Empreender no e-commerce significa, entre outras coisas, tomar decisões importantes diariamente, principalmente quando o negócio ainda está em seus primeiros passos. Uma das tarefas mais importantes desse momento é escolher um entre os meios de pagamento disponíveis no mercado.
Vendas online: saiba como vender melhor e com segurança
Nesse contexto, muitos empresários iniciantes ainda têm dúvidas sobre o funcionamento dos meios de pagamento. Outros têm dificuldades de entender sobre o fluxo seguido pelas informações após a realização de um pedido. Principalmente sobre como isso é feito de maneira segura e como esse processo se difere nos mundos físico e virtual.
Pensando nisso, resolvemos escrever este artigo. Nele, mostraremos os principais meios de pagamento que existem na atualidade. Além disso, como funciona a segurança nesses processos. Acompanhe!
Os meios de pagamento são as ferramentas responsáveis pelo caminho que o dinheiro seguirá da conta do cliente até a sua empresa. Nesse sentido, é fundamental que o comerciante conheça bem cada etapa deste processo. Assim, estará mais bem-estruturado para vender mais e de maneira segura, evitando prejuízos como o temido chargeback, por exemplo.
No e-commerce, quando se fala de meios de pagamento, não se trata apenas de dinheiro, cartão e boleto. Atores como emissor, gateway, adquirente e subadquirente também fazem parte desses processos. Contudo, são pouco conhecidos por quem não atua no setor.
Por outro lado, são ferramentas primordiais para que lojistas virtuais não percam vendas no momento do pagamento. Afinal, são eles que permitem rapidez e eficiência nas análises necessárias para a efetivação da transação financeira — especialmente com as questões relacionadas à segurança.
Entendidos o que são os meios de pagamento, apresentaremos uma relação com os principais. Continue lendo e saiba mais sobre eles!
A empresa que gera o cartão é conhecida como emissor e os mais tradicionais são os grandes bancos. São os emissores que detêm dados sensíveis, tais como:
Também cabe ao emissor estabelecer o valor conhecido popularmente como limite de cartão. Os cartões emitidos sempre terão uma bandeira como Visa e Mastercard, Elo, entre outras.
A bandeira é responsável por receber o pedido da loja e enviar para a aprovação do emissor. A grande questão é que as lojas não conseguem se comunicar diretamente com as bandeiras. Por isso, necessitam de uma espécie de intermediário, conhecido nesse ecossistema como adquirente. Que apresentaremos no próximo tópico.
A função do adquirente é analisar, processar e transacionar pagamentos efetuados com cartões. Ele atua como meio de comunicação entre loja e banco emissor. O seu objetivo é validar dados e fazer a aprovação de um pedido.
Sendo assim, ele tem um papel importante na garantia da segurança da transação. Tendo em vista, que confirma dados e a identidade do titular. Além disso, faz uma série de confrontamentos de informações para evitar as fraudes.
Alternativa ao adquirente, o subadquirente funciona como uma espécie de intermediador para aprovação de pagamentos. Com ele, não há a necessidade de um banco ou adquirente. Assim, reduz de forma significativa a burocracia. Especialmente por ter um baixo custo de implementação e fácil integração. Geralmente, ela ocorre por meio de APIs, que atuam como um serviço terceirizado.
Por outro lado, os subadquirentes costumam antecipar cobranças dos lojistas. Assim como rechaçam a necessidade de contato com o banco, eles fazem com que o número de falsos-positivos seja perigosamente maior. Além disso, a falta de transparência no fluxo de alguns dados faz com que mais pedidos legítimos sejam reprovados.
O gateway de pagamento é responsável por fazer o tráfego dos dados de um cartão entre lojista e adquirente. Claro que esse processo acontece com informações criptografadas, para que os dados estejam protegidos.
Vale lembrar que, no caso de o varejista optar pela implementação de um gateway e-commerce em seu negócio, o adquirente ainda ficará responsável pelo fluxo do dinheiro.
O cartão de crédito é uma modalidade muito utilizada. Em outro tópico deste artigo, mostraremos o potencial desse método de pagamento. Nesse sentido, o ideal é que o empreendedor trabalhe com diversas bandeiras. Dessa forma, você evita limitar seus métodos de pagamento.
Acredite, existem muitos empresários que perdem vendas pelo simples fato de não oferecerem a bandeira do cartão do cliente. Ou seja, a pessoa acessou seus produtos, decidiu pela compra e, finalmente, na hora de pagar, não foi possível. O motivo? A empresa não aceita a bandeira do cartão de crédito.
Nesse sentido, é importante verificar as bandeiras de bancos locais. Existem instituições bancárias estaduais que têm seu próprio cartão de crédito. Nesse sentido, vale a pena oferecer essa modalidade de pagamento também.
O boleto bancário é muito utilizado para o pagamento à vista. É uma forma segura e prática de receber por suas vendas. A desvantagem é o tempo de liquidação desses valores. Um boleto pode demorar até 3 dias úteis para ser compensado.
Logo, tanto o empresário quanto o cliente devem esperar o processo finalizar. Nesse sentido, é importante avisar os consumidores quanto a essa possível demora. Algumas empresas estão oferecendo a possibilidade de parcelamento com boleto.
Nesse caso, é preciso observar alguns pontos. Inicialmente, o empresário deve ter em mente que ele não tem muitas garantias quanto ao pagamento, ou seja, o cliente sairá do seu negócio com o produto e a única coisa que você tem é a confiança de que ele honrará com o pagamento.
Logo, é preciso ter uma análise de crédito muito eficiente, pois isso evita a inadimplência e, principalmente, os custos com as cobranças que podem existir. Além disso, vale a pena contratar um serviço de emissão de boletos que possibilite o protesto do título no caso de não pagamento.
Outra modalidade interessante é o pagamento recorrente. Ela é muito interessante para quem tem serviços de assinaturas ou entregas mensais. Nesse caso, a quitação pode ser feita por meio de boleto bancário, transferências ou cartão de crédito e débito.
Quando tratamos de transferências online, abrimos um leque muito grande. Temos diversas opções nesse caso. Discorreremos sobre cada uma delas nos próximos tópicos.
O DOC é um dos tipos de transferências que foi muito utilizada no passado. Entretanto, até hoje é uma opção existente nos bancos tradicionais. Não existe um valor mínimo para essa transação, contudo, não é possível transferir montantes superiores a R$ 4.999,99.
A principal característica desse tipo de transferência é o prazo de liquidação — geralmente, ela ocorre no próximo dia útil. Além disso, a operação deve ser realizada até às 22 horas do dia atual.
Por exemplo, se você fizer uma transferência na segunda-feira às 22 horas e 30 minutos, ela só será liquidada na quarta-feira. Isso porque, a data de registro da transação será feita somente na terça-feira.
A TED foi criada no ano de 2002 pelo Banco Central, surgindo para dividir a preferência pelo DOC, e a sua principal característica é a data de efetivação. Em geral, ela ocorre no mesmo dia em que a operação foi cadastrada, portanto, quem está recebendo o dinheiro tem acesso a ele mais rapidamente.
Contudo, é preciso ter alguns cuidados: para que o valor esteja disponível no mesmo dia, a transação deve ser feita até as 17 horas. Caso contrário, o dinheiro cai apenas no próximo dia útil. Além disso, não é possível fazer TEDs aos finais de semana.
Durante anos, esse tipo de transferência tinha o valor mínimo de R$ 500,00 por operação. Porém, em 2016, o Banco Central eliminou essa exigência. Outra característica interessante são as taxas cobradas pelas instituições bancárias.
Elas são relativamente menores que as praticadas no DOC. Também existem bancos que, simplesmente, não cobram nada por esse tipo de transação.
Por fim, temos o PIX. Criado em 2020, esse sistema revolucionou os métodos de pagamento por meio de transferências bancárias. Basicamente, trata-se de um modelo de transação de recursos instantânea.
Existem algumas diferenças fundamentais nessa modalidade, a primeira delas é a disponibilidade. Você pode fazer um PIX em qualquer horário do dia, em fins de semana ou feriados. Ou seja, não existem as limitações que mencionamos no TED e DOC, por exemplo.
Outro ponto a ser destacado são as taxas, não existem cobranças nesse tipo de transação e, além disso, o prazo de liquidação é quase que imediato. Ao cadastrar um PIX, o recebedor tem acesso ao recurso na sua conta em alguns segundos.
Inclusive, recentemente o Banco Central informou que estuda a possibilidade de fazer saques e troco com PIX. Ou seja, um cliente poderá pagar uma compra de R$ 30,00 fazendo um PIX de R$ 50,00. Assim, você devolveria R$ 20,00 como troco. Obviamente, para que isso ocorra, ambos os lados da transação devem estar de acordo. Ou seja, é uma faculdade do comerciante e não uma obrigação.
Com o crescimento constante do e-commerce e a evolução da tecnologia, a tendência é que cada vez mais pessoas façam compras online. Esse fato traz consigo a necessidade de se buscar formas mais rápidas, intuitivas e seguras de se realizar um pagamento. Afinal, quanto mais experiência o consumidor adquire no setor, maior é a sua exigência.
Por isso, o que se espera para os próximos anos é uma evolução maciça e o uso crescente de cartões de crédito virtuais, e-wallets etc. Pagamentos mobile, instantâneos (como o PIX) e por aproximação tendem a representar fatias cada vez maiores do total de transações do Brasil.
Com isso, as empresas que oferecem meios de pagamento precisam se preparar para atender a essa demanda. Por esse motivo, os negócios mantêm equipes de profissionais dedicados à inovação e no desenvolvimento de ideias transformadoras.
Essa resposta varia de negócio para negócio. Cada lojista deve levantar os pontos que considera mais importantes para tomar a decisão sobre qual dos meios de pagamento deve utilizar.
Nesse sentido, é preciso considerar qual é o melhor sistema de cobrança para o modelo de negócio. Além disso, é importante comparar taxas cobradas por transação e emissão de boletos. Da mesma forma, escolher o melhor adquirente, gateway de pagamento, quantidade de bandeiras aceitas, solução antifraude utilizada etc.
No entanto, é preciso apontar uma questão importante: os meios de pagamento mais adequados a cada negócio podem variar de acordo com setor e nicho. E-Commerces e marketplaces podem ter necessidades bem diferentes das lojas físicas. Empresas Saas (Software as a Service) certamente também terão anseios específicos.
Vale lembrar que não basta, simplesmente, atender às necessidades do lojista. É fundamental que a experiência de usuário do cliente final seja a melhor possível.
Embora muitas pessoas no Brasil ainda utilizem dinheiro em espécie, é cada vez maior o número de consumidores que realizam transações via cartão de crédito. Além disso, temos os que optam por meios totalmente digitais para realizar um pagamento. Por exemplo, transferências por meio de PIX, cartões de crédito virtuais, gateways, entre outros.
Segundo dados do Banco Central, divulgados pela revista Valor Econômico, o Brasil tem mais de 123 milhões de cartões emitidos. Outro dado interessante de ser mencionado é com relação ao PIX. Só no primeiro mês de funcionamento foram mais de R$ 83 bilhões de reais transacionados utilizando essa modalidade.
Por isso, o trabalho de empresas que realizam a intermediação dos pagamentos online e que são responsáveis pelo caminho que o dinheiro percorre é tão importante. Além disso, é ainda mais fundamental que o responsável pela atividade antifraude esteja atento a esses números.
Afinal, o trabalho tende a aumentar juntamente ao surgimento de novos métodos de pagamentos que utilizam a tecnologia.
O comércio eletrônico não dispõe de alguns fatores de segurança que são comuns ao varejo físico, como presença da pessoa e checagem do chip do cartão, por exemplo. Esse cenário faz com que o e-commerce necessite de camadas importantes de segurança.
É nesse momento que entra a solução antifraude. Contar com um parceiro especializado que proteja o negócio e o cliente final é um dos grandes passos para a escalabilidade do negócio, pois, além de impedir que o varejista tenha prejuízos com chargebacks, permite que ele foque apenas em seu core business, deixando a preocupação com fraude apenas com quem tem a expertise necessária para combatê-la.
A ClearSale, por exemplo, investe maciçamente em inovação e tecnologia, o que permite aprovar, em média, mais de 97% das compras de e-commerce, número substancialmente superior ao de países do primeiro mundo, com índices de fraude muito menores que a média vista no Brasil.
Isso quer dizer, entre outras coisas, que, ao pensar na escolha dos meios de pagamento, o varejista precisa ter em mente o uso da solução antifraude que garanta segurança em cada etapa de toda a engrenagem envolvida nos pagamentos.
Por fim, podemos concluir que os meios de pagamento estão evoluindo muito. Nesse sentido, é importantíssimo que o gestor antifraude tenha atenção a essas novidades. Afinal, cada uma delas exigirá ações e processos diferentes para garantir a segurança nas transações.
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