueiras, como a prevenção de fraude de identidade, até grandes crimes de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
Esse método serve para dois objetivos principais, que são o cumprimento das políticas de compliance e o mapeamento do perfil dos clientes. Como você vê a seguir.
Toda empresa deveria ter as suas próprias regras e protocolos, padrões e medidas que devem ser seguidos para garantir uma atuação bem alinhada às suas próprias políticas, às legislações, normas e outras exigências de mercado.
Quando o KYC é aplicado, ele mantém as relações com os clientes dentro desses padrões e exigências. Isso porque é baseado em configurações alinhadas às especificidades de cada negócio e, com isso, mantém as operações dentro das regras para garantir a legitimidade das atividades.
Com o KYC, fazemos uma série de análises dos clientes e, dessa forma, é possível identificar características em comum entre eles.
Quando analisamos essas pessoas/empresas, identificamos as transações legítimas e podemos construir um mapa do perfil dos clientes. Acumulamos dados cada vez mais detalhados e precisos, o que permite amplificar a rede de proteção e trazer agilidade para as análises.
É muito comum ouvirmos falar a respeito da aplicação do KYC nas empresas do setor financeiro, mas você viu que ele vai muito além desse segmento. Como explicamos, todas as empresas precisam conhecer os seus clientes, e o KYC atende a cada uma delas em função da sua versatilidade.
Não existe apenas uma forma de aplicar esse método. Pelas explicações que deixamos até aqui, você deve ter percebido que ele é, na verdade, personalizado de acordo com cada demanda. Logo, qualquer empresa, independentemente do seu segmento e porte, pode implementar esse tipo de estratégia.
O que poderia variar são os objetivos pelos quais o KYC está sendo implementado, e isso também pode levar a estratégias diferentes na hora de escolher ferramentas e estabelecer processos.
De toda forma, desde as lojas do varejo mais popular até o segmento de luxo e de grandes operações financeiras e bancárias precisam colher dados e informações sobre seus clientes, uma vez que qualquer empresa está sujeita a algum tipo de crime ou fraude.
Entendido o conceito de KYC, chegou a hora de conhecer as principais vantagens que esse tipo de solução pode proporcionar. Confira a seguir!
Quando conhecemos as ações do comportamento do consumidor, fica mais fácil estabelecer as características de possíveis fraudes. Assim, podemos estabelecer um compliance muito mais eficiente, além de definir ferramentas e recursos que contribuam para fazer a diferenciação entre os processos legítimos e ilegítimos.
Existem aqueles que acreditam que investir em soluções como o KYC pode gerar mais custos para a empresa, mas ocorre o contrário. O seu negócio se beneficia com a redução de riscos de fraude, evitando prejuízos financeiros, e consegue maior taxa de aprovação de pedidos legítimos, aumentando o faturamento.
Embora a ideia do KYC esteja centralizada na prevenção de riscos, o conceito também pode servir como uma excelente estratégia de marketing para reter seus consumidores. Isso porque, a partir do momento que eles entendem que sua empresa tem a preocupação com a segurança de dados, se tornam mais confiantes em disponibilizar suas informações mais sensíveis.
O KYC é uma ferramenta de prevenção e segurança. Ele é parte de um protocolo internacional de segurança, essencial para conhecer o risco envolvido no onboarding de clientes e no cumprimento de exigências legais.
Um processo de KYC implementado e realizado da forma correta faz com que a organização conheça a identidade do cliente, compreenda a natureza das atividades, verifique a legitimidade da fonte de renda e detecte padrões suspeitos ou potencialmente fraudulentos. Com isso, a ideia é evitar a fraude e, caso aconteça, tentar interrompê-la.
O KYC também é muito importante para que sejam firmadas parcerias mais sólidas, seguras e vantajosas. Isso porque ele possibilita entender a natureza das atividades de outras empresas, ou mesmo de pessoas e profissionais, evitando o envolvimento com ações ilícitas.
Outro motivo pelo qual o KYC precisa ser implementado é a liberação de crédito para os clientes. O conhecimento deles permite entender possíveis riscos de inadimplência, garantindo análises mais justas para o cliente e menos arriscadas para a empresa.
Em alguns casos, fraudes no mercado financeiro contam com a facilitação de colaboradores das empresas. Isso acontece porque eles têm um acesso muitas vezes mais rápido às informações sensíveis e confidenciais.
O conceito de KYE vem para mitigar o risco desse tipo de acontecimento, principalmente no ato da admissão. Nesse momento, é possível cruzar dados para saber se o novo colaborador está em conformidade com as políticas de compliance em vigor na empresa.
Parceiros e fornecedores também costumam ter acesso a informações sigilosas. Assim, definir uma política eficiente de KYP para eles é importante. É por isso que as grandes corporações costumam aplicar políticas rigorosas de compliance em seus contratos com fornecedores e parceiros.
O KYC é obrigatório em algumas instituições financeiras e entidades políticas. Para que isso ocorra, é necessário que todos os departamentos estejam envolvidos na construção desse processo. Assim, os profissionais colaboram para a coleta e análise das informações dos consumidores.
Nos negócios que não estão centralizados nessas atividades, é possível implementar o KYC de forma semelhante, já que ele tem o mesmo funcionamento. Aqui, existem pontos que merecem destaque para que o KYC funcione. São eles:
Cada uma dessas etapas é feita mediante a coleta de documentos, além da identificação de dados financeiros, bem como a validação de todos eles.
O KYC é especialmente utilizado em políticas de compliance. Por meio dele, a empresa pode colocar todos os seus processos de segurança de dados em conformidade com as principais exigências do mercado.
Apesar de não ser obrigatório para a maioria das situações, esse conceito pode facilitar o dia a dia das empresas em termos de segurança da informação. Afinal, evita que elas venham sofrer problemas graves no futuro.
Aliar o compliance ao KYC é uma alternativa muito interessante para demonstrar ao mercado que a sua empresa está preocupada com a forma como os dados são tratados e mantidos no sistema. Isso gera mais confiança nos consumidores e, como resultado, você potencializa suas vendas.
Como dito, por meio dessa política, a empresa pode detectar possíveis fraudes, bem como os setores do negócio que prestam suporte a esse tipo de ação. A ideia do compliance vem se tornando tão abrangente que passou a fazer parte dos valores, cultura e missão das empresas.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já é uma realidade em nosso país. Nesse contexto, quem não se adequar pode sofrer graves consequências. Entre elas, temos a aplicação de uma multa de 2% sobre o faturamento da companhia.
A boa notícia é que a adequação a esse tipo de procedimento se tornou mais simples. Isso porque, ao adotar a inciativa do KYC, você implementa um nível de segurança altíssimo em seu negócio, contribuindo de forma significativa para a LGPD.
Ao eliminar os riscos do vazamento de dados, você blinda as informações que são confiadas ao seu negócio. Dessa forma, evita que elas sejam disseminadas na internet e caiam nas mãos dos cibercriminosos.
Contudo, não podemos esquecer que o KYC utiliza uma quantidade considerável de informações sensíveis quando o cliente é inspecionado. Nesse sentido, é preciso ter cuidado quanto às exigências da LGPD.
Isso porque a legislação também impõe alguns limites para a utilização desses dados. Logo, é importante que o seu cliente tenha ciência de que pode estar passando por um processo de verificação, garantindo a sua própria segurança, assim como a da empresa.
Implementar o KYC em uma empresa consiste, fundamentalmente, em criar uma cultura de segurança dentro do quadro de colaboradores, que precisam estar sempre engajados.
Assim, todas as áreas devem estar atentas e adotar a análise de perfis como parte inicial de processos mais seguros. Veja a seguir algumas orientações para implementar o KYC.
Mitigar o risco de crime de falsidade ideológica é o primeiro passo. Isso significa verificar se o cliente que está prestes a fechar negócio realmente é quem ele diz ser. Contudo, isso deve ser feito com o máximo de cuidado possível. Afinal, na tentativa de proteger a sua empresa, você não pode correr o risco de perder o seu cliente.
Nessa etapa, é importante colher os dados cadastrais da pessoa e cruzá-los com outras informações, como as do banco de dados de uma empresa especializada no combate a fraudes. Isso vai permitir mapear o perfil e ter um elevado grau de certeza sobre a idoneidade do cliente.
Qualquer sinal de incompatibilidade ou inconsistência deve ser observado. Ao ser detectada alguma falha, é importante analisar de perto a solicitação. Com isso, você terá mais clareza quanto à necessidade de dispensar ou não um cliente.
Nenhum tipo de relacionamento pode ser duradouro se não há confiança. Essa ideia se aplica também ao mundo dos negócios, e os seus clientes certamente precisam desse laço com a sua empresa.
Como não se confia naquilo que não se conhece, é função do KYC preencher essa lacuna e fazer com que a instituição possa classificar com precisão o nível de risco de cada relacionamento, inclusive para gerar vetos, em casos mais extremos.
Quando o risco é mitigado, a instituição consegue, entre outros benefícios, oferecer maior rentabilidade e mais vantagens para os clientes. Ao passo que a relação de confiança com cada cliente fica mais sólida, a empresa se torna cada vez mais atraente.
Para que o KYC seja eficiente, além de estruturá-lo e implementá-lo com precisão, é necessário fazer um monitoramento adequado. Essa ação vai levar às melhorias necessárias.
A fraude, assim como outros crimes financeiros, é um processo muito dinâmico. O risco pode aumentar ou diminuir de acordo com a incidência, ou não, de um determinado fator. Isso tudo precisa estar no radar ativo do programa de KYC.
O conhecimento do cliente e a criação de uma relação de confiança entre ele e seu negócio contribuem para que ocorra a continuidade desse processo. Inclusive, isso favorece as vendas e a fidelização dos consumidores.
Uma ferramenta que ajuda muito no processo de KYC é o Data Trust, da ClearSale, para validação inteligente de cadastros. Mais que um sistema antifraude, ele torna o processo de autenticação mais rápido e seguro, gerando menos fricção entre empresas e consumidores. Assim, melhora a experiência do usuário e a proteção do negócio.
Para os negócios do segmento B2B, a ClearSale disponibiliza o Business Trust. Essa ferramenta faz a classificação de riscos do CNPJ independente do CPF, no total, são analisados CNPJ, CPF relacionado, sócio e/ou administrador e vínculo entre CPF e CNPJ. A análise é baseada em score, insights positivos, neutros e alertas sobre existência de risco.
Além da validação dos CPFs, o Business Trust verifica:
Ao utilizar soluções como o Data Trust e o Business Trust você protege sua empresa. Além disso, pode se dedicar a outros aspectos do seu negócio, como gestão de compras, vendas, financeiro, relacionamento com clientes e fornecedores, sem se preocupar com possíveis fraudes e outros crimes.
Ideias como o KYC podem revolucionar a área de proteção de dados de uma companhia. Contudo, é necessário utilizar ferramentas que ofereçam uma validação cadastral inteligente, capaz de criar um poderoso sistema antifraude para implementar em sua empresa.
Quer conhecer melhor as ferramentas para iniciar seu processo de KYC? Então acesse a página do Data Trust e do Business Trust para conferir todas as funcionalidades.